Alberto!
Meu querido fazedor de sonhos.
Entrou na minha vida como uma brisa de ar fresco e alimentou-me os sonhos que não sabia.
Com ele, aprendi a apanhar as flores da beira da estrada, a tornear as veredas nefastas e a olhar o mundo onde não chegava.
As nebulosas distantes que descortina no cosmos, devolvem-lhe a divindade que foi, em encarnação distante.
Meu querido fazedor de sonhos.
Entrou na minha vida como uma brisa de ar fresco e alimentou-me os sonhos que não sabia.
Com ele, aprendi a apanhar as flores da beira da estrada, a tornear as veredas nefastas e a olhar o mundo onde não chegava.
As nebulosas distantes que descortina no cosmos, devolvem-lhe a divindade que foi, em encarnação distante.
A clarividência dos factos, é tão real, que ao olhá-lo me parece ver Rá.
O olhar dele, não vislumbra os mesmos trilhos do comum mortal.
Vê no escuro, aquilo que a claridade não mostra.
As suas dissertações, iluminaram-me a alma na “manhãs submersas” da Beira, nas tardes cinzentas do Chiado e nas noites negras da estranja.
No exílio, as suas palavras chegaram-me sem a poeira da distância e o timbre da desgraça.
Ainda hoje tento descobrir, qual o Alberto que traçou a minha rota. O amigo, o advogado, o poliglota, o sábio, o iluminado, o grafólogo, o astrólogo, ou o “cosmo sapiens” dos tempos modernos.
Os Deuses, traçaram-me um caminho. O Alberto alterou-o.
O olhar dele, não vislumbra os mesmos trilhos do comum mortal.
Vê no escuro, aquilo que a claridade não mostra.
As suas dissertações, iluminaram-me a alma na “manhãs submersas” da Beira, nas tardes cinzentas do Chiado e nas noites negras da estranja.
No exílio, as suas palavras chegaram-me sem a poeira da distância e o timbre da desgraça.
Ainda hoje tento descobrir, qual o Alberto que traçou a minha rota. O amigo, o advogado, o poliglota, o sábio, o iluminado, o grafólogo, o astrólogo, ou o “cosmo sapiens” dos tempos modernos.
Os Deuses, traçaram-me um caminho. O Alberto alterou-o.
Cobrar-lhe-ei, tal ousadia, no encontro marcado às portas da Babilónia.
A sabedoria que transporta, serviu também de farol, aos meus filhos, com especial incidência no Bruno - seu afilhado - mais virado para o sublime.
Alberto, o tempo e o modo do meu tempo!
Noutro modo, noutro tempo, Helena - sua mulher - de rija têmpera, feita à medida do seu molde, foi no seu breve tempo de vida, o espanto que complementou tudo o atrás dito.
Helena Vaz da Silva - eterna Presidente do Centro Nacional de Cultura - furacão que o vento levou e a cultura chorou.
“Morre cedo quem os Deuses amam”! - alguém disse um dia.
Já tarde, mas ainda a tempo, Rosaline Crepy, longeva senhora belga, pioneira da grafologia, viria a alterar a vida de Alberto, como ele alterou a minha.
Alberto disse um dia:
- A escrita é fascinante porque serve de veículo às mensagens do inconsciente.
O meu inconsciente está com ele, em permanência.
Alberto Vaz da Silva –o milagre que os meus sonhos carregam
A sabedoria que transporta, serviu também de farol, aos meus filhos, com especial incidência no Bruno - seu afilhado - mais virado para o sublime.
Alberto, o tempo e o modo do meu tempo!
Noutro modo, noutro tempo, Helena - sua mulher - de rija têmpera, feita à medida do seu molde, foi no seu breve tempo de vida, o espanto que complementou tudo o atrás dito.
Helena Vaz da Silva - eterna Presidente do Centro Nacional de Cultura - furacão que o vento levou e a cultura chorou.
“Morre cedo quem os Deuses amam”! - alguém disse um dia.
Já tarde, mas ainda a tempo, Rosaline Crepy, longeva senhora belga, pioneira da grafologia, viria a alterar a vida de Alberto, como ele alterou a minha.
Alberto disse um dia:
- A escrita é fascinante porque serve de veículo às mensagens do inconsciente.
O meu inconsciente está com ele, em permanência.
Alberto Vaz da Silva –o milagre que os meus sonhos carregam
4 comentários:
A capacidade de aprender é quase igual á capacidade de ensinar..
É isso que leio..
Gosto particularmente:
"Alimentou-me os sonhos que não sabia"
Que bom.. Que lindo..
I.R.
KIM!
Realmente vc é um cara fantastico.
Spuk
Gosto de te ler quando falas dos amigos. Das referencias. Do que te marca e marcou.
Tens memória. Lembras-te dos afectos.
Sabes do "tempo e do modo". Recordas e és generoso nas lembranças.
Aliás, és generoso na vida.
Belo texto. A tua madrinha Helena iria gostar de te ler. E o Alberto deve estar orgulhoso de ti.
Eu estou, sempre!
jc/.
Cheguei cá através do blog do Salvador, onde fui participante desde o princípio, não sabendo ainda quem ele era, mas fomo-nos tornando amigos. Vim conhecer mais um pouquinho dele.
Fico grata por isso.
Admirei aqui o seu sentido de lealdade que me comoveu, pois é a qualidade que mais me apraz ter e sentir nos outros e que há tão pouco hoje em dia.
Uma boa noite, gostei de o conhecer.
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