30 de setembro de 2008

Adiós amigas


Adiós muchachas compañeras di mi bida!

Terminou a segunda fase do calvário. Agora é só reaprender a andar e ter alguns cuidados com as limitações e sequelas que aquele estúpido acidente deixou.

Quando estamos na plena posse das nossas faculdades motoras (tal como as outras) não temos a noção das dificuldades que encontraremos se as perdermos. Foi isso que senti.
Agora fiquei mais rico, com a nova oportunidade que a vida me deu.

Gracias mis quiridas muletas!

28 de setembro de 2008

Se bem me entendem


Eu adoro a vernaculidade da língua.
É que, Lisboa é talvez a cidade onde mais se floreiam as palavras, em detrimento daquelas que, supostamente, são calinadas. Mas não é bem assim. Na província fala-se MUITO BEM
Nada como uma "cachaporra" alentejana ou estar "à beira" das gentes do Norte.
Quase todas as palavras que fazem as nossas delícias são lindamente genuínas e correctas.
A forma de linguagem popular menos correcta, nos dias de hoje, é talvez a conjugação dos tempos dos verbos, normalmente utilizados na segunda pessoa do plural, quando se referem a uma só pessoa. Terá ficado este vício dos tempos da nobreza em que um “tás bom pá” se transformava em “como estais vós” – “como está vossa mercê”
E o mais engraçado é que a maioria dos lisboetas, não é lisboeta. Apesar disso o sotaque foi-se perdendo e nem sempre é fácil saber se comemos uma alface ou uma tripa, se bem se entende o trocadalho.
Eu, como não renego a minha Beira, acho que axim é que é.
Depois temos ainda os bês pelos vês.
E “bós” sois donde?
Se dizeis, dizeis, se não dizeis … bodei-vos, dizia o outro!
Binde a mim!

26 de setembro de 2008

Humor de Deus


Eu até entendo que queiramos manter uma boa aparência e para tal tenhamos de recorrer a alterações estéticas (esticar a pele, avolumar os lábios, etc.) mas … Às vezes – há quem exagere e então …

Uma senhora de meia idade teve um ataque de coração e foi parar ao hospital. Na mesa de operações, quase às portas da morte, vê Deus e pergunta : - Já está na minha altura ? Deus responde:- Ainda não. Tens mais 43 anos, 2 meses e 8 dias de vida.Depois de recuperar, a senhora decide ficar no Hospital e fazer uma lipoaspiração, algumas cirurgias plásticas, um facelift etc.
Como tinha ainda alguns anos de vida, achou que poderia ficar ainda bonita e gozar o resto dos seus dias.Quando saiu do Hospital, ao atravessar a rua, foi atropelada por uma ambulância e morreu.A senhora, furiosa, ao encontrar-se com Deus, pergunta-lhe: - Então eu não tinha mais 40 anos de vida ? Porque não me desviaste do caminho da ambulância ?Deus responde: - Eras tu ? Nem te conheci !!

23 de setembro de 2008

Parabéns Sandra


Oi Kirida!

Passou mais um anito cheio de viagens, né? Pró ano há mais!
Daqui, brindo com uma caipirinha o teu aniversário.
Parabéns Spuk!
Como já todos te conhecem e não há fotos para orgasmos, não resisto a transcrever uma pequena "estória" sabendo que agradará a uns e menos a outros. Mesmo assim ...


O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco, e os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reacção endócrina, que se dá sem expelir nada, não se apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado. Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas e centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto.

A acompanhar este tema, deu no outro dia uma entrevista na TV com uma conhecida sexóloga, que apresentou uma pesquisa feita nos Estados Unidos na qual se mediu a descarga eléctrica emitida pela periquita no instante do orgasmo. Os resultados mostram que, na hora H, a pardaleca dispara uma carga de 250.000 micro volts. Ou seja, 5 passarinhas juntas, ligadas em série na hora do 'ai meu Deus', são suficientes para acender uma lâmpada. E uma dúzia é capaz de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo. Já há até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que é só ter o orgasmo e, tchan...carregar. Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é uma pardaleca: é uma torradeira eléctrica!!! E se der curto-circuito na hora de 'virar os olhos'? Além de vesgo, fica-se com a doença de Parkinson e com a salsicha assada. Preservativo agora é pouco: tem de se mandar encamisar na Michelin. E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado. É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se pergunte à parceira se ela é de 110 ou de 220 volts, não se vá esturricar o chouriço...

21 de setembro de 2008

Mãe - força oculta



Eis a força que empurrou o Humberto para a vitória.
Mãe, é afinal o olhar, a esperança, a luta, o querer.
Mãe, é aquela que acredita até ao fim, a que caminha por nós, a que nos leva ao colo, a que sofre por dois, a que chora sem lágrimas, a que derrama amor, a que fica eternamente, a que faz de pai.
A mãe do Humberto é a muleta, a estrada da coragem, o trilho da certeza.
Não há palavras para dizer mãe! A dele! A vossa! A minha!
À mãe Adília e à irmã Joana – a minha admiração!

17 de setembro de 2008

Humberto Miranda - Um vencedor








Era ainda uma esperança. Os seus vinte anos não deixavam adivinhar as malhas que o império tece. Augurava-se-lhe um futuro prometedor. Na sua cabeça rolava já a glória e quiçá a fortuna, mas …
Um brutal acidente na A1 perto de Leiria, atirou o Humberto para um estado comatoso que durou quatro meses e roubou a vida ao Mauro, seu pendura amigo-irmão, também este um promissor futebolista.
Ambos eram jogadores do Estrela da Amadora e naquela época jogavam por empréstimo no Tourizense.
Não sabe explicar como tudo aconteceu, nem vale a pena nisso pensar. O que sabe é-lhe informado por terceiros. Foi um dia que se apagou da sua memória
Dois dias antes do acidente, Humberto sportinguista ferrenho, esteve no estádio da Luz a comemorar com os seus amigos a vitória do meu Benfica no Campeonato Nacional. Tal atitude só podia vir dum verdadeiro democrata.
Depois de muitas operações, Humberto ganhou a partida da sua vida.
Hoje, passados quatro anos, encontro-o a meu lado nas manhãs recuperadas de esperança. Três vezes por semana entregamo-nos à terapia que nos impuseram, deitados numa maca de hospital, ao cuidado e dedicação da bonita e dócil anjo-terapeuta Maria João e duma equipa fantástica de médicas, terapeutas e assistentes, trocamos o passado pelo presente e falamos do futuro a sorrir.
Desde já, a minha homenagem a este fabuloso grupo de fisioterapia do Hospital Amadora-Sintra.
Jovem contagiante, educado e com uma vontade enorme de viver, o Humberto não se entregou e vai à luta com as armas que lhe restaram.
Naquele olhar existe uma certeza. Jogou a primeira parte e ganhou. Falta a segunda e ganhá-la-á também.
Força Humberto! Alea jacta est!

14 de setembro de 2008

Dor de dentes - uma odisseia!


Não teria mais de treze anos.
Apesar de ter uma família maravilhosa, habituei-me a atravessar a vida com alguma solidão. Costumava resolver os meus problemas sozinho, quando estes apareciam.
Eu era um rapazinho simplório que, sem ser convencido, julgava saber muita coisa.
Daí que, desde o início dum problema até à sua resolução, a minha cabeça girava em torno do dito.
Um dia, uma arreliadora dor de dentes, levou-me a ter de enfrentar a minha primeira aventura hospitalar. Não sabendo bem o que fazer e sem dizer nada a ninguém, decidi ir ao hospital. Aí, sabia que nada pagaria (não havia ainda taxas moderadoras), o que não acontecia se fosse a uma consulta externa.
Pois bem, cheio de dores e resoluto, aí vai este puto sozinho ao hospital mais à mão, neste caso S. José. Saltitando de Seca para Meca, lá acabei por descobrir o sector que resolveria o meu problema.
De boca aberta e olhos fechados, entregue aos cuidados duma bata branca à “porrada” com a minha boca, é-me informado que me vão arrancar um dente. Pouco depois senti um dor aguda e profunda e encolhi-me.
“Pronto, agora espere lá fora” - ter-me-á dito o dentista.
Julgando estar despachado e desdentado, esperei, esperei e … farto de tanto esperar olhei à minha volta e não reconhecendo ninguém, dei “às de Vila Diogo”.
Já em casa e ainda com meia boca adormecida, vou ao espelho e vejo que ainda lá tenho o dente. Confuso, conformei-me. Paciência!
Percebi mais tarde que apenas tinha levado uma anestesia. O resto viria depois.
Até valeu a pena tanta ingenuidade, pois ainda hoje cá tenho o dente.
Santa inocência dum puto que vai para os cornos do touro e depois não sabe pegá-lo.

11 de setembro de 2008

11 de Setembro - Um grito


(clicar em cima da foto e ler o cabeçalho)


Passaram sete anos.
O mundo não vai esquecer nunca.
Fundamentalismos, ódios, provocações e muita arrogância política, redundaram num dos maiores atentados jamais concebidos por mentes deturpadas.
No ano anterior tinha estado neste mesmo local filmando a sumptuosidade destas babilónicas torres. E ... fiquei a pensar!
Às vezes - acontece estarmos no local errado à hora errada. Não foi o meu caso, felizmente.
Às vezes – alguém consegue fotografar os olhos da tragédia.
Às vezes – o impossível acontece!

8 de setembro de 2008

O poder da mente


Já não é a primeira vez que recebo este e-mail.

Mexe um pouco comigo a facilidade com que o nosso cérebro vê branco e lê preto.
Andava um pouco pesaroso por trocar as letras, os nomes e sei lá que mais. Troco tanto as coisas, que até me baralho a mim.
A partir de agora vou elevar o ego e pensar que sou um génio.
Valha-me essa assunção!


Só pssaoes epsertas cnsoeugem ler itso. Eu não cnogseui acreidatr que relmanet pidoa etndeer o que etvsaa lndeno. O pdoer fnemoeanl da mntee huamna, de aorcdo com uma psqueisa da Unvireisadde de Cmabrigde, não ipmrota a odrem em que as lteras em uma plavara etsão, a úcina cisoa ipmotratne é que a piremira e a útimla ltreas etseajm no lguar ctreo. O rseto pdoe etasr uma ttaol bnauguça e vcoê adnia pdoreá ler sem perolbmea. Itso pruqoe a mtene haunma não lê cdaa lreta idnvidailuemtne, mas a pvrlaaa cmoo um tdoo. Ipessrinaonte hien? É e eu smrepe pnenesi que slortaerr era ipmorantte! Se vcoê pdoe ler itso pssae aidntae !!

5 de setembro de 2008

O Marquês do Mal


Esta controversa figura, apesar do seu legado, não é muito do meu agrado.
Rezam as crónicas que o severo primeiro-ministro em quem D. José I confiava cegamente, era um filho da “mãe” (coitada dela) para uns e um sagaz estadista para outros. De tudo o que tenho lido, parece-me que teria sido um misto de ambas as versões.
É que recentemente descobri mais uma diatribe deste enigmático personagem.
Para além da grande “sacanice” com que barbaramente dizimou os Távoras e o clero envolvente, também teve o desplante de forçar as mais interessantes donzelas da corte a casar com os seus filhos. Onde houvesse riqueza e poder, aí estaria uma nora em potencial.
Diz então a história que, tendo uma das ditas donzelas sido obrigada a casar com um dos seus filhos, esta não teria cedido à sua volúpia na noite de núpcias. Como assim continuou a ser nas noites que se seguiram, logo o filho convenceu o pai a anular o casamento. Para um homem tão poderoso como Sebastião José Carvalho e Melo, tal afronta foi fácil de resolver, já que não houvera consumação. Assim, o mesmo foi facilmente anulado.
Não se ficou por aqui a ira do Marquês que não gostando da atitude da ex-nora, ordena que esta seja encarcerada num convento, onde durante cinco anos não pôde ter qualquer visita, nem sequer permissão para sair da cela, donde só veio a ver a luz do dia após a queda de tão famosa figura.
D. Maria I, filha de D.José I, ficou tão abalada com a ferocidade do sanguinário Sebastião, que após a subida ao trono imediatamente aboliu a pena de morte.
Como os cavalos também se abatem, Sebastião viria a ver-se despojado de todo o seu poder sendo expulso da corte e proibida a sua presença a menos de vinte milhas de Lisboa.
Grandes homens, grandes déspotas!

2 de setembro de 2008

Altos e baixos


Como diz o meu filho Bruno - há que tocar os burros para à frente e viver um dia de cada vez.

Pois bem ...

A vida é feita de altos e baixos e - às vezes é feita de altas e baixos.
É que - às vezes - as mulheres têm a mania que os homens se medem aos palmos. Claro que não! E não falta nada! Está tudo in su sítio.
Eu, cá por mim, acho que os anões chegam onde eu chego.
Só que - às vezes - as uvas estão verdes!
Estou a referir-me a ele, já que nela, nem reparei.

Hoje, apeteceu-me alegrar as hostes.