O meu novo emprego começava às sete da manhã.
Vinte minutos a pé até à estação e outros tantos de comboio até à fábrica, davam-me manobra para poder sair do hotel, uma hora antes.
Ao que me foi explicado, situava-se quase frente à estação.
À minha saudação de – bom dia Mr Urgens, obtive como resposta, uma mão no ar segurando um pequeno saco igual ao do dia anterior.
Mais uma vez a primeira refeição era servida ao sair da porta.
- Apenas cumpro o meu dever, Alain! Na impossibilidade de tomares o pequeno almoço aqui, acho de toda a justiça que o tomes noutro lado. Assim, aqui o tens! Está incluído na diária.
- Diária? É verdade! Já nem me lembrava disso. Só paguei dois dias!
- Não faz mal, eu aguardo! Pagas quando receberes! Confio em ti!
- Obrigado! Então até logo, depois falamos!
Desta vez o saco parecia mais pesado. Verifiquei durante o trajecto que a dose fora aumentada. Mais um pão e algumas bolinhas de queijo!
Àquela hora da manhã o movimento na Central Station parecia o dum formigueiro.
Koog Zaandijk era a localidade onde se situava a “minha” nova fábrica. Estava ansioso para começar. Nunca o trabalho me causara temor.
Já sentado à janela, com a paisagem a fugir-me em sentido contrário, matraqueado pelo monocórdico som de rolamentos barulhentos, recuo à infância e volto a pensar num ror de coisas e no alerta constante do Padre Nobre – meu menino, lembra-te sempre que a preguiça é a mãe de todos os vícios!
O menino nascido em berço humilde mas a quem nada faltou, viajante errante habituado à leveza do acaso, estava agora a tornar-se um homem prestes a ser operário como tantos que conhecera.
Sendo assim, nada havia que temer. Adelante!Adivinhei os passos da gente jovem que caminhava à minha frente e segui-os. Não me enganei. Também eles se dirigiam para as enormes instalações que se estendiam à nossa frente.
Koog Zaandijk era uma certeza, despida e fria.
Vinte minutos a pé até à estação e outros tantos de comboio até à fábrica, davam-me manobra para poder sair do hotel, uma hora antes.
Ao que me foi explicado, situava-se quase frente à estação.
À minha saudação de – bom dia Mr Urgens, obtive como resposta, uma mão no ar segurando um pequeno saco igual ao do dia anterior.
Mais uma vez a primeira refeição era servida ao sair da porta.
- Apenas cumpro o meu dever, Alain! Na impossibilidade de tomares o pequeno almoço aqui, acho de toda a justiça que o tomes noutro lado. Assim, aqui o tens! Está incluído na diária.
- Diária? É verdade! Já nem me lembrava disso. Só paguei dois dias!
- Não faz mal, eu aguardo! Pagas quando receberes! Confio em ti!
- Obrigado! Então até logo, depois falamos!
Desta vez o saco parecia mais pesado. Verifiquei durante o trajecto que a dose fora aumentada. Mais um pão e algumas bolinhas de queijo!
Àquela hora da manhã o movimento na Central Station parecia o dum formigueiro.
Koog Zaandijk era a localidade onde se situava a “minha” nova fábrica. Estava ansioso para começar. Nunca o trabalho me causara temor.
Já sentado à janela, com a paisagem a fugir-me em sentido contrário, matraqueado pelo monocórdico som de rolamentos barulhentos, recuo à infância e volto a pensar num ror de coisas e no alerta constante do Padre Nobre – meu menino, lembra-te sempre que a preguiça é a mãe de todos os vícios!
O menino nascido em berço humilde mas a quem nada faltou, viajante errante habituado à leveza do acaso, estava agora a tornar-se um homem prestes a ser operário como tantos que conhecera.
Sendo assim, nada havia que temer. Adelante!Adivinhei os passos da gente jovem que caminhava à minha frente e segui-os. Não me enganei. Também eles se dirigiam para as enormes instalações que se estendiam à nossa frente.
Koog Zaandijk era uma certeza, despida e fria.
4 comentários:
Às vezes o frio pode ser só aparente.
Isabel
..como o tempo corre. Entretanto já passaram quase mais outros vinte anos sobre esses vinte.
Bom fim de semana.Bisous.
Se esse regresso aconteceu em Julho de 1988, eu andava perto, a passear em Roterdão.
Enviar um comentário