22 de outubro de 2018

Salvatore Adamo - Le prince des belges, à Lisbonne!


Este "post" é especialmente dedicado às meninas do meu tempo!



Voltou!
Esta noite em Lisboa, no lotado Coliseu de Lisboa, Adamo voltou e voltaram-me os sonhos duma juventude que não se perdeu. 
E voltei a sentir o auge da música francesa em todo o seu esplendor, mais tarde esvaído pelo anglófono jugo.
Adamo é o mesmo rapaz humilde e terno de há meio século atrás. Fala do amor e da doçura que são o meu reino.
A paixão por ele, ainda que metafórica, é a do menino que tenta tocar o inatingível.
Durante duas horas mágicas,  esqueci as maleitas que a vida me ofereceu e voei nas asas da saudade. A loucura de estar ali era a mesma dos tempos idos. 
Em uníssono trautearam-se imortais refrãos nas gargantas da longeva memória dos presentes.
Não me chegavam os olhos para tanto ver, bastavam-me os ouvidos para cheirar o ror de tantas letras que ainda recordo. 
E todos ali presentes, pareciam adolescentes adulando uma qualquer banda. Apenas mudaram os tempos. A paixão é a mesma.
E agora que cai a neve nos meus parcos cabelos, sinto o toque da magia e da simplicidade das suas canções, sem pretensões balzaquianas.
Adamo foi o meu primeiro professor de francês e indicou-me o caminho a seguir, quando nas ruas de Paris a tristeza me tuteava ao sabor do improviso e das paixões possíveis. 
A sua rouca voz já não é a mesma, mas a essência do seu perfume está lá e deixa no ar a lembrança que também eu já não sou o jovem eternamente apaixonado, antes o apaixonado eterno.
Tenho ainda no disco rígido da minha já gasta memória, os dias as tardes e as noites em que as suas canções me embalavam nos braços de amores precoces, onde apascentei a francofonia da época.
Hoje, Adamo voltou a mim e apetecia-me escrever as mais lindas histórias de amor, até ao clarear da madrugada.
Tendre Salvatore, "parle-moi de mon enfance"!



9 de outubro de 2018

Brel - quarenta anos de saudade!



Passam hoje trinta e seis anos sobre a morte de Jacques Brel, aquele que nunca morreu.
Não é fácil falar deste gigante do palco, porque também o era na vida real. Em todos os sentidos.
Dele ouvi falar pela primeira vez em 1967. Enlevado pelas canções de Adamo, qualquer outro cantor me parecia horrível. Brel não fugia à regra. Era feio, não tinha cabelos longos nem camisas às flores, cantava como se desse murros na parede e não falava do amor que fazia os jovens sonharem.
Até que um dia, no findar dos anos sessenta, em Paris, onde eu vivia, Brel era cabeça de cartaz, no filme, MON ONCLE BENJAMIN, e várias salas de cinema exibiam cartazes alusivos ao dito, todas muito perto do meu pequeno quarto, onde desafiei a saudade de estar longe e chorei com um sorriso nos olhos, Nasceu aí a minha platónica paixão. Foi irónico ter-me apaixonado por ele, na condição de actor e não na de cantor.
Mas, afinal Brel amava muito mais do que eu pensava e falava desse amor, vociferando em ré menor!
Falava da revolta, da burguesia, da falsidade, dos desprotegidos e tuteava a morte. Filho de esbórnias muitas, intuiu que não haveria amanhã e viveu as noites como se fossem dias e os dias como se não existissem.
Gosta-se ou não dele, sabe-se lá porquê.
Ele foi indignação, violência, ternura, anti-vedeta, revoltado, apaixonado, amigo, eremita, franciscano, cantor, actor, marinheiro, aviador, tudo. Levou a vida ao extremo e não tinha meio-termo. Era tudo ou nada. Tabaco, álcool, mulheres, noitadas, todos os excessos e prazeres da vida eram o seu limite.
Todo ele era tudo! Muito! Muito mais! Mais ainda!
Brel abandonou a ribalta para se refugiar nas carícias dos ventos e nos beijos das vagas, à proa do seu veleiro, numa volta ao mundo sem final feliz. Brel "esperava por mim, qual meteque vagabundo", quando adoeceu, numa curta paragem nos Açores e foi lá que percebeu que o fim poderia estar próximo.
Quase ignorando a luta que então iniciou contra um cancro no pulmão, refugia-se nas Ilhas Marquesas, na Polinésia Francesa. Vende então o seu veleiro e adquire um pequeno avião, pilotado por ele próprio, ajudando a combater o isolamento das populações mais remotas, colocando o bimotor, gratuitamente, ao serviço das populações, no transporte de pessoas e correio.
Profundamente debilitado volta a Paris para morrer a 9 de Outubro de 1978, não sem antes de deixar expresso o desejo de jazer na longínqua Polinésia, onde repousa no meio dos seus nativos, entre tufos de ternura e saudade, bem longe das luzes do efémero.
Por tudo o que foi, Brel é para mim a paixão que se sobreleva a todas as outras.
Morrem cedo quem os Deuses amam; alguém disse um dia!
Meu velho Jacques, estarás sempre comigo.
Je ne te quitte pas!

1 de outubro de 2018

Charles Aznavour - La fin!


C'est fini "La Bohème" mon vieux Charles!
Adieu l'ami!



23 de setembro de 2018

7 de setembro de 2018

Bruno A. Ribeiro - Long Island!

Parabéns filhão! 
É sempre uma sensação de "je ne sais quoi" ver o reconhecimento da tua pessoa!




8 de abril de 2018

13ª Corrida António Leitão!

Mais uma corrida, mais uma viagem!
13ª Corrida António Leitão - SLB!
O meu filhote, Luís, dá-me esta força!
Tenho de aproveitar, enquanto há pernas!





Castelo Novo - outro amor!

Não é bem a minha aldeia, mas está de atalaia, para lá virada! 

Neste cordeiro pascal, revisitei Castelo Novo, dona dum velho castelo onde as lendas escorrem das suas ameias e se espalham por ruelas de granito e calçada romana, vera.
Em cada granito há uma esquina, uma janela, uma porta, que fala. E uma página de história.
Situada nas faldas da Gardunha, com ruas que morrem na serra, perdem-se no tempo as origens do seu nome. Talvez um castelo velho obrigasse a um castelo novo. Talvez tanta coisa. 
Ali ao lado, quando era menino, congelei lágrimas de esperança e olhava, à distância e tão perto, para esta aldeia que a madrugada clareava primeiro e eu nunca alcançava. Era o tempo em que nada se visitava e as deslocações apenas se faziam por necessidade, muito longe da componente cultural que hoje, qualquer castelo encerra.
De Castelo Novo já muito se terá dito, mas é certamente uma aldeia tão histórica como a sua ribeira de Alpreada, pré-adam, antes de Adão. 
Nela se ouve o sibilar dos ventos, o murmúrio das águas, o adormecer na doçura das suas gentes.
A linda e simpaticíssima Susana Sequeira Salvado, da Associação Sócio-Cultural é bem o exemplo deste povo do bem-haja.
À minha querida amiga Teresa Valente, filha desta terra, deixo a supina admiração pelo seu amor a esta.
Descobrir os encantos de Castelo Novo, é um desafio que a diegese encoraja!









3 de março de 2018

Parabéns Campeão - Carlos Carneiro!


Não será nunca a rivalidade das nossas cores clubísticas, que separará a amizade que nos une. 
A ti, grande campeão e atleta de eleição, deixo um abraço do tamanho do teu preferido recinto desportivo. 
Parabéns por mais este aniversário, o trigésimo sexto!  
Quase metade da minha vida! 


24 de fevereiro de 2018

Júlio Amaro - O génio!

Passam hoje doze anos, sobre a morte dum génio - Júlio Amaro!
Pintor, ilustrador, aguarelista, escritor, encenador e fabuloso contador de histórias! 
O Amaro era multifacetado e não precisava de esfregar a lâmpada de Aladino, para das sua mãos sair magia.
Conheci-o em mil novecentos e sessenta e seis e não mais o perdi, até à sua morte.
Com ele vivi mil venturas e outras tantas aventuras. Era a tempestade e a bonança, em mente de menino que já nasceu homem!
Era o nosso mestre, o dum restrito grupo de amigos da Amadora. Com ele privámos momentos de glória e desânimo, descemos ao inferno e subimos ao Olimpo.
Dele, ficámos com sapiência e arrojo e nele ficou a nossa memória. Sorria connosco a pintar, chorava connosco a sorrir.
Júlio Amaro era uma enciclopédia ambulante, um nómada das artes, a tampa do Vesúvio.
O seu legado estendeu-se aos quatro cantos do mundo, mesmo sabendo que este é redondo.

Aqui te deixo uma flor, meu amigo!


17 de fevereiro de 2018

Parabéns Bruno - The poet!


Ao meu filho Bruno, que hoje aniversaria pela quadragésima quinta vez, deixo um beijo e abraço enormes! 
Em dia de lançamento do seu livro "The Book Off All Lovers", na icónica livraria "Book Revue", de Long Island-NY, aquilo que o mar separa, o coração une,
As palavras mais piegas, ficam para a benesse que o éter permite! Adoro-te, meu pintor/poeta!