Já a pensar em nova aventura, adormeci a sonhar com as amigas que nunca mais voltaria a ver.
Dos amigos não falo porque apenas tinha um - o Martin (Zeca) que viria a morrer precocemente, aos trinta e três anos. Não tinha mais ninguém, de quem me despedir.
Todos os dias eram preenchidos por rostos desconhecidos.
Várias perguntas me assaltavam o sonho. O que viria a seguir? Que ânsia era aquela de partir à procura de tudo e de nada? Onde iria dormir? E comer?
Apenas tinha a certeza que não iria morrer de fome. De que forma? Isso, ver-se-ia a seu tempo.
Bem … poderia ter evitado estas perguntas, se não tivesse dispendido quase todo o meu pecúlio. Mas, se o não tivesse feito, onde estava o incerto? Era isso que me fazia querer abraçar o mundo, sem ter braços para tanto.
Aos vinte anos, o mundo parece-nos pequeno. E é. Acabei por constatá-lo.
Com o Norte a chamar por mim, quase não olhei para Bruxelas.
Aos poucos ia deixando Le Plat Pays.
O comboio proporciona-nos estes momentos. É sair ou continuar.
Em Antuérpia hesitei e pensei ficar por ali. Os diamantes que lá se transaccionam convidavam-me a uma bela mas não menos perigosa aventura. Assim sendo, entre perigo e aventura, optei pela segunda.
Dormitei um pouco mais e quando voltei a acordar, estava já no meio dum mar de túlipas.
À esquerda e à direita, rectângulos enormes de coloridas túlipas de cores variegadas, abriam-me os olhos de espanto. Uma indómita vontade da ali ficar começou a apoderar-se de mim. Os moinhos e a planura dos verdes campos entrecortados pela panóplia de cores estonteantes, tiraram-me todas as dúvidas. Sem o saber, estava a chegar ao destino, apesar de ter destino pago até uma qualquer aldeia dinamarquesa.
Uma cidade de baixos prédios desponta mais além. O aproximar desta parecia-me ser visto pelo zoom da minha Sony.
Parámos finalmente, no centro da cidade.
Dos amigos não falo porque apenas tinha um - o Martin (Zeca) que viria a morrer precocemente, aos trinta e três anos. Não tinha mais ninguém, de quem me despedir.
Todos os dias eram preenchidos por rostos desconhecidos.
Várias perguntas me assaltavam o sonho. O que viria a seguir? Que ânsia era aquela de partir à procura de tudo e de nada? Onde iria dormir? E comer?
Apenas tinha a certeza que não iria morrer de fome. De que forma? Isso, ver-se-ia a seu tempo.
Bem … poderia ter evitado estas perguntas, se não tivesse dispendido quase todo o meu pecúlio. Mas, se o não tivesse feito, onde estava o incerto? Era isso que me fazia querer abraçar o mundo, sem ter braços para tanto.
Aos vinte anos, o mundo parece-nos pequeno. E é. Acabei por constatá-lo.
Com o Norte a chamar por mim, quase não olhei para Bruxelas.
Aos poucos ia deixando Le Plat Pays.
O comboio proporciona-nos estes momentos. É sair ou continuar.
Em Antuérpia hesitei e pensei ficar por ali. Os diamantes que lá se transaccionam convidavam-me a uma bela mas não menos perigosa aventura. Assim sendo, entre perigo e aventura, optei pela segunda.
Dormitei um pouco mais e quando voltei a acordar, estava já no meio dum mar de túlipas.
À esquerda e à direita, rectângulos enormes de coloridas túlipas de cores variegadas, abriam-me os olhos de espanto. Uma indómita vontade da ali ficar começou a apoderar-se de mim. Os moinhos e a planura dos verdes campos entrecortados pela panóplia de cores estonteantes, tiraram-me todas as dúvidas. Sem o saber, estava a chegar ao destino, apesar de ter destino pago até uma qualquer aldeia dinamarquesa.
Uma cidade de baixos prédios desponta mais além. O aproximar desta parecia-me ser visto pelo zoom da minha Sony.
Parámos finalmente, no centro da cidade.
A Estação Central, acabava de engolir o monstro de ferro.
Desço dois degraus. Olho à volta e grito para dentro:
- Bom Dia Amesterdão!
Desço dois degraus. Olho à volta e grito para dentro:
- Bom Dia Amesterdão!
8 comentários:
Kim
Aqui fica o poema que a tua aventura merece
Pelo sonho é que vamos
Comovidos e mudos
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos
Pelo sonho é que vamos
Basta a fé no que temos
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos
Basta que a alma demos
Com a mesma alegria
Ao que desconhecemos
E ao que é do dia-a-dia
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama (1924-1952)
Eu não tenho a mesma inspiração do Romano,mas este Kim Kim é mais um Tim Tim com tantas aventuras.O que irá acontecer na terra das túlipas?Além disso,se nessa altura ele não se perdeu no mundo,e encontrou o caminho neste lindo país que é Portugal,nós ficamos a ganhar,pois que lemos as aventuras de um verdadeiro aventureiro.Beijinhos da Maria
BOM DIA VIDA...!
dia FELIZ :)
beijokinha em ti.
estou encantada!
Amigo Kim, Nunca se interrogou como seria se tivesse ficado em Antuérpia?? ou seguido até à Dinamarca??? Se fosse eu, tinha ido prá Dinamarca, prás Gajas.. :)
mmmmmmmmmmmmmmmmm
Zé - Obrigado, pelo poema. Tem muito a ver comigo.
Pena, Sebastião da Gama ter morrido tão menino.
Maria - As aventuras de Kim Kim, ficariam bem mais compostas se contasse aquilo que não se pode contar.
Send - Ontem, já passou. Amanhã, é outro dia.
Carla - Ainda bem. A ideia não era encantar, mas sim contar. Ainda bem que te encanta.
Pantas - Gajas??? Onde é que não há gajas? Mais adiante encontrá-las-emos. Não era o mais importante.
Anónimo - ssssssssssssssssim
Gosto destas viagens...
Apesar de algum receio estou confiante.
O que se segue?
I.R.
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