26 de fevereiro de 2010

As escolhas do Seve - 2

1. MARK TWAIN - EUA - 1835-1910
1. O homem que tem uma ideia será considerado um louco até que esta se tenha imposto
2. É preciso ter cuidado com os livros de saúde, podemos morrer por culpa de uma errata
3. Ao fazer vinte anos, impus-me a seguinte regra da vida: não fumar enquanto durmo, não deixar de fumar enquanto estou acordado e não fumar mais de um cigarro de cada vez
4. Um banqueiro é alguém que nos empresta um guarda-chuva quando o sol brilha e o reclama ao cair a primeira gota

2. ALBERTO MORAVIA - Itália - 1907-1990
1. A felicidade é tanto maior quanto menos se dá por ela

3. VLADIMIR NABOKOV - Rússia - 1899-1977
1. O rebentar de uma onda não pode explicar o mar todo

4. LUIGI PIRANDELLO - Itália - 1867-1936
1. Os factos são como os sacos: se estiverem vazios, não se aguentam de pé

5. VOLTAIRE - França - 1694-1778
1. O senso comum é tudo menos comum

6. JORGE LUÍS BORGES - Argentina - 1899-1986
1. Corrigir uma página é fácil, mas escrevê-la, amigo, isso é difícil

7. BERTOLD BRECHT - Alemanha - 1898-1956
1. Que é roubar um banco em comparação com fundar um banco

8. LEÃO TOLSTOI - Rússia - 1828-1910
1. Deve valorizar-se a opinião dos estúpidos: são a maioria


Às vezes - uma citação resolve o nosso problema!

24 de fevereiro de 2010

Júlio Amaro - mais além

Meu querido Amaro

Faz hoje três anos que partiste.
Quando novos projectos se conjecturavam no litoral da vida. Quando o leque de amigos se alargava a todos os sectores, Quando a tolerância mais se instalava em ti. Quando tinhas ainda muitos segredos por desvendar.
Lembro o olhar de soslaio que me deitavas quando a esperança era uma dúvida e a certeza uma constante. A fronte baixa e o tronco curvado eram já sinónimos dum homem derrotado prestes a descobrir o que jamais alguém descobriu.
Há dias procurei-te entre um amontoado de cruzes e ali estavas num canto frio junto a um muro já moribundo, sob uma pedra nua, tão despojada de ti. Júlio Amaro! Apenas!
O grande Júlio Amaro não era mais que um a menos na contagem dos vivos, tão certo como o final de todos nós.
Petrifiquei com tamanha visão. Tu, outrora tão pleno de tudo, hoje páramo de solidão.
Inconformado e triste, olhei para dentro de mim e desejei não ser esse o meu fim.
Quero que de mim nada reste. O fogo imolar-me-á e do meu corpo finito não renascerão mais as cinzas.
Amigo Amaro, espera-me no Jardim das Tulherias, no segundo banco à direita.

21 de fevereiro de 2010

Terra - Hotel em extinção!

A continuar assim, chegará um dia em que a Terra não terá mais espaço para todos!
Dá que pensar!

A ciência não sabe este número com exatidão, mas se usarmos os cálculos feitos pela "Population Reference Bureau" em 2002, até esse momento, na terra teriam vivido um total (aproximado) de 106.456.367.669 pessoas. E se somarmos os 426.971.281 nascimentos desde 2002 até agora, o resultado seria que na terra, ao longo de toda sua existência, viveram um total de 106.883.338.950 pessoas.
O cálculo efectuado pela PRB toma como início da população do planeta no ano 50.000 A.C. com 2 habitantes. Em 8.000 A.C. a população já seria de 5.000.000 de habitantes tendo nascido neste intervalo de tempo 1.137.789.769 pessoas.

No ano 1 D.C. a população mundial calcula-se que era de 300 milhões de habitantes. Segundo uma estimativa, a população total do Império Romano desde a Espanha até a Ásia Menor para 14 D.C. era de 45 milhões de pessoas.

Em 1650 a terra atingiu a cifra de 500 milhões de habitantes e que esta somente veio a dobrar em 1800, quando chegou ao primeiro bilhão de pessoas indo para lá e para cá.

A partir do século XIX a população mundial não deixou de crescer e se multiplicar rapidamente, chegando aos 2.516.000.000 habitantes em 1950 e daí (e de uma maneira vertiginosa) atingir as, aproximadamente, 6.643 milhões de pessoas que actualmente habitam o planeta terra.

Ao que tudo parece indicar e se nenhuma catástrofe acontecer, no ano 2014 atingiremos o número de 7 bilhões de habitantes.

18 de fevereiro de 2010

Diário dum casal

DIÁRIO DELA

Ele ficou esquisito a partir de domingo à noite. Tínhamos combinado encontrar-nos num bar para beber um copo antes de jantar. Andei às compras a tarde toda com as amigas e pensei que o seu comportamento se devesse ao meu atraso de vinte minutos. Mas não. Nem sequer fez qualquer comentário, como lhe é habitual. A conversa e o sítio não estavam muito animados, por isso propus irmos a um lugar mais íntimo para podermos conversar mais tranquilamente. Fomos a um restaurante caro e elegante. A comida estava excelente e o vinho era de reserva.
Quando veio a conta, ele nem refilou e continuava a portar-se de forma bastante estranha. Como se estivesse ausente. Tentei rodar os assuntos para fazer com que se animasse mas em vão. Comecei a pensar se seria culpa minha ou outra coisa qualquer. Quando lhe perguntei, disse apenas que não tinha nada a ver comigo. Mas não me deixou convencida.
No caminho para casa, já no carro, disse-lhe que o amava. Ele limitou-se a passar o braço por cima dos meus ombros, de forma paternal e sem me contestar. Não sei como explicar a sua atitude, porque não disse que me queria como faz habitualmente. Simplesmente não disse nada. Começo a ficar cada vez mais preocupada. Chegámos por fim a casa e, nesse preciso momento, pensei que ele me queria deixar.
Tentei fazer com que falasse sobre o assunto mas ele ligou a televisão e ficou a olhá-la com um ar distante, como que a fazer-me ver que tudo tinha terminado entre nós. O silêncio cortado pelo filme era sufocante. Por fim, desisti e disse-lhe que ia para a cama. Mais ou menos dez minutos depois, ele entra no quarto e deita-se a meu lado.
Para enorme surpresa minha, correspondeu aos meus beijos e carícias e acabámos por fazer amor. Não foi tão intenso como normal mas ele pareceu gostar. Apesar de continuar com aquele ar distraído que tanto me aflige. Depois, ainda deitada na cama, resolvi que queria enfrentar a situação e falar com ele o quanto antes. Mas ele já tinha adormecido. Comecei a chorar e continuei a fazê-lo pela noite dentro, até adormecer quase de manhã. Estou desesperada, já não sei o que fazer. Estou praticamente convencida que os seus pensamentos estão com outra.
A minha vida é um autêntico desastre!

DIÁRIO DELE

O Benfica não ganhou mas pelo menos dei uma queca...

Os homens são todos iguais. Não entendo o porquê das mulheres perderem tanto tempo a escolher.

15 de fevereiro de 2010

Rui Patricio - Parabéns!

Não é fácil ser herói!
Tens muitas batalhas pela frente e acabarás por ganhar a guerra.

Continua a dar o corpo às balas e ignora os vómitos de quem não sabe perdoar uma falha. É sempre assim. Os que não admitem falhas são os que não sabendo perder nunca saberão ganhar.

És um jovem cheio de potencialidades. Continua com a crença que tiveste no jogo em que, no último minuto, sobes à baliza adversária e fazes o teu clube "empochar" uns milhões. E com aquela em que defendes o penalty e és o herói do jogo. Fica apenas com essas boas recordações dos momentos de glória que fazem de ti um campeão. Mantém a simplicidade dos vinte e dois anos que fazes hoje e fazem já de ti um homem maduro.
Poderás tropeçar muitas vezes, poderás cair outras tantas, mas levanta-te sempre que isso acontecer porque isso faz parte dos ganhadores. Aqueles a que pertences!
Boa sorte para amanhã! Em Liverpool Em Alvalade! Onde quer que estejas!

Parabéns Rui! Por mais este aniversário!


14 de fevereiro de 2010

12 de fevereiro de 2010

As Escolhas do Seve 1

UM LIVRO PARA O FIM DE SEMANA

A partir de hoje e com alguma regularidade, o meu amigo Seve, leitor atento e compulsivo, aqui apresentará as Escolhas de Marcelo, aliás Seve!

Tal como diria o grande poeta português Alexandre O'Neill, uma obra não se explica, decifra-se. É por isso que hoje aqui VOS venho recomendar esta obra. Decifrem-na, desfrutem-na e leiam/vejam a alma humana.

Roseanne McNulty tem perto de cem anos e é a doente mais antiga do hospital de saúde mental de Roscommon. O Doutor Grene, o psiquiatra encarregado da avaliação dos pacientes, sente-se intrigado pela história daquela mulher, que passou os últimos sessenta anos da sua vida em instituições psiquiátricas.

Enquanto o médico investiga, Roseanne faz uma retrospectiva das suas tragédias e paixões, que vai registando no seu diário secreto, desde a turbulenta infância até ao casamento que lhe prometia a felicidade. Quando o Doutor Grene desvenda por fim as circunstâncias da sua chegada ao hospital, é conduzido até um segredo chocante. Um livro primorosamente escrito, que narra uma história trágica, fruto da ignorância e mesquinhez, mas ainda assim fortemente marcada pelo amor, pela paixão e pela esperança.
«... o que mais impressiona, para além da história, é a beleza lírica da escrita de Barry, a sua exactidão poética, o estilo quase inebriante, e o recurso sábio ao folclore irlandês, com as suas histórias de fantasmas e antigas tradições rurais. Este é um livro belíssimo sobre perdas, promessas e esperanças que não foram cumpridas. É, seguramente, um dos acontecimentos literários do ano.»José Riço Direitinho, Público, ípsilon

11 de fevereiro de 2010

Segurança Social - Uma vergonha!

Tinha combinado com a minha amiga Rosa dar-lhe uma ajuda para resolver um problema na Segurança Social.
Combinámos então encontrarmo-nos hoje lá, por volta das 9:30. Ela foi para fila às 6.30 da manhã e eu fui lá ter depois.
Quando lá cheguei já nem sequer distribuíam senhas. Quem quisesse alguma, tinha de voltar no dia seguinte.
A Rosa tinha a senha número 36. Ainda esperei até às 11 h. Ia no número 13. Voltei para o escritório. Ela ficou lá e telefonar-me-ia quando faltassem cinco números. Ligou-me às 14 h. Lá voltei novamente. Ainda assim só fomos atendidos às 15 h.
O que pretendíamos era entregar uns documentos e fazer umas perguntas.
Quando chegou a nossa vez …
- Minha senhora, quero entregar estes documentos e perguntar o seguinte …
- Aqui é só para receber documentos, não para fazer perguntas. Tem de tirar outra senha para esse efeito.
- Então tenho de vir para aqui às seis da manhã para tirar uma senha para fazer perguntas?
- Sim senhor! Somos poucas, ganhamos mal e temos mais gente à espera.
- E muito antipáticas!
Respondi eu.
Já tenho tanta coisa para me aborrecer, porque vou eu perder tempo com gente assim?
Entregámos os documentos da Rosa, despedimo-nos e fomos cada um par seu lado à espera que a velhice não venha depressa.
Esta foi a forma mais suave que eu tive para contar isto porque o que o atendimento foi bem pior.
É esta a InSegurança Social que temos!
Que tristeza!

8 de fevereiro de 2010

Livraria Lello - Porto

Provavelmente

a Livraria mais bela do mundo


Livraria Lello - no Porto
ou Biblioteca de Alexandria?

7 de fevereiro de 2010

Parabéns - Estrelinha do Norte!


Começou por ser uma galáxia longínqua. Depois uma estrela distante. Por fim um meteoro em chamas caído no meu jardim.
Foi depois Isabel apenas, mais tarde Estrelinha do Norte. Ensinou-me a gostar do Porto (cidade) e descobrimos a cumplicidade que pode haver entre uma “águia” e uma “dragona”. Não que as nossas dissertações convirjam muito neste tema mas conseguimos relegá-las para plano de somenos importância, muito para lá da saudade que nos separa.
Aos poucos entrou no mundo que me rodeia e regularmente aqui vem ver o que por cá se passa.
A espaços vem comentar e na sua ausência sinto-lhe o odor das palavras que se não dizem.
Mulher de afectos, que gosta porque gosta, entra no mundo que nos é comum, onde libertamos confidências e apuramos realidades. Garra, liderança e sagacidade, fazem parte dos seus atributos já para não falar dos que visíveis são.
A Isabel trouxe com ela o sábio Rei David e dois filhos maravilhosos de quem tenho muitas saudades e lamento não ter por perto.
Esta menina faz hoje anos e eu não poderia deixar passar em branco a oportunidade de lhe dizer o quanto gosto dela.
Adoro esta mulher do Norte, carago!
Parabéns Isabel!

5 de fevereiro de 2010

O outro lado da crise


Jantar em Nova Iorque para 4 pessoas = 47. 221 Dólares - aproximadamente 34.000 € (clicar na foto) dava para jantar 16.283 vezes na Amadora.

É uma afronta!
Se dum lado se contam os tostões para sobreviver, do outro esbanjam-se fortunas por caprichos de gente que não sabe o que fazer ao dinheiro.
O grito da revolta ecoará sempre na mente dos desprotegidos enquanto se praticarem estes actos de autentica barbárie e atentado à dignidade dos que não foram bafejados pela sorte ou pela arte de enganar meio mundo.
É aviltante olhar para esta factura e verificar que só a “gorjeta” corresponde ao valor dum ano de salário mínimo em Portugal.
E não se julgue que se tratou dum grande banquete a lembrar a “Grande Farra”.
Os vários itens que Roman Abramovich e os seus três convidados(as) degustaram são apenas pequenas porções de iguarias mais ou menos exóticas que é de bom tom depenicar, quando a carteira e o estatuto de gente rica o conferem.
O lado risível e brincalhão deste banquete é que no final continuam cheios de fome e comem-se uns aos outros.
Às vezes - há caprichos imperdoáveis!
Às vezes - o motim acontece!

4 de fevereiro de 2010

Amadora - cidade anti-crise!

A luta contra a crise está em marcha.

Na Amadora, almoça-se por 2.90 €, com bebida incluída.
Nada mau nos tempos de hoje!
Este anúncio fez-me lembrar o Café do meu amigo Amaro que naquela época (+ - 1972) servia almoços a 11$00 (pouco mais de 5 cêntimos, hoje) com sopa, pão, vinho e café incluídos.
Viva o Painel! (assim se chamava o Café)

1 de fevereiro de 2010

Mário Crespo - Ousou!

Cada vez entendo menos a política.
Eu até julgava que estávamos em democracia!

O artigo de Mário Crespo, que seria hoje publicado, na coluna de opinião do Jornal de Notícias (JN), foi rejeitado pela direcção do referido diário.

No texto, Crespo alude a um almoço que reuniu o Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro da Presidência Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, e um executivo de televisão. Nesse encontro, num hotel de Lisboa, Mário Crespo terá sido referido como «um problema» que teria de ter «solução».
No artigo, o jornalista enumera exemplos de outros «problemas» que o Governo socialista terá «solucionado»: Manuela Moura Guedes, José Eduardo Moniz, o Jornal de Sexta da TVI e José Manuel Fernandes, ex-director do Público.
O jornalista contou ao SOL que enviou, às seis da manhã de domingo, o texto para o copy desk do JN. Por volta da meia-noite, Mário Crespo recebeu uma chamada telefónica do director do diário, José Leite Pereira, com indicação de que o artigo de opinião não seria publicado.
Questionado sobre as razões para a não publicação, Mário Crespo refere que «não houve uma explicação plausível», por parte do director do jornal.


Perante esta situação, o jornalista da SIC decidiu cessar a colaboração com o JN.

Ousou, pagou!