29 de janeiro de 2011

Cristiano Ronaldo - 007

O mais recente James Bond do nosso futebol, parece-me, está a correr, em alta velocidade, para o abismo… O seu novo treinador terá uma palavra a dizer sobre isso, mas considero que há poucas probabilidades de aquela cabecinha conseguir perceber que há mais vida para além do futebol e dos milhões que ele proporciona a alguns (poucos). Não será, também, fácil, ele compreender que a dimensão do Homem vai muito para além do dinheiro e daquilo que ele pode proporcionar.
O seu êxito, até ao momento, parece-me estar mais ligado à “repetição” do que ao seu talento e criatividade. Arriscando alguma grosseria, direi que, sem a bola nos pés, CR pouco vai além de um bronco… Infelizmente para a equipa Portuguesa no Mundial, CR não passou de um jogador vulgar, previsível, sem ser qualquer mais-valia… Mas isso nem é o mais grave… O que para mim é verdadeiramente preocupante é a imagem que passa para os nossos jovens e que, na minha opinião, constitui um péssimo exemplo, de menino caprichoso, mimado e irresponsável, transformado em ídolo.
O tempo que dedica ao “mundo sem bola” converteu-o num iletrado, prisioneiro de hotéis de luxo, noitadas, namoradas bonitas e famosas, representante de um novo-riquismo que, também, alimenta uma série de parasitas.
Não faço ideia de quem o meteu nesta “alhada” relacionada com o seu filho que anunciou há dias, como se de uma mercadoria se tratasse, já prontinha para render milhões uns dias depois de nascer… O “mistério” acerca da mãe que o gerou serve para fazer render o peixe. Tudo há-de ser desvendado, mas a conta gotas, à medida que a “cotação” for subindo, provocada pela curiosidade mórbida de uma boa parte dos humanos.
CR, relativamente a este assunto pôs a nu a sua “maturidade” e sentido de responsabilidade.
Mostrou o homem que não é, pois converteu em “mercadoria” um “filho?” que devia ser o seu maior bem deste mundo, a que não pediu, a ninguém, para vir.
A criança, que já vale não sei quantos milhões, certamente trocaria esta “salsada” toda por uma vida tranquila com um pai e de uma mãe que o amassem e acarinhassem.
O mundo está a ficar muito complicado com as loucuras que o dinheiro permite e com a falta de ética na utilização da ciência. Estamos perto da ausência de limites, para o que quer que seja. Vale tudo desde que seja para converter em dinheiro…
A falta de ética está no top, o dinheiro é Deus, mesmo para os crentes no Deus Pai!
Antes que seja tarde, temos que fazer parar esta “moda” de desumanizar. A imprensa pode e deve desempenhar um papel relevante neste combate. Não poderá, para isso, deixar-se arrastar por sensacionalismos doentios que corroem as práticas sociais e contribuem para que a anormalidade se banalize, se torne normal…
Feitas em nome dos avanços da ciência, aquelas “trapalhadas” de brincar com a vida humana, em clínicas para gente rica, são sinal de uma falta de ética deplorável que, se continuarem, arrastarão a nossa Civilização para a decadência e morte.
A atitude de, por “capricho”, obrigar um filho a viver sem mãe, é um forte indício de atraso mental.
Mesmo não sendo um fervoroso crente, ouso dizer: - Não lhes perdoeis Senhor, porque eles sabem o que fazem!


Esta crónica não é minha e pessoalmente, também não é esta a minha visão de Cristiano Ronaldo, apesar de não entender a necessidade de ter um filho nas condições que teve. Todos temos coisas boas, todos temos coisas más. Para tanto basta-me pensar nos nobres gestos do puto-maravilha, que tanto quanto sei ainda são muitos.


25 de janeiro de 2011

Encontro no meu palco

Às vezes - a meio da semana

André Moa D'Artagnan e os três mosqueteiros - Eu, Júlio César e Francisco Luís XL

E realizou-se um desejo mútuo entre actores do palco da minha vida.

Este país tem falta de chá! Só lá vai com café! Não achas?

Deixem-se de conversas e venha lá o coelho à caçador


André Moa é apetecível em toda a sua grandeza e ...

Os meus amigos gostavam de conhecer o André e ele também tinha curiosidade de conhecer alguns daqueles de que regularmente falo.

Posto isto e já que os grandes momentos acontecem na cama ou à mesa, por força dos intervenientes, optámos pela segunda.

Escusado será dizer que fico feliz por este tardio encontro.
O Júlio brindou-nos com o almoço. Fica agora a bola do nosso lado.
E eu, extasiado fiquei como se estivesse num encontro de Amigos Para Sempre.

Às vezes - muitas vezes, adoro esta novela!

24 de janeiro de 2011

TAM - o lugar do preto

Aconteceu na Tam (uma das linhas aéreas brasileiras)!!!

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe económica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
- Qual o problema, senhora? - pergunta a comissária..
- Não está vendo? - respondeu a senhora; vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira.
- Por favor, acalme-se - disse a hospedeira; infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível.
A comissária afasta-se e volta alguns minutos depois.
- Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe
económica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe económica. Temos apenas um lugar na primeira classe.
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
- Veja, é incomum que a nossa companhia permita a um passageiro da classe económica se sentar em primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável.
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
- Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe..
E todos os passageiros próximos, que estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

“O que preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons...”
Infelizmente, o racismo existe em todas em raças, e entre as próprias raças.

Racismo - não, obrigado!

20 de janeiro de 2011

Eleições - o costume!

Mais umas eleições vão chegar. Mais tudo igual vai ficar. Após uma campanha de baixo teor cívico onde apenas importou denegrir quem é quem, ficámos a saber que todos os políticos são iguais, não importando de que lado se encontram.
Em tempos que já lá vão, um acto eleitoral era sinal de mudança, mas essa esperança perdeu-se porque isto não muda nunca. Os homens são cada vez mais iguais e a porca da política é apenas um desencanto.
Uns são líricos, continuando a bater na tecla do impossível, outros são cíclicos nas alternâncias que o poder permite e a corrupção convida.
Tempos houve em que a ilusão duma nova sociedade, à maneira de cada um, despedaçou famílias, dividiu amigos, congeminou traições. Nem pontos intermédios havia. Eram os uns e os outros. Nada mais existe. Ambos entraram nos sonhos que o tempo fenece.
E, como dono da razão não sou, deixo os comandos da revolta às mentes da indignação.
Estará no meio a virtude?

17 de janeiro de 2011

Jet Set - Um vómito!

Na mesma semana em que foi assassinado um cronista social, faleceu um capitão de Abril.
Ao primeiro a comunicação social dedica horas, ao segundo dedicou minutos; para o primeiro são ouvidas dezenas de “personalidades”, do segundo nada se diz; do primeiro até temos de saber por onde vão ser distribuídas as cinzas, do segundo soube-se que o corpo esteve algures em câmara ardente; do primeiro traça-se um perfil de grande lutador pelas liberdades, do segundo pouco mais se diz que era um oficial na reserva.
A forma como a comunicação social tem tratado o homicídio de um mero cronista social tem sido, no mínimo abusiva. São jornalistas, astrólogos, parapsicólogos e uma verdadeira procissão de personagens de um jet set rasca e lá pelo meio usa-se e abusa-se das imagens onde se vê o cronista a entregar um ramo de flores a Mariazinha Barroso, imagens que são repetidas dúzias de vezes.
A forma trágica como terminou aquilo que o cronista descreveu aos amigos que iria ser uma lua de mel é apresentada pelas ditas astrólogas, parapsicólogos e outros especialistas deste ramólogo como uma bela história de amor, um misto de episódio do Morangos com Açúcar com o Romeu e Julieta. E chega-se ao ridículo de ver as astrólogas e parapsicólogos a tentar demonstrar a culpa do jovem homicida, ora exibindo e-mails e insinuando que este teria conquistado com palavras o distraído apaixonado, ora dando a entender que, como noutros tempos, o enganou.
E anda este país, com problemas gravíssimos, distraído, com um episódio sórdido da lumpen-burguesia deste nosso jet set miserável, como uma pequena seita que se auto-elege como bonita e vive de pequenos luxos obtidos à custa de papalvos; um meio onde se promovem personagens patéticas e decadentes a grandes figuras nacionais, local onde autarcas financiam discotecas de astrólogas ou ajeitam as contas de idiotas convidando-os para reis do Carnaval.
Todo este espectáculo mórbido, que só serviu para os portugueses saberem um pouco mais sobre como se fazem e desfazem as paixões conseguidas com trocas de favores de bichonas, começa a provocar-me náusea, ao ponto de já me custar assistir a um telejornal ou abrir as páginas dos jornais, e de enojar que certos jornalistas me queiram fazer pensar que os grandes problemas do país passam pelo modo como acabam as paixões dos nossos socialites, ou sobre os sítios que querem poluir com as suas cinzas, ou os sms que trocaram com os seus engates.
Lá que insistam em dizer que crónica social é saber com quem namora uma qualquer Lili decrépita e decadente, isso é uma coisa; agora querem convencem-nos que a sociedade portuguesa é o pequeno mundo dessa pobre gente é outra coisa. O país tem muito mais com que se preocupar do que os engates de modelos, as trocas de sms, as paixões à primeira vista entre jornalistas de 65 anos e modelos de 20. Chega, apetece-me vomitar. jb

Não está em causa o hediondo crime, antes sim o mediatismo dado a algo que faz do Jet Set, paragonas de primeira página e abrir de telejornais. Afinal, aquilo que vende.
A memória dos homens é curta. Vitor Alves merecia mais. Muito mais!
Disse-me um amigo, que um amigo lhe disse, o que aqui se disse!

14 de janeiro de 2011

Curso de Inglês - Yes or not!

Tenho alguma dificuldade em perceber este tipo de anúncio.
Duas hipóteses se colocam;
Ou é uma falha de quem criou o anúncio, por não se encontrar devidamente familiarizado com a língua portuguesa, ou é uma fraude à espera de incautos.

Como é possivel num pequeno anúncio encontrarmos oito erros?
Sinceramente penso que este anúncio é uma burla do género daquelas que, através das novas tecnologias, nos oferecem prémios completamente estapafúrdios, na esperança de alguém clicar na tecla YES.
Tenho quase a certeza que quem quiser aprender inglês com este sistema terá, primeiro, de envia uma determinada quantia. Depois, é só ficar à espera de ... nada.

É só para inglês ver!

É claro que toda a gente se pode enganar, mas já isso não pode acontecer quando se trata duma campanha publicitária que por norma passa pelas mãos de "bué" de pessoas.
Este anúncio é muito parecido com aqueles que costumam aparecer quando fazemos transações bancárias pela Net, já para não falar daqueles que dizem que somos o vistante 1.000.000 e ganhámos um Audi A4.
Mais vale ser ignorante toda a vida! Yes or not!


10 de janeiro de 2011

Almoço anual 2011

E aconteceu! Foi apenas mais um!

À saude, dos ausentes e dos presentes!

As minhas perdições!

... e mais os peixinhos da horta, superaram os vinte pratos quentes e a infinidade de frios.


Todos os anos se repete este gesto entre os amigos que por cá vão continuando. Desde os imemoriais tempos duma geração à rasca, que não invalidaram nunca dias plenos de "joie de vivre", até ao outono da nossa memória, é esta a sina que escolhi para reunir um grupo de resistentes. O almoço anual duns não quaisquer indomáveis patifes.
Nestas bolandas, não raro é o ano em que novas caras vão aparecendo. Os neófitos Carlos "Grila" e Júlio "Russo" estiveram à altura daquilo que eu ainda deles lembrava. Ambos não eram palpáveis há perto de quarenta anos. Se atendermos a que tal período é metade duma vida, então estamos velhotes.
Faltaram os crónicos Júlio César e Marcelo, o primeiro a braços com uma gripalhada de "caixão à cova" e o segundo com questões de "lana caprina".
O repasto foi o habitual! Muito e ... muito bom!
Já fui alertando o meu povo, para irem sufragando a minha sucessão, já que eterno não sou!

7 de janeiro de 2011

Anfitrião há quarenta anos

Há quarenta anos que sou ANFITRIÃO dum almoço, a realizar sempre no segundo sábado de Janeiro de cada ano (amanhã, portanto) onde apenas vão amigos de infância, mas descobri recentemente que ...

Na mitologia grega, Anfitrião era marido de Alcmena, a mãe de Hércules.
Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para
deitar-se com Alcmena, e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia, para
montar guarda no portão.

Com a gravidez de Alcmena, uma grande confusão foi criada, pois
evidentemente, Anfitrião duvidou da fidelidade da esposa.
No fim, tudo foi esclarecido por Zeus e Anfitrião ficou contente por ser
marido de uma mulher escolhida do deus.
Daquela noite de amor nasceu o semideus Hércules. A partir daí, o termo
anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa".
Portanto, ANFITRIÃO é sinônimo de CORNO MANSO e FELIZ!

RESUMINDO:
Quando te disserem que és um bom anfitrião, fica de orelha em pé.
Não é que este seja um problema que me preocupe mas ...
Cultura demais é uma porra!!!

2 de janeiro de 2011

Moa - a batalha continua!

No último dia do ano, André Moa, passageiro efémero de Sta Maria, jogou ao gato e ao rato com questiúnculas de somenos importância, para homens de vontade férrea. Desta feita, um pequeno nódulo, parente pobre do cérebro, interrompeu-lhe a programada noite de reveillon no habitual seio de família. Habituado a tutear as guerras do Senhor Recto e da D. Próstata e agora dos Pulmões, o noético Guimoa, apesar de debilitado animou as hostes hospitalares, na entrada do novo ano, com a sua inebriante voz de rouxinol coimbrão.
Samaritana, foi o que debitou para quem como ele anseia por mais uma vitória sobre o desmantelamento do corpo humano.
André Moa, agora untado com óleo GT, contagia quem com ele convive e a figura franzina que a socrática barba compõe, ilude quem dele pensa ser um D(eu)s Menor.
Entre uma graçola à bonita enfermeira e um filosófico desabafo ao visitante, Guimoa faz-me lembrar que o problema de cada um nunca é o maior do mundo. Assim fossem todos os que desta vida se vão fartando.
Apetece vê-lo, revê-lo e ouvi-lo, já que a vida é um instante e o tempo infinito.
Às vezes - o último dia do ano é também o dealbar duma nova vida.
Abraço-te meu querido Guimoa! Volta depressa!