7 de janeiro de 2008

Bugatti Royal


Valor = 12 milhões de Euros

Esta é a “estória” da história duma louca paixão. A do museu automóvel – La Cité de l’Automobile .

Ao meu amigo Agostinho, que foi operário dos irmãos Schlumpf e pertenceu ao grupo dos revoltosos, o meu obrigado por, na noite de festa, do amigo comum, Florival da Silva, ter jantado a meu lado, a dez metros desta viatura e rodeado por uma frota riquíssima de automóveis antigos, me ter contado o que a seguir lereis.

Era uma vez … dois irmãos – Hans e Fritz Schlumpf.
Cedo ficaram sem pai, industrial de têxteis que foi.
Pouco depois, mudam-se para França (Alsácia), ficando a residir mesmo ao lado, em Basel,-Suíça.
Aí darão os primeiros passos no campo da alta finança. Fritz, cedo se tornou um “expert” na matéria. No final da crise económica dos anos trinta, já fazia parte da elite financeira francesa. Com o dinheiro ganho comprou uma fábrica de tecelagem e iniciou um verdadeiro reinado industrial.
Por dinheiro, tudo fazia. Durante a guerra, colocou no telhado da sua fábrica, uma bandeira nazi, de modo a não ser atacado pela aviação alemã. Rapaz esperto, mas safado.
O grupo Schlumpf, prospera e adquire outras empresas do ramo e ainda, caves de champanhe, um hotel e vários negócios imobiliários.
Assim, já com riqueza tamanha, Fritz deixa a cadeira dos negócios a seu irmão, para se dedicar à paixão favorita – coleccionar automóveis.
Os seus preferidos eram os Bugattis. Corre então meio mundo e compra todos os que encontra, sem olhar a preços.
Em 1963, a fábrica da Bugatti, muda de proprietário e Fritz adquire uma vintena de protótipos (únicos no mundo) e ainda a viatura pessoal de Ettore Bugatti – o coupé Napoleon. Um ano mais tarde compra a colecção americana Shakespeare, ou seja, mais trinta Bugattis.
Numa sua antiga fábrica desactivada, alberga toda a sua colecção e recruta uma trintena de operários, para que todas as viaturas fossem restauradas e voltassem a circular. Um pacto de silêncio e segredo (a que preço?) terá sido feito entre Fritz e os seus operários.
Face a tanto esbanjar, o equilíbrio financeiro do grupo entra em derrocada.
Na sua louca paixão, Fritz descapitaliza as suas empresas, e aplica mais verbas na sua monstruosa colecção, que se compunha já de 400 veículos, dos quais 124 eram Bugattis.

Em Outubro de 1976, os operários reivindicam um aumento de vinte cêntimos à hora.
Forreta e ganancioso, como a maior parte dos ricos, não aceita a reivindicação (ai Xico Xico FR– às vezes tens razão) .
Os revoltosos, ocupam então as já falidas fábricas e é o princípio do fim.
Aos gritos de “Schlumpf para a prisão” só a chegada duma carga policial conseguiu retirar os irmãos, permitindo-lhes refugiarem-se na Suíça, onde viviam.
As dívidas ascendiam já a 80 milhões de francos e é então que o Estado Francês, assume a dívida e também a posse do museu, de valor incalculavelmente superior.
Finalmente, a 10 de Julho de 1982, abrem-se as portas do museu, entretanto entregue à gestão da Culture Espace.
Qualquer pessoa, pode agora alugar o espaço, ficando com a totalidade do museu à sua mercê, desde que a sua bolsa o permita e a opulência o deseje.
Hoje, 17 mil metros quadrados albergam 600 maravilhosas viaturas, tornando este museu, situado na cidade de Mulhouse em França, o maior do mundo.

6 comentários:

Anónimo disse...

Der Schweizer Textilindustrielle Fritz Schlumpf war bis zu seinem Tod im Jahr 1992 ein in Frankreich gesuchter Wirtschafts-Krimineller, der mit seiner masslosen Sammelwut für alte Autos seine Fabriken in Frankreich zugrundegehen liess. Als Selbstinszenierer drängte er sich an der Eröffnung des Automobilsalons 1984 in Genf zur offiziellen Eröffnungs-Delegation durch und schüttelte im Blitzlichtgewitter der Journalisten seinem Homonymen, dem damaligen Bundespräsidenten Leon Schlumpf, die Hand.

Anónimo disse...

PERFEITAMENTE. ESTOU COMPLETAMENTE DE ACORDO :)
JC

Anónimo disse...

Santinho!!

Pantas

P.s - O que o gajo deve estar a dizer é ... " quem se f.. é sempre o mexilhão"..

Carla D'elvas disse...

TRADUÇÃO


O industrial textil Fritz schlumpf, foi até á sua morte no ano de 1992, em frança, acusado de crimes económicos graves e procurado pelas autoridades.
Estes crimes, constituiram por si só o declinio das suas empresas, devido ás fortunas gastas em carros velhos.
Selbstinszenierer, que em 1984, o empurra para a abertura do salão automovel, em Genebra, coloca-o na delegação oficial da abertura.
O senhor, apaixona-se por um modelo com laterna eléctica. Acontece a trovoada. Provocada, pelo seu homónimo, o presidente federal, naquele tempo, Leon Schlumpf, a mão dos jornalistas.

;)

Anónimo disse...

Pas mal, ta nouvelle voiture!!!
Bisous.
Cristina

Anónimo disse...

Obrigado pela tradução, Carla.