Longe de mim imaginar, naquela altura, o fascínio que eles viriam a exercer sobre muitos de nós.
Longe, muito longe, está ali a junção das primeiras palavras, o silabar da hesitação, o tremelicar de desconchavados rabiscos e a alegria dos primeiros “BOM”.
Felizmente que estas velharias foram recuperadas pelas editoras e estão hoje à venda para quem as quiser adquirir.
Num tempo em que havia tempo, a recordação do meu tempo!
19 comentários:
Kim;
Caramba,... hoje tocaste na saudade, na minha e de muita gente.
Foram os meus primeiros livros e que orgulhoso fiquei de ter um livro só pra mim.
O da primeira classe, assim como os seguintes ficavam normalmente para os irmâos ou primos, até desaparecerem no tempo ou numa fogueira qualquer.
Há uns três anos atrás encontrei-os numa livraria portuguesa "Livraria Camões" aqui em Genève e foi um reencontrar de um passado que me deixou, como a todos, imagino, uma grande saudade da minha primeira escola e do professor Machado.
Quando acabei esses livros, foi a ida para o Brasil e outros livros lhes sucederam.
Obrigado, Kim, por nos relembrares esse mágico tempo da primeira escola.
Um abraço,
da Ana e Osvaldo
Estes foram os meus livros dos 4 anos de primária...beijinhos.
Também comprei os dois primeiros há uns anitos, na Feira do Livro! Foram os meus livros, os do meu marido, de toda a malta da nossa geração... :)
Mas deixa-me dizer-te que os livros de estudo, hoje em dia, são feitos de molde a não poderem ser reutilizados, num negócio que as editoras gerem sem que ninguém as impeça. Ou seja, elas querem que toda a gente compre livros novos para todos os filhos todos os anos, nada de o mesmo livro passar para o irmão mais novo. Por isso até põem exercícios para fazer no próprio livro. E eu acho isto escandaloso, tanto no que respeita aos miúdos se habituarem a escrever nos livros desde cedo, como a negociata em si!
Beijinhos, Kim!
Eh pá mas isso é do tempo da outra senhora, não?????ahahahhahahh
Pois eu sou novita não li nesses livros...hihiiii
Ora bem os meus eram outros porque eu vivia em Angola.
Mas que deve ser maravilhoso poder voltar a comprá-los, lá isso deve.
Então agora vais voltar á escola, já estou mesmo a ver!!!!
Bisous mon ange
Os meus livrinhos da Escola primária, os livros por onde estudei e namorei com aquele nino do meu post, e a stora que era brava...e nos espreitava, e as correrias pelos caminhos até casa, nas tardes de verão, a beber água em folhas de alface, apanhadas na horta do Lucas, a água tiravamo-la do poço, debruçados na beira, todos molhados, mas tão bom recordar...
O pai comprava-me os livros, o meu irmão tinha os dele, andava uma classe à minha frente, ou duas...é um ano e tal meses mais velho que eu, e o pai encapava-os e eu tinha cuidado com eles...era bom e foi bom revê-los aqui...
Eu gostava tanto dos contos, que, no ditado que já sabia de cor, a stora ditava e eu adiantada esquecia os espaços do ponto, a letra maiuscula para recomeçar, ah, laurinha, laurinha...beijinhos e boa recordação...
Tenho em casa o do 2º e 3º ano que a minha avó comprou para recordaçao dos livros do tempo dela. :)
Guarda bem estas ricas recordações para as transmitir aos teus netos !
Eu não tenho nem livros nem netos e as recordações vão desaparecendo juntamento com os neurônios....:(
Beijinhos
Verdinha
Kim:
Voltaste ao clube das saudades. Que bom ver os nossos livros de Instrucção Primária! Todos iguais para todos, passavam da mão de um irmão para a de outro. E aprendiamos a bem ou a mal. Saimos de lá, a ler, escrever, contar, fazer problemas, algumas noções de História de Portugal, Geografia, Ciências Naturais.
Que saudades desse tempo e da minha escola!
Obrigada por esta volta ao passado.
Beijinho
Hoje à fados no resteas...O joão e a Maria já lá estão, a verdinha, espera-nos no balcão...Beijinhos.
Olha, quem sabe ainda dará para siso, um dia, em breve..laura
Chove, acabei de fazer uma tarte de frango, legumes, etc, e um bolo, vamos à minha mãe, para ela não se sentir tão só, e, por mim, emprestavas-me os teus livros e ficavaa qui aninhada no sofá, uma mantinha nas pernas e, ah, doce cadinho de recordar os rostos das profeesoras, as colegas de carteira, os almoços naquele tachinho pequenino num cabaz pequenito, e, valha-me Deus, quando a mãe fazia batatas com bacalhau para o meu almoço, o mais certo era deitar tudo fora, ou dava às amigas se quisessem...só papava o bife, as batatas fritas e por ai fora..belos tempos carregados de magia e de saber...
Abraço amigo, a ti de quem gosto tanto..laura..
Seve disse...
Kim - Só o da 4ª classe me escapa, será que aprendi por outro?
Segundo opinião, quase geral ler é sempre bom.
Quer sejam livros, jornais,roda pés de televisão, placars, enfim tudo o que vem à rede è peixe.
O que me espanta é que num país onde muitos "supostos intelectuais" clamam que se lê muito pouco,a quantidade de "supostos escritores" aumentou,da qualidade dos seus trabalhos, desde já duvido e os preços meus amigos, são de pasmar.
Foi-me difícl noutro tempo adquiri-los,os livros claro!
Os livros que comprei para o meu neto ultimamente, são uma boa parte do orçamento de uma casa estou a falar dos livros do primeiro ano.
Viva a cultura!
J'écoute, le super Cd d'Amalia que tu m'as si gentiment offert, et mes larmes coulent et coulent...
Que saudade, Kim.
Bom fim de semana.beijihnos.
Onde é que acontece uma coisa destas nos dias de hoje?
Por mim ainda bem que não acontece!
Ao olhar estes livros sinto saudades dos tempos de menino. Fecho os olhos e vejo um bando de putos, uns de pé descalço, muitos de alpercatas, outros com sapatos. Vejo com ternura a minha aldeia branca estendida na planície e o campo verde onde jogamos à bola.
O pior, o pior é o que estava por dentro dos livros.
Sábias lições que vinham nos livros, todas elas viradas para a apologia do Estado Novo e dos valores tradicionais condensados na trilogia do regime: “Deus, Pátria, Família”.
Claro que em miúdo não me apercebia disso.
Mas agora sei, que os livros de leitura do Estado Novo, foram um poderoso instrumento da ditadura.
“O projeto do governo salazarista era, através da educação e da pedagogia, através das
primeiras leituras, incutir idéias e ideais nos jovens, e mesmo nas crianças, construindo
gerações de homens e mulheres formados para aceitar e enaltecer uma certa forma de
conduzir a nação portuguesa. Eram “adultos que foram crianças e jovens de um país coagido
a agonizar sem incomodar.” (MVC, p. 104) (Maria Velho da Costa)
Prefiro a balbúrdia do ensino actual, duma multidão desalinhada em busca de um caminho, a um povo enjaulado.
FR
Tenho comigo esse da terceira classe e confesso que de quando em vez ainda dou comigo a folhear. e tenho um livro da quarta classe da minha mãe, escrito por Pires de Lima e, Será?Manuel Subtil.Tem textos lindos, em prosa ou em verso que de tanto ler sei de cor. Boa lembrança trazer aqui estes livros de outras infancias .Bom domingo, Ell
Os da 3ª e 4ª classe lembro-me bem. Os da 1ª e 2ª parece-me que tive outros.
CADA ESTADO NOVO TEM OS MAGALHÃES QUE MERECE :)))
... vamos lá a um pastelinho de nata e as melhoras da tendinite Kim.
Metes-te em modernices :)
jc/.
Seve disse...
pois é os livros são caros...vale a pena é ir prá fila do concerto dos U2 (irlandeses + o Sr. Bono amigo do Barroso) dar não sei quantos €uros estar lá 48 horas (ao sol ou à chuva) para um concerto que se realizará.......daqui a um ano...os U2 ........
Eu trabalho em ums restaurantes em itaim bibi e no outro dia eu vi o livro de primeiro e eu tive escrtio que eu queria ser um chef.
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