27 de maio de 2008
Jacques Brel - ma passion
Já aqui falei de Jacques Brel – um OVNI da canção.
Gostar de Brel é como amar uma mulher feia. Gosta-se porque se gosta. O rosto não interessa. Nem tão pouco o mau feitio, ou o cúmulo de excessos.
Brel era isto tudo, mas foi a doçura das suas palavras, umas vezes e a dureza das mesmas, outras, que me convenceram a amá-lo como se ama a feia mulher.
Os portugueses, na sua generalidade, conhecem apenas meia dúzia de canções, mas Brel é uma verdadeira enciclopédia de murmúrios de amor e gritos de revolta.
É difícil enumerar qual a sua mais bonita canção, apesar de saber que a maioria escolheria "Ne me quitte pas".
Estou já noutra fase e hoje elegeria, La Chanson des Vieux Amants, a sua canção mais simples e mais bonita. É como o despertar duma consciência adormecida onde é sempre possível amar. E tal acto não tem idade!
Mesmo assim, aqui vos deixo - Não me deixes – Ne me quitte pas!
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9 comentários:
FANTASTICOOOOOOOOOOOO
SPUK
Ah, Kim, je connais ta passion pour notre Grand jacques!!
Bisous et à très bientôt!
Brel, é o sentimento puro, forte e genuíno.
Cada palavra é dita com sentimento, força e paixão...
J'adore Jacques Brel et est pour moi quelqu'un que ont ne trouve qu'une fois dans ça vie.
Dommage que soit partie si tôt.
Merci pour ce moment.
Bisous
Obrigada por pores o Brel e a minha canção. Tens razão "A chanson des vieux amants", é realmente muito linda. Feio, o Brel? Eu estive apaixinada por ele!
Sei lá se era feio! quando o ouvia(ouço), ele é lindo!!!
Maria2
O Brel foi um camaleão. Vi-o feio, vi-o belo. Há pouco tempo a minha mulher ofereceu-me "L'emmerdeur" e o "L'aventure, c'ést L'aventure" que revi com a saudade dos tempos da minha avó Cló que me levou a vê-los ao Apolo 70 e ao Sétima Arte.
Achei-o bonito, especialmente no segundo.
B.
Era o homem feio, mais bonito.
Encantava-me a sua voz.
Obrigada
bjinhos
bela
Está feita a vontade à Maria2 e amim mesmo. Mas o B tem rzão. O Brel é um camaleão, porque as feições dele mudavam imenso, principalmente quando tinha o cabelo comprido. Aliás essa era uma imagem que eu gostava muito e ele nem parece o mesmo.
Como cantor, inebriava-me com a emoção com que o fazia. Dum momento para o outro ria, chorava, pulava e sei lá que mais.
Belo e feio - Bela
Merci grand Jacques!
C'est vrai parisienne et Cristina - la passion.
Depois de ouvir "Ne me quitte pas" 3 vezes, fui buscar uma antologia de poemas do Brel. Li "La chanson des vieux amants", e vi a minha vida retratada. Depois, continuei a folhear o livro e, saltou-me à vista "Le Maribond", depois... olha depois li todos. E fiquei sem saber muito bem, qual o melhor. Só sei, que amanhã, irei ouvir os discos dele. Já sei que vou chorar, rir, lembrar...Pensar, mais uma vez, que vivi a minha mocidade, numa época unica e que não estou só nesta Nau de Saudade e romantismo.
Obrigada mais uma vez, Kim.
Maria2
Oh Maria2! Se reparares bem, no final des Ne me quitte pas, aparecem outras canções de Brel. Vê bem uma outra versão que lá está de Ne me quitte pass, onde ele canta a ... chorar e muito lentamente (quase que fala.
No Le Moribond ele despede-se de todos, porque vai morrer.
Foram muito fortes as emoções com que viveu.
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