29 de outubro de 2010

Pravda - o jornal de qual povo?

A exemplo de toda a imprensa tendenciosa, seja ela qual for, nunca me dei bem com o Pravda e parece que o Pravda também nunca gostou muito de mim, mas como os tempos são outros, não resisto a transcrever o artigo que se segue, até porque a minha opinião sobre toda a classe política (devo estar doente) coincide com a ora exposta por este jornal.
É a primeira vez que publico um artigo tão longo, por achar que para quem tiver paciência, o vale a pena ler.
Pravda = Antigo jornal do Partido Comunista da União Soviética
Pravda.ru = Actual jornal da Rússia, especializado em denegrir o Ocidente

Fonte: Pravda.ru


Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal, pelo Governo liberal de José Sócrates. Mais um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.
E não é por eles serem portugueses. Vá o leitor ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e vai descobrir que doze por cento da população é portuguesa, oriunda de um povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão.... e à Austrália.
Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no Partido Social Democrata (PSD) e Partido Socialista (PS), gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde anos 80.
O objectivo? Para reduzir o défice. Porquê?
Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia se deixou sugar, é aquele em que as agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos Estados Unidos da América (onde havia de ser?) virtual e fisicamente, controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.
Com amigos como estes organismos e ainda Bruxelas, quem precisa de inimigos?
Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e apavorada com a Alemanha depois das suas tropas invadiram o seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. A França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para a sua indústria.
E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos pelos motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de que país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são os Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.
Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata da direita) e PS (Socialista, do centro), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo a sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir!!) e a sua indústria (desapareceu!!) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas!!), a troco de quê?
O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza numa base sustentável?
Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que despejaram biliões de euros através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque é considerado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é!!) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.
A sua "política de betão" foi bem idealizada mas, como sempre, mal planeada, o resultado de uma inapta, descoordenada e, às vezes inexistente no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo.
Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.
O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam.
Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou-se em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini, Maserati. Foram organizadas caçadas de javalí em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficaram a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem.
Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político.
E ele é um dos melhores?
Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanista, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo excelente diplomata, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando") que criou mais problemas com o seu discurso do que com os que resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de José Sócrates, um ex-Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado pelos interesses instalados.
Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares (???) de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projetos de educação).
E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes.
O Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados:
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%).
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%).
Concordo com o sacrifício (1%)
Um por cento! Quanto ao aumento dos impostos, a reação imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afetará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão.
Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem os resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar!!
É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de rating, que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.
Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno do Governo de Portugal ao PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado com as suas ideias e propostas.
Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os interesses de Portugal para o ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos.
Esses traidores estão a levar cada vez mais portugueses a questionarem se não deveriam ter sido assimilados há séculos pela Espanha.
Que convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude". Certo, bem longe de Portugal, como todos os que podem estão a fazer. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico e uma classe política abominável.

Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru

27 de outubro de 2010

Mineiros do Chile - o outro lado

Todas a s moedas têm cara e coroa. Mesmo em grandes tragédias encontra-se sempre algo que ameniza a realidade da dita.
O magnífico exemplo que o Chile nos deu e que para tanto bastou a garra e o querer dum povo, (apesar de ninguém falar da maquinaria que a América capitalista lá meteu e da cápsula especial-espacial que a NASA concebeu) teve também alguns aspectos caricatos já anunciados na empresa entre os quais destaco este, ao lado reproduzido.
Fiquei a saber que há espermatezóides danadinhos para a brincadeira.

24 de outubro de 2010

Os mineiros do Chile - um exemplo

Não se preocupe, isto daqui por uma dúzia de anos, se tudo correr bem, iniciaremos as operações de salvamento! Imprensa dixit
Tenhamos fé! Mas é mais díficil do que no Chile!

21 de outubro de 2010

Lingua portuguesa - é maravilhosa!

Nós, os lusitanos, utilizamos o TU e o VOCÊ de modo bem diferente dos brasileiros. De qual dos lados estará a razão?

Conta-se uma pequena "estória" em que o presidente dum Banco estava preocupado com um jovem brilhante diretor que, depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Presidente chamou um detetive e disse-lhe:
-
Siga o Diretor Lopes por uma semana durante o horário do almoço.
O detetive, após cumprir o que havia lhe sido pedido, voltou e informou:
- O Diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o seu carro, vai à sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Presidente:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
Logo em seguida o detetive pergunta:
- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
- Sim, claro! - respondeu o Presidente surpreendido!
- Bom, então vou repetir:
O diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai à tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho... Entendeste agora?

A Língua Portuguesa é mesmo fascinante!!!

18 de outubro de 2010

Estrada do Atlântico - Noruega

Algures, na Noruega, existe uma grande obra de engenharia conhecida por Estrada do Atlântico
Esta construção foi iniciada em 1983. Durante os seis anos que durou a sua construção, registaram-se, no local, doze tempestades com a categoria de furacão. Resistiu a tudo.


São oito quilómetros de estrada e oito pontes sobre o oceano Atlântico.


É o segundo destino mais procurado da Noruega, mas ... é de arrepiar!
Quando o homem quer e Deus ajuda, a obra nasce!

12 de outubro de 2010

Entradas ilegais

A maioria dos consumidores desconhece que o pagamento dos aperitivos nos restaurantes não é obrigatório. E normalmente os preços praticados com as "entradas" são um roubo.

Os proprietários que não respeitem a Lei incorrem em multa e até pena de prisão.
Quando nos sentamos na mesa de um restaurante e começamos a consumir os «couverts», também conhecidos por aperitivos ou entradas disponíveis, não sabemos que não temos de os pagar.
O alerta foi feito esta terça-feira pelo presidente da Associação Portuguesa dos Direitos do Consumo (APDC), Mário Frota, que, em declarações à Agência Financeira, assumiu haver «uma ignorância das pessoas a esse respeito», pelo que «a maioria delas deixa passar, continuando a pagar».
O responsável adianta ainda que «o consumidor pode recusar pagar o couvert que habitualmente os restaurantes colocam na mesa dos clientes, sem ser pedido, mesmo que seja consumido».
Em geral, o «couvert» define-o a Lei, é «todo o conjunto de alimentos e aperitivos fornecidos antes do início da refeição, propriamente dita».
Cobrar «couvert» pode levar a coima até 35 mil euros
Decreto_lei 24/96 (artº.9º.ponto 4)

O facto é que, no particular do direito à protecção dos interesses económicos do consumidor, a Lei 24/96, de 31 de Julho, ainda em vigor, estabelece imperativamente: «O consumidor não fica obrigado ao pagamento de bens ou serviços que não tenha prévia e expressamente encomendado ou solicitado, ou que não constitua cumprimento de contrato válido, não lhe cabendo, do mesmo modo, o encargo da sua devolução ou compensação, nem a responsabilidade pelo risco de perecimento ou deterioração da coisa.»
Daí que, em rigor, o «couvert» desde que não solicitado, tem de ser entendido como oferta sem que daí possa resultar a exigência de qualquer preço, antes se concebendo como uma gentileza da casa, algo de gracioso a que não corresponde eventual pagamento.


Será que os donos dos restaurantes conhecem o risco que estão a correr?
Há entradas que não têm saída!

9 de outubro de 2010

Jacques Brel - não morreu!

Passam hoje 42 anos sobre a morte de Jacques Brel, aquele que nunca morreu.
Não é fácil falar deste gigante do palco, porque também o era na vida real. Em todos os sentidos.
Dele ouvi falar pela primeira vez em 1967. Enlevado pelas canções de Adamo, qualquer outro cantor me parecia horrível. Brel não fugia à regra. Era feio, não tinha cabelos compridos nem camisas às flores, cantava como se desse murros na parede e não falava do amor que fazia um jovem sonhar.
Enganei-me redondamente, mas só o percebi meia dúzia de anos depois. Falava da revolta, da burguesia, da falsidade, dos desprotegidos e tratava a morte por tu.
Brel tinha uma particularidade que o diferenciava dos outros. Quem não tiver conhecimentos da língua francesa, nunca perceberá onde estava a diferença. Apenas saberá que gosta dele ou não, sabe-se lá porquê.
Ele foi indignação, violência, ternura, anti-vedeta, revoltado, apaixonado, amigo, eremita, franciscano, cantor, actor, marinheiro, aviador, tudo. Levou a vida ao extremo e não tinha meio-termo. Era tudo ou nada. Tabaco, álcool, mulheres, noitadas, todos os excessos e prazeres da vida eram o seu limite. Todo ele era tudo, muito, muito mais, mais ainda.
Brel abandonou a ribalta para se refugiar nas carícias dos ventos e nos beijos das vagas, à proa do seu veleiro, numa volta ao mundo sem final feliz. Brel esperava por mim, qual “meteque” vagabundo, quando adoeceu, numa curta paragem nos Açores e foi lá que percebeu que o fim poderia estar próximo.
Quase ignorando a luta que então iniciou contra um cancro no pulmão, refugia-se na Ilha de Hiva Oa, no Arquipélago das Ilhas Marquesas, na Polinésia Francesa. Vende então o veleiro e adquire um pequeno avião, pilotado por ele próprio, ajudando a combater o isolamento das populações mais remotas, colocando o bimotor, gratuitamente, ao serviço das populações, no transporte de pessoas e correio.
Profundamente debilitado volta a Paris para morrer a 9 de Outubro de 1978, não sem antes de deixar expresso o desejo de jazer na longínqua Polinésia, onde repousa no meio dos seus nativos, entre tufos de ternura e saudade, bem longe das luzes do efémero.
Por tudo o que foi, Brel é para mim a paixão que se sobreleva a todas as outras.

Morre cedo quem os Deuses amam, alguém disse um dia.
Meu velho Jacques, estarás sempre comigo.
Ne me quitte pas!


"Tenho menos medo da morte do que de me tornar um velho cretino".
Jacques Brel

2 de outubro de 2010

Perdoa-me pai!

Chegou o dia em que um velho homem, já doente e muito cansado, teve de partir para a montanha. Assim era hábito quando chegava a hora da despedida deste mundo.
O filho carregou alguns mantimentos para o velho se alimentar durante uns dias e também uma manta para este se abrigar da noite. Os lobos encarregar-se-iam do resto se entretanto o frio o não fizesse. Era assim o fim de todos os velhos.
Chegada a hora da despedida, o pai disse ao filho para rasgar a manta ao meio e levar uma metade. Curioso com tal pedido do pai, pergunta-lhe para que quer ele a metade que vai levar para casa. Consternado mas cheio de sabedoria, o velho diz ao filho que essa metade serviria para o dia em que também o filho do seu filho o levasse à montanha e o abandonasse para ali morrer.
Meditou o filho nas sábias palavras do pai e pegando-lhe no braço ajudou-o a descer a montanha.

Pai

Quando eu era miúdo ouvi, ou li, esta "estória" que nunca mais esqueci. Mal sabia eu que chegaria o dia em que também te levaria à montanha e ali te deixaria com meia dúzia de mantas.
Infelizmente não te posso pegar no braço e ajudar-te a descê-la. Nem os tempos são outrora, nem a vida se compadece e senti-me pequenino ver-te ali ficar, meio abandonado e só, sabendo que sentirias o volatilizar do meu cheiro por entre as paredes dum novo mundo.
A tua insanidade permite-te não perceber o que aconteceu, mas o teu olhar é de abandono e isso devora-me.
Começou uma nova etapa, quiçá, a do princípio do fim, mas estarei contigo até à consumação dos séculos, porque o coração não tem distâncias.

Como é dura esta certeza e tão mole a impotência! Que depressa venha esse diáfano manto de escuridão que a todos espera.
Às vezes, um homem é de ferro, mas o ferro também derrete!
Perdoa-me pai!