Já fiz de tudo um pouco na vida e agora fui testemunha de … um cão.
Era uma vez … um cãozito sem dono chamado Boby e tinha por hábito espraiar-se na soleira do meu escritório.
Um dia, um outro rafeiro instigado pelo inumano ser do seu dono, atacou o pobre Boby. Este ataque tornou-se um hábito mal digerido por todos os que iam assistindo a tais cenas, até ao dia em que alguém apresentou queixa na PSP, contra tal energúmeno.
O Boby, já velhote e trôpego, não tinha argumentos nem dentes para discutir a contenda. Assim sendo, era mordido a toda a hora pelo outro rafeiro, jovem e dono duma pujança que o primeiro já esquecera.
Revoltado com tal situação ofereci-me como testemunha, num processo contra o proprietário do outro cão, para que os tratamentos provocados pelas dentadas do seu, no Boby, fossem de sua responsabilidade e bem assim a assunção dos custos de tal peleja na Clínica Veterinária cá da zona.
Inquérito para esquerdo, inquérito para a direita e um burocrático processo instaurado em 2003, levou-me à barra do tribunal em prol da sua defesa.
Depois de várias audiências sem qualquer resultado, chegou finalmente ao fim, o julgamento deste inofensivo e simpatiquíssimo cãozinho, filho da rua e amigo de quem uma carícia lhe fizesse.
Audição primeira, audição segunda e à terceira, depois de ouvidas as testemunhas, finalmente a juíza estabelece o dia 12 de Dezembro para ler a sentença.
Depois de tantas horas perdidas e despesas havidas. estou em pulgas para saber o desfecho.
Pobre Boby que não conhecerá o desfecho da sua defesa. A morte encarregou-se de o levar há já três anos
Que vida de cão!
11 comentários:
És um homem de causas e de Cãosas!
Abraço
jc/ :)
Kim:
É asim mesmo, amigo. Não são os cães que são maus. São os donos que assim os fazem.
Espero, que seja feita justiça, mesmo que o cão, já não possa sabê-lo.
A propósito disso, a "cuidadosa" e simpática veterinária, com quem se passou o caso da Java, está metida em maus lençois, pois o dono apresentou queixa.
Esta, é uma das formas, de defender os animais.
Beijo
Maria2
Oh Kim e a amizade de um cão é uma coisa magnífica, uma sensação doce como o mel.
Olhem para este cão e vejam o olhar dele, a súplica de mimo que ele reflecte.
Obrigado Kim
Seve
Oh Kim e a amizade de um cão é uma coisa magnífica, uma sensação doce como o mel.
Olhem para este cão e vejam o olhar dele, a súplica de mimo que ele reflecte.
Obrigado Kim
Seve
Justiça lhe foi feita !
A barbaride também existe nos animais e às vezes é-lhes ensinada pelos homens, infelizmente.
Alguns dirão "era só um animal" e eu responderia : Deus o criou para ser amigo do homem. Ele foi o teu amigo e foste amigo dele.
Bela amizade ! Parabéns pelo teu acto, Kim !
Beijinhos verdinhos
O nosso amigo Osvaldo e a esposa estão bem !
No Céu dos cães está a esta hora o Bobby, todo orgulhoso, a dizer aos seus pares, que era amigo do Quim.
Kim:
Já viste o que se passou com a Carla? Vê o post dela de dia 6. Não consegui falar com ela, nem tive resposta ao E-Mail que lhe enviei.
Tu, que tão bem sabes ajudar as pessoas, tenta ajudá-la. Ela precisa de todo o apoio. Eu vou continuar a ligar e a mandar mensagens até que me responda.
beijo
Maria2
Independentemente do resultado que venha a ter este processo, vale a atitude de defender o cão e fazer tudo para que não fique impune esta brutalidade e estupidez.
Oxalá seja condenado e possa servir de exemplo!
Nem todas as pessoas deveriam poder ter um animal. Em vez de haver licença do cão deveria sim ser obrigatório licença de proprietário.
Boa sorte,
João(o dono da Java!)
Kim:
Estou perfeitamente de acordo com o dono da Java, que é meu filho.
Dia 12, saberemos se ainda há justiça neste país, pelo menos para os animais, já que não há para os humanos.
Beijo João.
Beijo Kim.
Maria
Olá, vim aqui pelo que escreveste hoje, raios levassem o dono do outro cão, ele é que devia levar no focinho e dado pelos homens a sério, sem testemunhas, embora isso não se faça...era o merecido...beijinhos.
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