8 de novembro de 2014

Mercado da ribeira!



"No mercado da ribeira, há um romance de amor, entre a Rita que é peixeira e o Xico que é pescador. Dizem todos que lá vão …"


Foi assim um dia, mas, este mercado, não é mais o mesmo.

Mudaram-se os tempos, mudaram-se os mercados. 
Neste espaço, há muitas luas atrás, eu sorvi o cacau, que só os mais velhos beberam, quando para mim morria a noite e para outros nascia o dia, 
Agora, ali foi parido um colectivo de restauração, com uma vintena de tasquinhas, onde o olhar se lambe e a paciência se esgota.
Primeiro, é preciso correr os 200 metros barreiras para, por entre uma amálgama de raças e credos, espreitarmos os acepipes escritos nos néons das ardósias de cada tasquinha. Depois duma longa espera e escolhida que foi a iguaria a deglutir, temos pela frente mais uma prova de atletismo, na procura desenfreada dum lugar ao sol, aliás, dum lugar sentado, já que em pé os não há, sendo mais difícil encontrá-los, do que um lugar no céu.
Dos malabirismos que é necessário fazer para se chegar incólume ao desejado assento, com uma bandeja na mão e a bebida a saltar do copo, já nem me atrevo a falar,
- Com licença, com licença, desculpe, desculpe. Salve-se quem puder!
E é ainda com a mente em "brasa", que o Santini me arrefece a dita.
Não fora o maravilhoso pratinho de caril de lulas e um leitão da ribeira e estaria agora a carpir o tempo perdido, na busca incessante que o palato me vai pedindo.
Apesar de tudo, vale quase sempre a pena esta odisseia, que Homero não desdenharia.
Mercado da Ribeira?
- Às vezes, talvez!

27 de outubro de 2014

Chança - Alentejo!


Onde o silencio é quem mais ordena


 e o petisco também



As várias faces dum amigo!

5 de julho de 2014

Ana Tavares - the best!


Anita!
Adorei ver-te nesse mítico estádio de N.Y.
A tua humildade extravasa a "filantropia" destes eventos!
Adoro-te!




Antigo jogador, uma lenda dos Yankees!

18 de maio de 2014

Erasmus/Mestradus



Terminou o Erasmus, vai começar o "Mestradus"!
A importância desta estada, em França, entender-se-á, um dia!
À apaixonada Mónica, corredora do mesmo percurso, um beijo pela constatação de que tudo correu a contento. 
Também eu conheci as agruras de estar longe, dos que nos querem bem.
Aos meus outros ecdémicos filhos, a certeza dum abraço, pautado pelo bater do coração.
Beijinho Luís! Beijinho filhote!


4 de maio de 2014

13 de abril de 2014

Cuidado comigo



Na última quinta feira, tinha arranjado uns bilhetes para o Benfica-Az Alkmar (Liga Europa de futebol).
Ofereci-os à direita e à esquerda. Como é uma operação um pouco em cima da hora, fiz essa distribuição, meio parado, meio a correr.
Uma vez nos estádio, dirigia-me já para o meu lugar, quando o telefone toca e alguém diz:
- Oh Kim, que raio de confusão é esta? Os bilhetes que me ofereceste são para o jogo que já passou, contra o Tottenham.
Fiquei surpreendido mas reagi rapidamente e dirigi-me à porta onde se encontravam, barrados pelos porteiros, um grupo de amigos. Dei-lhes bilhetes para o jogo em causa e pedi desculpa pelo engano.
Ainda não tinha chegado ao meu lugar e já o telefone voltava a tocar:
- Kim? É pá os bilhetes que me deste são para o jogo contra o Tottenham e não contra o Az Alkmar e agora não me deixam entrar.
Nova corrida até à porta onde se encontravam esses amigos e, com o normal pedido de desculpas, troquei-lhe os bilhetes.
Finalmente descansei, porque mais ninguém telefonou.
Estava já fora do estádio, quando alguém atrás de mim quase me sussurra ao ouvido:
- Se o porteiro não fosse um gajo porreiro bem tinha ido ver o jogo a casa! Você deu-me bilhetes para o jogo contra o PAOK.
Resultado - os bilhetes são todos iguais. Apenas muda o nome do clube visitante. Tinham-me sobrado alguns bilhetes, desses jogos e como não os tinha deitado fora, acabei por gerar uma grande confusão, misturando os bons com os caducados.
Felizmente que os bilhetes trocados foram só 14.
Cuidado com as minhas ofertas!
Miserere nobis!

6 de abril de 2014

Sorte minha ou azar dos outros?



Sexta feira! 14:30 H. Dirigia-me para o Banco.
Meio absorto do que se passava à minha volta, oiço uma voz, já muito usada, dizendo: 
- Retire o seu dinheiro! Retire o seu dinheiro! Retire o seu dinheiro!
Olhei para o sitio donde vinha a voz e reparei que numa caixa multibanco, alguém tinha esquecido o dinheiro que supostamente deveria ter levantado.
Olhei à minha volta, não vi ninguém, e pensei. Deixa-me tirar este dinheiro e entregá-lo no banco.  Assim fiz. Conheço todos os funcionários do banco. Entrei, contei a minha "estória" e ficaram de boca aberta. 
É que, segundo eles, quando alguém se esquece de retirar as notas da caixa multibanco, a mesma recolhe-as trinta segundo depois. Mas não foi o que aconteceu.
Os caixas recusaram-se a ficar com o dinheiro, para entregar ao possível lesado, alegando que se aparecesse uma auditoria teriam problemas. 
Posto isto, meti as notas no bolso e fui embora. 
Entretanto, antes de regressar ao escritório, passei pela Tesouraria das Finanças (onde também conheço toda a gente). 
Estava a contar o que me tinha acabado de acontecer, quando olhei para o chão e vi uma nota de vinte euros, a meus pés. 
Meio confuso com o que tinha acabado de acontecer no multibanco, apanhei a nota, sem saber se a tinha deixado cair, quando tirei uns papéis do bolso, ou se tinha achado mais vinte euros.
Despedia-me já das minhas amigas, quando uma delas me diz:
- Você está cheio de sorte! Você achou dinheiro na parede, mas ainda agora daqui saiu uma "pretita" a chorar porque perdeu vinte euros.
Sacudi a cabeça, à direita e à esquerda, como se quisesse arrumar as ideias e pensei - querem ver que os vinte euros que apanhei do chão, são da "pretita"? 
Perguntei por ela, mas indicaram-me que já tinha saído.  Vim cá fora e encontrei-a, logo ali à porta, com os olhos postos no chão, quais detectores do vil metal.
Não foi preciso dizer nada. Mostrei-lhe apenas a nota e os seus olhos sorriram.
- Muito obrigado senhor, muito obrigado!
Dei-lhe uma palmadinha nas costas, também de agradecimento e parti à procura da vida, que a morte está certa.
Mais à noite, precisei de ir ao Colombo, com um amigo, para imprimir umas fotos dum recém nascido e à minha frente, no parque de estacionamento, duas famílias estacionam os respectivos automóveis, no local indicado para deficientes. Apesar de haver muitos lugares, estacionaram mais perto da porta de entrada, não interessando a quem se destinavam aqueles lugares.
Desta vez já nem reprimi o gesto. 
É demais, para esta minha já tão frágil cabeça!

31 de março de 2014

Tour Eiffel - Parabéns!








Torre Eiffel! Faz hoje 125 anos!
Esta torre que esteve por detrás da minha vida é hoje um dos mais visitados e famosos monumentos de todo o mundo. 
Construída para a Exposição Mundial de 1889, foi considerada por alguns dos eruditos da época, como um mamarracho a demolir.
São as voltas que as torres dão.
Lá bem em cima, no último piso encontra-se documentada toda a história da mesma.
Hoje é um convite e um hino ao amor!
Bonjour Paris! Bonjour La Tour!

11 de março de 2014

Georges Moustaki - um dia!



Era meu hábito deambular sem destino pelas ruas de Paris, indiferente às condições do tempo. Tive sempre a sensação que eram esses os caminhos da sabedoria.
Era mais uma jornada que, o triunvirato Kim/Zuca/Pinto, esperava não ter noite.

Naquela tarde, a neve caía suavemente como se se condoesse de mim.
Embalando pelo tempo e fustigado pelo frio, subia a Avenue Wagram, já perto do Arco do Triunfo. O tagarela do Pinto não se calava. Queria a todo o custo entrar numa qualquer loja, onde o ambiente fosse seguramente mais acolhedor. Por mim, continuava a caminhada incerta, descobrindo novos olhares, novas gentes, quiçá, novos flocos de neve.
Um burburinho à porta da Fnac, chamou-nos a atenção e fez-nos parar por ali.
Lá dentro, o cantor Georges Moustaki saboreava o sucesso do seu primeiro disco “Le Métèque” numa sessão de autógrafos. Era Dezembro de 1969.
O seu ar de vagabundo sem amarras, tal como eu e a voz rouca de quem canta a falar de coisas simples, fizeram com que me aproximasse, no intuito de lhe pedir um autógrafo.
O Pinto não ficou atrás. Pediu-lhe um autógrafo também. Moustaki, autografou-lhe uma foto das que se encontravam na mesa.
Então, Pinto encheu o peito, entregou-lhe um cartão e perguntou-lhe: 

Queres um autógrafo meu? 
No cartão estava escrito: 
Carlos Alberto Pinto 
Vocalista Pop do Conjunto “The Tiggers”

Pinto nunca foi vocalista de nenhum conjunto/banda. 
Pinto – um mitómano compulsivo! Pinto, a mentira que Moustaki muito bem ignorou!
Moustaki - comme une perle rare!

27 de fevereiro de 2014

Carlos Carneiro - Grande HOMEM






A estória conta-se em poucas palavras!

Tinha combinado com um amigo para assistirmos ao Benfica-Guimarães.

O encontro era no Estádio da Luz, junto à estátua do Eusébio.
À hora marcada, lá estava ele.

- Olá Carlos, boa noite!
- Olá amigo, boa noite!
- Então vamos entrar?
- Não vou poder ir ver o jogo porque, eu e Cátia, encontrámos um cãozinho perdido. Como tem uma capinha e também tem chip, tem dono de certeza. Por este motivo, vamos levá-lo para casa e descobrir o dono.
- Ok amigo. Fazes bem. Vai lá!

Era quase meia-noite quando se descobriu o dono do cãozito.

O generoso ser humano, é o capitão de andebol do Benfica e também da Selecção Portuguesa. E chama-se Carlos Carneiro. Grande capitão! Enorme HOMEM! Fantástico casal!

Há momentos em que é muito mais importante preocupar-mo-nos com o melhor amigo do homem do que com a futilidade dum jogo de futebol, por mais importante que possa parecer.
Para o Grande Carlos, um grande abraço! Também para ti Cátia, um beijo enorme!

17 de fevereiro de 2014

Parabéns Bruno! Parabéns Manela!




Desta Lisboa que amas, um grande beijinho dos que sentem a tua falta! Feliz aniversário, filhão!!



No palco da vida encontramos os nossos sonhos. 
Um grande beijinho de parabéns Manela!

3 de fevereiro de 2014

O canto do cisne!


Quando a saudade aperta, remexo o baú da memória e relembro o que escrevi há cinco anos! 






Quase dois anos depois, voltei a dar uns pontapés na bola.
Aceitei um convite para jogar com os veteranos do Estrela da Amadora, porque a saudade era já muita.
O palco, o relvado secundário do Estádio Nacional, estava inclinado para o meu lado.
O meu amigo José Carlos, melhor jogador em campo, ex-glória do Sporting, Estoril e Estrela da Amadora, onde arrumou as botas recentemente, fez um passe milimétrico para o meu primeiro golo, Depois, o nosso querido José Romano, como de costume, correu que nem um louco, mas uma distensão muscular arrebatou-lhe a glória que se esperava.
Para o seu lugar, entrou o meu filhote Luís, na altura com 15 anos, que num ziguezaguear franzino entre tubarões, consegue fazer um passe de morte, que daria no meu segundo golo. Estou predestinado a não jogar sem filhos. Assim foi com o Bruno e agora com o Luís. São o meu abono de família.
Ainda me hão-de ver a jogar com filhos, netos e de bengala
José Carlos marcaria o terceiro golo, num remate revelador de grande classe.
Resultado 3-3.
Dois anos depois, voltei a passear a minha “nabice” e a marcar golos.

Nota triste

No mesmo campo, no jogo anterior, entre os veteranos do Belenense e uma selecção do Japão, um dos jogadores japoneses caiu inanimado no relvado. A morte chegara ao campo. Ali mesmo, tão perto de nós.
Lembrei-me logo dos conselhos do Júlio César: 
– é pá, olha que o desporto não dá saúde a ninguém! Um gajo até se cansa!

29 de janeiro de 2014

Almoços que valem!


E, enquanto da morte nos vamos libertando, assim continuamos a tirar prazer duma das boas coisa da vida - almoçar com amigos! 


15 de janeiro de 2014

Almoço anual - 2014


11 de Janeiro de 2014
Mais um ano! Mais um almoço!
E passaram já 42 anos a almoçar com este grupo de amigos. A espaços, faltam uns, aparecem outros, mas a tradição cumpre-se, até ver!
Este ano as baixas maiores foram o Júlio César e o Luís Martins, o Júlio com uma gripalhada e o Luís com um aneurisma, felizmente já debelado.






1 de janeiro de 2014

Os maiores!

Julgo que, todos nós, em determinados momentos da vida, pensamos que somos os "maiores". Estamos enganados! Há sempre alguém "maior" do que nós. 
Recentemente percebi que sou muito mais pequeno do que pensava.
Agora, sempre que pensar que sou o "maior", vou olhar para esta foto!