A Bélgica atravessou-se no meu caminho, tantas vezes quantas as que eu abandonei Paris.
Aos poucos fui criando paixões, pelos quatro cantos do mundo. Onde quer que fosse havia algo que me marcava. Ou pela imponência das coisas, ou pela descoberta a que os meus olhos se iam habituando.
Sempre que os francos não abundavam, qualquer banco de jardim servia para retemperar forças. Quando a abundância passava por mim, os melhores hotéis mostravam-me o outro lado da vida e lembrava-me que também era gente.
Assim foi, nesta fase da minha vida, em que era normal, acordar em Londres, almoçar em Amsterdão e jantar em Paris. Até parecia um homem rico!
As minhas paixões estavam lá, mas o meu coração queria partir, sem olhar para trás.
Curiosamente, é de lá que hoje, a Cristina, sem dúvida a belga mais portuguesa que já conheci, nos vai lembrando o quão de belo temos em Portugal.
O seu blog (alzira.canalblog.com) atesta-o.
Nesta foto, na minha fase de fato e gravata, o George, meu cicerone de circunstância, levou-me ao monumento erigido por ocasião da exposição mundial de 1958 em Bruxelas - “o Atomium”. O átomo em ferro, ter-me-á aspergido, com a rija têmpera que era preciso absorver.
Ficou um marco da cidade, tornando-se num ex-libris da mesma.
Bruxelas, para ti, a minha vénia!
Aos poucos fui criando paixões, pelos quatro cantos do mundo. Onde quer que fosse havia algo que me marcava. Ou pela imponência das coisas, ou pela descoberta a que os meus olhos se iam habituando.
Sempre que os francos não abundavam, qualquer banco de jardim servia para retemperar forças. Quando a abundância passava por mim, os melhores hotéis mostravam-me o outro lado da vida e lembrava-me que também era gente.
Assim foi, nesta fase da minha vida, em que era normal, acordar em Londres, almoçar em Amsterdão e jantar em Paris. Até parecia um homem rico!
As minhas paixões estavam lá, mas o meu coração queria partir, sem olhar para trás.
Curiosamente, é de lá que hoje, a Cristina, sem dúvida a belga mais portuguesa que já conheci, nos vai lembrando o quão de belo temos em Portugal.
O seu blog (alzira.canalblog.com) atesta-o.
Nesta foto, na minha fase de fato e gravata, o George, meu cicerone de circunstância, levou-me ao monumento erigido por ocasião da exposição mundial de 1958 em Bruxelas - “o Atomium”. O átomo em ferro, ter-me-á aspergido, com a rija têmpera que era preciso absorver.
Ficou um marco da cidade, tornando-se num ex-libris da mesma.
Bruxelas, para ti, a minha vénia!
5 comentários:
Não visitei os quatro cantos do mundo e provavelmente não o farei.
Mas as palavras, os pormenores levam-me até lá...
O repartir (ainda que apenas recordações) também é dar...
Isso é muito bonito...
"Kim" a minha admiração.
I.R.
Em 1988 deixei o "meu" navio atracado em Zeebrugge (Base Naval Belga) e dei umas voltas por aí. Fui também de comboio a Roterdão num Domingo, onde passei o dia inteiro a passear, sem comer nem beber nada. Ninguém aceitou os francos belgas. No regresso a Zeebrugge, já de noite, fui a um Pub que servia vários tipos de tostas. Como estava "esganado" de fome, pedi a tosta que me pareceu mais sugestiva (Tosta Canibal). Quando veio a tosta - no prato - e com quase toda a malta do Pub a olhar, reparei que se tratava de um bife picado cru, com duas fatias de pão, maionaise e salada. Não dei parte de fraco. Pedi uma Lambic (caneca de cerveja com licor de whisky) e em menos de nada "marchou tudo". Ainda hoje gosto de bife picado cru com maionaise.
Ainda bem que a minha experiencia na Belgica, foi bem agradável.
A Belgica sempre me recebeu bem.
SPUK
L'atomnion vient de se refaire une toute nouvelle beauté!
Bisous, até muito brèbe!!!
Abraço.
Jacques Brel, cantou os seus amores entre Zeebrugge et l'Angleterre - em Marieke. Lá, o Rui comeu carne crua. Eu comia peixe crú.
São esta recordações que fazem as Ardenas das nossas vidas.
Tenho vindo a fazer uma rectrospectiva das minhas memórias, julgando que, repartir estas emoções, é ajudar os outros a viajar um pouco.
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