12 de outubro de 2007

Amsterdam - 2


Descemos a escadaria, do prédio, um atrás do outro como se de carcereiro e recluso se tratasse. O velho Peugeot do Professor esperava-nos na penumbra. Anichei-me no banco da frente e seguimos para o centro da cidade.
Amsterdam, é uma cidade plana, lindíssima e cheia de jardins. Talvez propositadamente ou talvez não, íamos passando pelos locais mais movimentados enquanto o Professor me ia questionando sobre a minha aventura, a minha pessoa e o meu modo de vida.
Parámos finalmente. Nenhuma ansiedade se apoderava de mim, o que me permitia encarar o que estava para vir como algo melhor do que eu esperava. Cá fora um pequeno reclame luminoso identificava o paraíso: Cok Hotel – for students.
Na recepção um respeitável sexagenário parecia aguardar-nos. Interiormente logo o baptizei – Mister Urgens! Era o sósia dum actor alemão que eu adorava – Curd Urgens. Simpático e afável ouviu as explicações do Professor sobre a minha pessoa. Os vinte e tal francos que ainda tinha, depois de trocados por florins, davam para dormir naquele hotel, durante uma semana.
Agradeci e despedi-me do Professor. Nunca mais o veria. Foi assim com todas as pessoas que de uma forma ou outra me ajudaram no périplo saltitante dos quatro cantos do mundo.
À minha volta, logo no final do átrio, um pequeno bar tipo inglês e uma larga sala de lazer, completavam o espaço que o olhar alcançava.
Após alguma troca de impressões e cumpridas as formalidades que o hotel exigia, Mister Urgens, subiu comigo ao segundo andar e mostrou-me o meu quarto. Não era afinal o meu quarto, mas sim o quarto de oito pessoas, supostamente jovens. Quatro beliches, oito camas, oito cacifos e algum desalinho, explicavam o porquê de tão pouco dinheiro bastar para ali dormir alguns dias. Percebi então que cada quarto albergava oito jovens. Nada que me incomodasse! Estava num hotel-camarata, muito perto do luxo.
Aproximei-me da janela e um frondoso jardim saudou a minha chegada.
Depois, sentei-me na cama de baixo, do último beliche junto à janela, olhei em redor e estendi a alma em colchão divino.
Cok Hotel - Koninginneweg 30, Amsterdam - era a minha nova morada!

7 comentários:

Anónimo disse...

Estou a gostar,é que estive em Amesterdão em Maio e adorei,acho que tenho que ir lá novamente,mas, sem chuva e em Abril para ver as túlipas em flor,porque vi muito poucas,só na praça a vender.Boa noite da Maria

Carla D'elvas disse...

Eu também estou a gostar :)
até já...

O Bicho disse...

E a "estória" repetiu-se, de certa maneira, quando em Maio de 1988, um grupo de 8 viajantes do Pessoal da Porcalhota, arribaram a este Hotel Cok - ainda guardo uma caixa de fósforos que trouxe de lá do hotel, nessa altura.

Anónimo disse...

Ainda foste muito feliz ,por não teres conhecido o Hotel Niassa a caminho de Moçambique ou outra colonia qualquer."A sorte protege os audazes"dizia-se!

Anónimo disse...

Bom fim de semana, Amigo e até brève em Amsterdam!!!!!!
Bisous.

Anónimo disse...

Bom Fim de Semana!!

Anónimo disse...

Kim com esta coisa de Histórias em Amesterdão,estás a tirar os comentários do teu grande amigo GIGI,não tens pena?Eu sei que tu só queres ter mais umas piquenas,que com a idade te vão faltando,sim que isto de um gaijo ou uma gatja ser velha é um problema do caraças,fazemos birras porque queremos um pópó novo e o tramado do médico já não vai na fita de fazer a declaração para a renovação da carta,e tu a achares que és o maior.além disso com a falta de vista já não consegues ver bem as miúdas, e até te escondes para elas não te verem a ti,olhas para o espelho e dizes porra este não sou eu,acho que me enganei no espelho,e era capaz de ficar aqui até amanhã com tanta coisa para dizer,que ser velho por mais que digam que se sentem bem,acho que é horrivel,é o meu caso cá estou eu aqui a escrever quando todos devem de estar a dormir,simplesmente porque estou a ficar senil e enquanto a mente não se apaga quero escrever até qua a mão me doa,e é que está mesmo a doer tenho que terminar Beijinhos e quero mais,quero mais. Maria