28 de março de 2010

Coragem


Trata-se do presidente do Irão e duma anónima, que deixou de o ser.
E a vida fica presa por um fio ... e por horas.
Coragem, é isto!

26 de março de 2010

As escolhas do Seve - O tigre branco

O Tigre Branco é uma publicação de 2008 e é um dos livros mais corajosos e inteligentes da última década. O autor, indiano radicado nos EUA, descreve o percurso de vida de Balram, um jovem indiano, pobre nascido entre os mais pobres. No entanto, Balram desde cedo revela a inteligência e a ambição que o levarão a galgar os degraus do sucesso até se tornar um empresário de sucesso na “nova” Índia.
O livro está escrito em forma de cartas ao primeiro-ministro chinês, reforçando desde o início o paralelismo entre as duas grandes potências emergentes no novo quadro geo-político e económico mundial.
Vale a pena ler a Índia aqui descrita, a mais inacreditável injustiça social e um autêntico reinado de corrupção.

Uma sociedade apodrecida pela ganância que vai acentuando as diferenças entre aquilo que o autor considera serem as “duas Índias”: a da Escuridão, onde os pobre se digladiam por uma sobrevivência precária e a da Luz, onde a ganância domina a vida de uma classe capitalista sem escrúpulos.
As antigas tradições daquela velha Índia, daquele mundo encantador de Deuses que convivem em paz e harmonia com os homens, parecem ter desaparecido. No espírito do autor, todo esse misticismo não passa de folclore para mostrar aos ocidentais.

24 de março de 2010

Sabedoria chinesa


Ser homem é fácil. Ser um homem é difícil.

Podes ser inteligente toda a vida e estúpido num instante

Quem faz de burro não se deve admirar se os outros lhe montarem em cima

A água entornada é difícil de apanhar

É mais fácil desviar um rio que mudar um carácter

Se não quiseres que se saiba, mais vale o não fazer

Um amigo é uma estrada. Um inimigo é um muro

Precisamos de dois anos para aprender a falar e toda a vida para aprender a nos calarmos

Um amigo é um irmão que a natureza nos deu

Saber da nossa ignorância é a melhor parte da nossa sabedoria

Ontem, hoje e amanhã, são os três dias do homem

Os corações mais próximos não são os que se tocam

Quando um homem está louco por uma mulher, só ela o pode curar dessa loucura

Aquele que faz uma pergunta pode ser estúpido cinco minutos. O que não a faz, sê-lo-á toda a vida

A porta mais bem fechada é a que se pode deixar aberta

21 de março de 2010

Os Bravos (?) da Companhia






A lacrimejante manhã augurava um dia difícil. Muitos anos depois duma tropa a sério eis que chegou o dia que reavivou memórias e forças já esquecidas. Para se ter a coragem de fazer, é preciso ter medo. Sem medo não há coragem.
Sabendo que a ração de combate me esperava, banqueteei-me com um divinal pequeno almoço. Sumo de tangerina, ovos, cogumelos, presunto e fruta de Alá, davam-me em força o que não podia faltar em coragem.
À chegada à Base Aérea de S. Jacinto, revivi o espectáculo “dejá vu” dos filmes americanos.

Acabaram de chegar ao inferno. Para lá desta porta, nada mais será como dantes … blá, blá, blá, - lá ia pragejando o Coronel Medina de Sousa.
Toda a manhã foi de preparação com pequenos exercícios físicos e de ordem unida.
Foi giro de ver. Era um grupo coeso, num misto de gente jovem, velhos barrigudos e lindíssimas mulheres de tomates. Adorei a coragem das mulheres, não os tomates.
Julgávamos fazer parte do programa, um salto de pára-quedas. Assim não foi. O mais parecido com isso foi um salto da torre que serve de preparação para o decisivo salto.
Não deixa de ser uma sensação de queda do vazio em que de repente se é estancado da queda, abraçados que estamos em correias e fivelas por tudo quanto é sítio. Depois é só deslizar por ali abaixo, suspensos num cabo por uma roldana.
O médico e os paramédicos presentes asseguravam, como asseguraram, os pequenos acidentes que sempre acontecem nestas coisas.
Rapel, slide, escalada, paliçada e obstáculos, emolduravam o resto do programa.

A chuva e as condições da aventura, impediram melhor suporte visual
Era já noite quando os Bravos da Companhia deixaram para trás, dúvidas e temores.
No dia seguinte, antes do regresso, passeei-me pela Veneza do Norte, na companhia dos meus amigos Estrelinha do Norte e David, que me foram visitar. Uns carapauzinhos fritos com arroz de tomate (estávamos em maré de tomates) regados com Tapada de Coelheiros, colmataram todas as rações de combate.
Às vezes - sonhar é possível!
Às vezes - o sonho acontece!

20 de março de 2010

Parabéns XL

Meu querido XL

Hoje tenho pena de não estar contigo. Mas estarei, em pensamento.
O aniversário dum amigo como tu, de quem tanto gosto, é certamente motivante para eu estar presente. Mas assim não foi. E assim não será para a próxima, que espero haver.
É que, aceitei um desafio para, hoje e amanhã, fazer parte dum grupo de pseudo militares que vão viver um fim de semana diferente, com várias experiências do foro militar.
Assim, hoje, às nove horas da manhã, na Base Aérea de S. Jacinto, em Aveiro, estarei a vestir uma indumentária bem diferente da normal.
Não sei bem o que me espera, apenas que nos céus do moliço estará o meu olhar, vendo a terra lá do alto num gesto que sempre sonhei, saltando de pára-quedas.
Às vezes, tenho a mania que sou um jovem. Outras, que sou um louco. Outras ainda, que adoro desafiar o incerto.
Se eu viver para o contar, irei lembrar este dia, dos teus anos, como a mais fascinante experiência da minha vida.
Aqui fica o abraço que hoje te não posso dar.
Parabéns amigo!

19 de março de 2010

Dia do Pai

Ao meu pai, que na sua inexorável caminhada da decadência vai tropeçando em tudo o que já não entende.
Ao meu pai, que já não conhece a cor da manhã.
Ao meu pai, que já só persegue o lamento.
Ao meu pai, que já não reconheço.
Ao meu pai, que me mostra como serei amanhã.
Um beijo tão grande como se ele me lesse algum dia


P.S.
Júlio Amaro, a tua filha Margarida, pediu-me para, aqui, te mandar um grande beijinho, certa de que as ondas da blogosfera chegarão mais depressa junto de ti

16 de março de 2010

Ilhas Maurício - Notas soltas

Eu e o meu companheiro de viagem, o meu filhote Gonçalo, à volta das belezas naturais da ilha, que eu julgava serem verdes.

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As Ilhas Maurício, foram descobertas pelos portugueses no ano de 1500. Nunca Portugal se interessou por estas ilhas e acabariam por ser, primeiro os holandeses, depois os franceses e mais tarde os ingleses, a colonizá-las.
As Ilhas Maurício, a que costumamos chamar Maurícias, ficam situadas no Oceano Indico, tendo, a Oeste - Madagáscar, a Norte - a Índia, a Este - a Austrália, e a Sul – a Antárctida.
A capital, Port Louis, é uma mescla de linhas arquitectónicas colonialistas e modernas, mas bem simpática, por acaso.
A população é maioritariamente hindu, já que a Índia fica bem perto.
Aqui habitou uma ave quase mitológica. Os portugueses, chamaram-lhe DOIDO. Depois com o passar de várias gerações, o nome foi sendo adulterado e acabou por ficar Dodo. Era uma ave tão lenta e que se aproximava dos homens de tal forma, que era facilmente capturada. Daí até à sua extinção, passou pouco mais duma centena de anos.
Dizem os ornitólogos que o dito Dodo se extinguiu em 1681. É hoje o símbolo da Ilha Maurício.
Na capital, no Jardim Botânico descobri algumas curiosidades.
A árvore Kananga Odorata, dá a flor que fornece a base ao tão famoso perfume Chanel nº 5.
Ao lado encontrei uma outra árvore que dá origem ao Vic Vaporub.
Apanhei uma folha, esfreguei-a na mão, cheirei e confirmei que ali estava o “fármaco” que tantas vezes utilizei em criança.
Estas descobertas, apesar de parecerem insignificantes dão-me imenso gozo conhecer.
As duas únicas fontes de receita da ilha, são a cana do açúcar e o turismo.
A temperatura da água do mar costuma rondar os 28 graus no verão e 22 no inverno.
A esta ilha chegam ciclones, de dez em dez anos, mais ou menos.
Parece que me safei desta!
Já passou a bonança. Já fiz uns filmezitos. Já bebi uns pirolitos. Já descobri a Ilha da Fantasia!

11 de março de 2010

Júlio Amaro - Aniversário

Farias hoje 79 anos. Parabéns amigo!
Aqui transcrevo as tuas recordações.

Transportado à minha meninice quero contar um episódio da minha vida.
Estava este rei exilado em Portugal e vivia num palacete, no seu exílio dourado, que ficava mesmo defronte à casa dos meus pais, num quarto andar, o último dum prédio na Av João Crisóstomo em Lisboa. A casa tinha uma saleta com uma varanda que dava para a rua onde eu passava os meus tempos de miúdo a apanhar sol e a ver passar as pessoas. Em frente, nos jardins do palacete vivia um rei. O Rei Karol da Roménia que apanhava sol como eu e que de repente se começou a meter comigo e a cumprimentar-me. No seu português mascavado começou a trocar saudações comigo e eu trocava saudações com o rei. O meu pai era um republicano convicto e detestava qualquer situação que se aproximasse de qualquer monarca ou de qualquer monarquia.

Como éramos vizinhos, ele espreitava por uma fresta da janela para que o rei não o visse e divertia-se, deliciado com os trocadilhos que fazíamos. Eu, um miúdo a falar com um rei, que apesar de estar no exílio sempre era um rei.
No entanto, a sua alma de republicano convicto fazia com que me aflorassem momentos, não de provocação mas de picardia.
Ele tinha a tentação de se meter com o Rei Karol, então um dia, disse-me assim:
- Ó Júlio, pergunta lá ao rei onde é que ele deixou a coroa!
Eu cá de cima falava com o rei sempre aos berros, pois era a única forma de me ouvir, perguntei-lhe:
- Ó rei, onde é que tens a coroa?
O rei deu uma gargalhada, chamou o mordomo e disse-lhe qualquer coisa. O mordomo saiu, atravessou a rua, bateu à porta de minha casa e diz aos meus pais:
- Sua Majestade o Rei Karol da Roménia, convida o Júlio a ir dar um passeio a ir dar um passeio com ele.
O meu pai ficou embevecido, a minha mãe, ternurenta, disseram logo que sim e passados uns dias o Júlio, pequenote, sete anos de idade, foi com sapatos de verniz, comprados especialmente para a efeméride, uma camisa branca de folhos e calções curtos de veludo preto, passear com o rei.
Ainda hoje, deslumbrado, recordo o maravilhoso passeio num grande carro branco.

Quantos Reis Karóis, de quantas Roménias, passaram pelas vidas das pessoas?
Este é um passeio à minha meninice, ao meu passado.

In Recordações do Júlio Amaro

8 de março de 2010

Cá longe ...


Paris – 9 h da manhã = 3 graus!
Como sou um bocado “baldas” vim logo desde Lisboa “vestido à verão”.
Claro que rapei um bocadito de friagem, mas o que é isso para quem tem o sol à sua espera?
Depois … foram onze horas de vôo e um nunca mais acabar de visitas a países que ficavam 11 mil metros abaixo do meu olhar.
Vinte e quatro horas depois de ter saído de Lisboa, cheguei finalmente. Valeu a pena? Veremos depois!
À chegada esperavam-me 30 graus. À partida espera-me a alegria que sempre tenho, do regresso.
Para já, extingue-se o olhar no horizonte que não vislumbra quaisquer centimetros de ondulação.

Hoje – Dia da mulher
Vou beber um copo:
às mulheres da minha vida
àquelas que não amei
e a todas as mulheres do mundo

Sem mulheres, o mundo não seria o mesmo, os problemas seriam diferentes!

4 de março de 2010

Até já!

Vou procurar a bonan(ç)a
Fazer uns filmezitos


Beber uns pirolitos

Na Ilha da Fantasia

... mas, lá do Índico, não deixarei de dar notícias e publicar fotos.

Ao meu pequeno núcleo de amigos e visitantes, até já!

Às vezes -fim de semana! Às vezes - doze dias!

3 de março de 2010

O médico do Júlio César e da Maria

Também vou mudar para este médico, mas é provável que a agenda dele esteja cheia até 2015!


Dr. Paulo Ubiratan, de Porto Alegre, RS, em entrevista a uma TV local, foi questionado sobre vários conselhos que sempre nos são dados...

Pergunta: Exercícios cardiovasculares prolongam a vida, é verdade?
Resposta: O seu coração foi feito para bater por uma quantidade de vezes e só... não desperdice essas batidas em exercícios. Tudo gasta-se eventualmente. Acelerar seu coração não vai fazer você viver mais: isso é como dizer que você pode prolongar a vida do seu carro dirigindo mais depressa. Quer viver mais? Tire uma soneca !!!

P: Devo cortar a carne vermelha e comer mais frutas e vegetais?
R: Você precisa entender a logística da eficiência... .O que a vaca come? Feno e milho. O que é isso? Vegetal. Então um bife nada mais é do que um mecanismo eficiente de colocar vegetais no seu sistema. Precisa de grãos? Coma frango.

P: Devo reduzir o consumo de álcool?
R: De jeito nenhum. Vinho é feito de fruta. Brandy é um vinho destilado, o que significa que, eles tiram a água da fruta de modo que vc tire maior proveito dela. Cerveja também é feita de grãos. Pode entornar!

P: Quais são as vantagens de um programa regular de exercícios?
R: Minha filosofia é: Se não tem dor...tá bom!

P: Frituras são prejudiciais?
R: VOCÊ NÃO ESTÁ ME ESCUTANDO!!! ... Hoje em dia a comida é frita em óleo vegetal. Na verdade ficam impregnadas de óleo vegetal. Como pode mais vegetal ser prejudicial para você?

P: Flexões ajudam a reduzir a gordura?
R: Absolutamente não! Exercitar um músculo faz apenas com que ele aumente de tamanho.

P: Chocolate faz mal?
R: Tá maluco? !!!! Cacau!!!! Outro vegetal!! É uma comida boa pra se ficar feliz !!!
E lembre-se: A vida não deve ser uma viagem para o túmulo, com a intenção de chegar lá são e salvo, com um corpo atraente e bem preservado. Melhor enfiar o pé na jaca - Cerveja em uma mão - tira gosto na outra - muito sexo e um corpo completamente gasto, totalmente usado, gritando: VALEU !!! QUE VIAGEM!!!

P S.:

SE CAMINHAR FOSSE SAUDÁVEL O CARTEIRO SERIA IMORTAL...!

BALEIA NADA O DIA INTEIRO, SÓ COME PEIXE, SÓ BEBE ÁGUA E É GORDA....!

LEMBRANDO:

COELHO CORRE, PULA E VIVE 15 ANOS, TARTARUGA NÃO CORRE NÃO FAZ NADA E VIVE 450 ANOS


Tô dentro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

1 de março de 2010

GPS simplificado




Sou um adepto incondicional das novas tecnologias.
Gosto de comprar todas as "porcarias" que aparecem. Às vezes, valeu a pena. Outras, apanho uma "encavadela", como costuma dizer alguém que eu conheço.
Sendo assim, e se não vier a ficar defraudado com a novidade, está-se mesmo a ver qual será a minha próxima aquisição.