29 de julho de 2011

Camisa XXXL



Helena e Gilda, duas solteironas, são donas de uma farmácia. Entra um homem e pede uma camisinha.

Helena atende e traz a camisinha...
- É pequena - reclama o freguês.
E Helena traz uma maior:
- Ainda é pequena...

E Helena traz a maior do stock.
- Desculpe, mas tem de ser maior...
Helena grita para a Gilda, que está no armazém da farmácia:
- Ó Giiiiiiilda! Está um homem aqui, que precisa de uma camisinha maior que a XXL! O que é que eu lhe ofereço?
- Oferece-lhe, casa, comida, roupa lavada e sociedade na farmácia!

25 de julho de 2011

Verdinhas e maduras

Vox Maris - o outro lado


São loucas? São loucos?


Nada disso! São apenas gente que empurrou o ócio para os confins da vida. São gente de todos os quadrantes etários, humorísticos e profissionais, que não pactua com a mãe de todos os vícios - a preguiça. E quem canta, seus males espanta!


São afinal gente da minha gente.


Vox Maris - Gostei de vos conhecer!



22 de julho de 2011

Mãe - Sabes bem!



Sei que espreitas os meus passos, os meus defeitos, as minhas loucuras, mas sei também que continuas a olhar por mim. Sinto-o!

Sabes bem - que não esquecerei nunca o dia do teu aniversário, o dia da tua partida e todos os dias da nossa existência.
Sabes bem - que eu sei que fui sempre o teu menino, aquele a quem enrolavas os dourados caracóis com dedos de ternura, paixão tua dos tempos quedos.
Sabes bem - que parti um dia contigo no olhar e voltei com o olhar em ti. E tu retribuíste-me há uma década atrás com um “adeus filho – não volto mais”.
Sabes bem - que penso sempre nos campos de espinhos que pisaste por mim para agrilhoar o melhor do nosso tempo, manumitindo-me uma adolescência precoce.
Mãe - a ti deixo os meus longos beijos, os meus fortes abraços, as mais ternas carícias, as mais belas odes de amor.

Fica o júbilo de saber que tudo isto te dei em vida, não sendo estas palavras vãs, na esperança que um dia os poetas não me excluam do seu reino.
Oitenta e sete anos seriam uma linda idade! A mais bela, para quem já só queria saudar cada manhã.
Resta-me a fé, aquela que me dá a esperança de te reencontrar um dia, talvez numa galáxia distante onde o pó não volte ao pó.
Parabéns Ana! Parabéns mãe!

Sabes bem - que bem me sabes!

18 de julho de 2011

Paris - antes e depois!















fotos tiradas no mesmo sítio 40 anos depois.

A figura longilínea de outrora já se perdeu há muito.

Dela restam os cabelos grisalhos e ausentes, o amor pela cidade e o sorriso, às vezes enigmático e distante.
Como foi feliz nesta cidade!
Ali passou momentos impossíveis. Sem pai, sem mãe, sem amigos, sem dinheiro, sem casa, mas com o coração carregado de energia que o universo lhe transmitia, ao raiar de cada manhã.
Ali albergou esperanças que nunca chegaram. Ali perdeu enganos que não sonhou.
Ali amou, chorou, riu, aprendeu, e perdidamente descobriu para que lado corria o rio da vida. Ali voltou algumas dezenas de vezes, sem nunca mais ter calhado sentar-se no mesmo muro, quase ignorando o Sena que atrás de si corria para os lados da saudade, nem atremando às suas margens
Ele é ainda uma criança. Cheia de sonhos, aventuras, olhares e afectos.


E eu, sou um menino velho, a descobrir os ribeiros das altas montanhas e o mundo dos balzaquianos!


Às vezes - quase sempre, é muito bom recordar!
(ao meu querido amigo David Sousa, autor da foto mais recente e a aqui injustiçado com a autoria da foto, o meu abraço de cumplicidade) Mil desculpas David!




12 de julho de 2011

Perdidos na Tribo - Achados aonde?

Vi no Domingo passado, com alguma atenção, este programa da TVI.
É evidente que toda a gente tem direito a ser famoso, não importando o preço que tal epíteto tem nas massas cor de rosa.
Fiquei estarrecido com o que vi. E pergunto:
- Então aquela gente, a troco dalguns milhares de Euros, não aceitou o desafio para viver da mesma forma que a tribo que lhe estava destinada?
Sei bem que os desafios sempre motivaram o homem (e a mulher) mas daí até ao ponto de se negarem a fazer determinadas tarefas vai uma distância enorme.
Também é certo que às vezes falamos de coisas das quais não conhecemos a sua essência, pois pode ter havido alguma cedência por parte da TVI, de forma a que não fossem obrigados a fazerem o que os nativos lhes pediam, mas aceitar um desafio daqueles e depois prantarem-se em chorrilhos de "ai que nojo" e "não consigo", aí é que começa a minha indignação. Nestas coisas, ou se tem tomates para a aventura ou se fica em casa. Agora, ser famoso a qualquer preço é que não.
Também não entendi o facto de homens e mulheres que com relativa facilidade se despem frente às câmaras das telenovelas não tenham querido usar o traje da tribo apenas porque era contra os seus princípios. Aceito e entendo, já que há sempre alguém que não quer mostrar o rabiosque, mas então não tinha aceite o convite para o qual foi pago (e alguns principescamente).
Não conheço os termos do contrato mas se fosse eu o produtor do programa, lá teríamos mais um processo em tribunal por incumprimento do mesmo, pois seria condição "sine qua non", viver a 100%, como os indígenas.
Como os protagonistas também se queixam das coisas ocorridas, menos boas, talvez esteja aqui repartida a culpa que as audiências obrigam.

Mas a culpa de tudo isto é minha, que perdi tempo a olhar o que nada tinha para ver.
Às vezes - a gente engana-se!

9 de julho de 2011

A carta - Mª José Nogueira Pinto

Nada tive contra, nem a favor desta senhora, desaparecida do mundo dos vivos há poucos dias. Dela apenas conhecia o seu mediatismo.

Fica-me este relato tão tranquilo, escrito poucas horas antes de morrer, de alguém que se despediu assim da política e da vida.
Que não me falte esta serenidade, na hora da partida.


(Publicado no Diário de Notícias de ontem 8 de Junho de 2011)
Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.
Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.
Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.


7 de julho de 2011

André Moa - Em frente!

Ontem, no lançamento dum livro e numa actuação do coral Vox Maris, estive com o meu amigo Moa, com a Verdinha e com o António.
Bebemos uma pinguinha, comemos uns petiscos e trocámos dois dedos de conversa.

A Verdinha, como de costume, alegra toda a malta e o Moa não lhe fica atrás apesar de debilitado.

Para os que conhecem este amigo, aqui fica o registo desse provocado encontro.

O estado de saúde dele mantém-se e a sua força interior está cada vez maior. Logo ... até já!

4 de julho de 2011

Tempo de vida

Aprendi ontem que:

Durante a nossa vida passamos em média

7 anos na casa de banho

6 anos a comer

5 anos nas filas

4 anos a limpar a casa

3 anos em reuniões

1 ano a procurar coisas

120 horas a lavar os dentes (parece-me pouco, mas ...)

(tudo isto soma vinte e seis anos)

Se atendermos a que também passamos um terço da vida a dormir, ou seja cerca de trinta anos, teremos então consumido cinquenta e seis anos. Porra!!! Vivemos tão pouco!


Pergunta agora a minha curiosidade

- E quanto tempo passaremos a ... ???