Com dinheiro fresco, demos largas à costela de turista e partimos à descoberta desse mundo, tão igual e tão diferente daquele donde vínhamos.
A Torre Eiffel e o Arco do Triunfo foram as nossas primeiras descobertas. Era importante cheirar Paris e esse odor começava por ali.
Nem fazia muito sentido começar por outro lado, pois qualquer destes monumentos ficava muito perto de nossa casa. A pé, tínhamos o Arco a quinze minutos e a Torre a uma hora. Paris era uma cidade para andar a pé.
Julien começara já o seu serviço de “ménage” e eu era a dona da casa. Quando ele chegava do trabalho, tinha de me levantar. O guerreiro precisava de repouso. Entre a minha levanta e a deita dele, era só uma questão de cinco minutos para arrefecer os lençóis e adormecer, embalado por Morpheu.
Na primeira oportunidade Martin levou-nos ao Touquet. Era só subir a Av Wagram e descer os Champs Élysées.
O local era pequeno mas muito simpático. A iluminação convidava à descoberta dos corpos, ao cigarro e ao álcool. Perante tal convite era impossível dissociarmo-nos de tal decoração.
O Touquet passou a ser a minha Sociedade Filarmónica, com as devidas salvaguardas.
Quando Julien folgava, deixava-lhe a cama livre e rumava áquele lugar, onde trinta minutos bastavam para estar nos braços de alguém.
Passados os primeiros dias de barriga cheia, milagre que os escudos tinham conseguido, somos avisados que tínhamos de sair do “apartamento” porque este era para uma pessoa só e não para duas e tinham já substituto. Os revezes da fortuna estavam connosco.
Nos finais de Setembro, mudámo-nos para um quarto de hotel rasca, a cem metros dali. Hotel Darius - Rue de Saussure 88, passou a ser o novo endereço.
Subíamos no estatuto, descíamos na desgraça.
Dezassete francos por dia, era o preço de quinze metros quadrados, do quarto 212, com bidé e lavatório de águas quentes e frias. Também ali os sanitários ficavam no corredor.
Tínhamos agora uma cama de casal e outra de solteiro. Eu dormia na primeira, Julien na segunda.
Passados os primeiros dias de barriga cheia, milagre que os escudos tinham conseguido, somos avisados que tínhamos de sair do “apartamento” porque este era para uma pessoa só e não para duas e tinham já substituto. Os revezes da fortuna estavam connosco.
Nos finais de Setembro, mudámo-nos para um quarto de hotel rasca, a cem metros dali. Hotel Darius - Rue de Saussure 88, passou a ser o novo endereço.
Subíamos no estatuto, descíamos na desgraça.
Dezassete francos por dia, era o preço de quinze metros quadrados, do quarto 212, com bidé e lavatório de águas quentes e frias. Também ali os sanitários ficavam no corredor.
Tínhamos agora uma cama de casal e outra de solteiro. Eu dormia na primeira, Julien na segunda.
1 comentário:
tinhas uma caminha... só p ti!
... isso já era mt BOM :)
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