- Tá lá? Bom dia!
- Bom dia! Quem fala?
- O Senhor chama-se Joaquim Ribeiro?
- Sim senhor, sou eu mesmo!
- Perdeu a sua carteira?
- Não, não perdi, roubaram-me o blusão e tinha a carteira lá dentro!
- Pois olhe, os seus documentos estão a ser vendidos no Bairro da Cova da Moura, na Buraca … (silêncio)
- Se quiser posso falar com o gajo que tem a carteira. Por ser para si, ele vende os documentos todos, por 200 €. Se não quiser ele vai vendê-los, um a um e isso não é nada bom para si. Só o B.I. vale um dinheirão!
- Pois é, mas eu não estou interessado em comprá-los. Em primeiro lugar, porque não compro uma coisa que é minha, em segundo, porque já comuniquei à P.S.P. e à Judiciária e em terceiro, porque já dei baixa de todos os cartões. Além disso tinha lá dentro 600 €. Ora, essa quantia, mais a carteira e o blusão, ronda os 1000 €. Portanto, vocês preparem-se, que se calhar isto não vai terminar bem.
- Oh amigo, eu não tenho nada a ver com isto, só estou a querer ajudá-lo. Se quiser vir ter comigo à Cova da Moura, eu posso tentar negociar com o gajo … (silêncio)
- OK, vou ter consigo, mas encontramo-nos à porta das piscinas da Damaia. Eu deixo aí o meu carro e vamos lá a pé.
- Tá bem, pode ser.
- Então, dentro de quinze minutos estou lá.
Vinte minutos depois, surgem dois mal amanhados mafiosos, um branco, outro mestiço, com idades entre os 30 e 35 anos.
- O senhor é que é o da carteira?
- Sou sim senhor!
- Então vamos lá!
- Pois bem, mas olhem que eu não estou preocupado com isto. Vocês meteram-se num grande buraco. Eu só cá vim, porque, apesar de tudo, ainda vou perder algum tempo em arranjar documentos novos. Digam lá ao gajo que dou 50 € e devolve-me imediatamente tudo.
Pelo caminho fui gravando a conversa e tirei esta fotografia.
Chegámos ao Bairro e mil olhos fuzilaram-me.
- Vão lá falar com ele que eu fico aqui.
Foi um e ficou outro.
Dez minutos depois – Oh chefe, o gajo só mandou os documentos e aceita os cinquenta euros
Tirei do bolso essa quantia, recebi os documentos com uma mão e entreguei o dinheiro com a outra. Dei meia volta e vim embora ainda a tempo de ouvir …
- Oh chefe, então e nós, não ganhamos nada com isto? Arranje lá algum prá gente!
- Bom dia! Quem fala?
- O Senhor chama-se Joaquim Ribeiro?
- Sim senhor, sou eu mesmo!
- Perdeu a sua carteira?
- Não, não perdi, roubaram-me o blusão e tinha a carteira lá dentro!
- Pois olhe, os seus documentos estão a ser vendidos no Bairro da Cova da Moura, na Buraca … (silêncio)
- Se quiser posso falar com o gajo que tem a carteira. Por ser para si, ele vende os documentos todos, por 200 €. Se não quiser ele vai vendê-los, um a um e isso não é nada bom para si. Só o B.I. vale um dinheirão!
- Pois é, mas eu não estou interessado em comprá-los. Em primeiro lugar, porque não compro uma coisa que é minha, em segundo, porque já comuniquei à P.S.P. e à Judiciária e em terceiro, porque já dei baixa de todos os cartões. Além disso tinha lá dentro 600 €. Ora, essa quantia, mais a carteira e o blusão, ronda os 1000 €. Portanto, vocês preparem-se, que se calhar isto não vai terminar bem.
- Oh amigo, eu não tenho nada a ver com isto, só estou a querer ajudá-lo. Se quiser vir ter comigo à Cova da Moura, eu posso tentar negociar com o gajo … (silêncio)
- OK, vou ter consigo, mas encontramo-nos à porta das piscinas da Damaia. Eu deixo aí o meu carro e vamos lá a pé.
- Tá bem, pode ser.
- Então, dentro de quinze minutos estou lá.
Vinte minutos depois, surgem dois mal amanhados mafiosos, um branco, outro mestiço, com idades entre os 30 e 35 anos.
- O senhor é que é o da carteira?
- Sou sim senhor!
- Então vamos lá!
- Pois bem, mas olhem que eu não estou preocupado com isto. Vocês meteram-se num grande buraco. Eu só cá vim, porque, apesar de tudo, ainda vou perder algum tempo em arranjar documentos novos. Digam lá ao gajo que dou 50 € e devolve-me imediatamente tudo.
Pelo caminho fui gravando a conversa e tirei esta fotografia.
Chegámos ao Bairro e mil olhos fuzilaram-me.
- Vão lá falar com ele que eu fico aqui.
Foi um e ficou outro.
Dez minutos depois – Oh chefe, o gajo só mandou os documentos e aceita os cinquenta euros
Tirei do bolso essa quantia, recebi os documentos com uma mão e entreguei o dinheiro com a outra. Dei meia volta e vim embora ainda a tempo de ouvir …
- Oh chefe, então e nós, não ganhamos nada com isto? Arranje lá algum prá gente!
8 comentários:
Como isto está mudado!!!
Antigamente os larápios sacavam o dinheiro e faziam o favor de colocar as carteiras dentro de um Marco de Correio.
KIM!
Que loucura!
Você se arriscou muito em ir a tal lugar a ter com os "meliantes".
Juizoooooooooooo
SPUK
A vida é feita de pequenos perigos minha querida Sandra.
Como diz o Gigi,já não há larápios como antigamente.
É verdade, o meu Pai um dia foi roubado no Eléctrico, e passado umas semanas recebeu por correio os documentos todos numa carta..
Já não há malandragem, agora é tudo m.....
Vocês estão todos a ficar velhos ainda são do tempo dos Bons Malandros.
Agora os malandros são todos capitalistas, primeiro apoderam-se da mais-valia, depois vendem a mercadoria.
VIVA A MARCHA DE BENFICA!
xl
AAHAHAHAHHA POIS É XICO.
AQUELA DA CONFEDERAÇÃO DA INDUSTRIA OU DO COMERCIO OU DE NÃO SEI QUÊ... PAGAR DO BOLSO UM ESTUDO PARA O AEROPORTO IR PRA ALCOCHETE...É QUE É DE MESTRES!!!
OS DA COVA DA MOURA ANDAM A APRENDER UMAS COISAS!
EM TODO O CASO QUIM...NÃO DEVIAS TER IDO.
ABRAÇO JC
Actualmente os documentos valem mais que os 600€ que estavam na carteira.
E Mestre Quim, para a próxima (oxalá que não exista) avise que eu faço companhia.
Grande coragem!!!!
Acho que uma boa participação à P.J e PSP para seguirem por perto o vosso passeio, teria sido bom, até para ir acabando com este tipo de malandragem... melhor... dupla malandragem
Força!
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