6 de agosto de 2007

O Conto do Vigário - parte 3

- Ah, isso é para trazer uma encomenda para o António!
A confiança estava a aumentar. O senhor, já tinha sido eliminado. Era agora apenas, António. Tinha já sido apenas, sócio.
Como eu não perguntasse mais nada, continuo ela a resposta à minha pergunta.
- É que nós temos em Portugal várias pessoas que nos devem muito dinheiro e entre elas, uma loja de electrodomésticos, pagou-nos em géneros. Agora estamos a vender o material, um pouco ao desbarato. E continuou – no caso do António ele encomendou-me um leitor-gravador de vídeo VHS. Custam, no mercado, à volta de quarenta contos e eu estou a vendê-los a quinze. Tenho muitos e preciso de despachar aquilo para realizar dinheiro. Por este motivo, antes de irmos para o hotel, onde temos outro negócio mais importante para resolver, preciso que passe pela Rua 1º de Dezembro, onde eu guardo o material.
- OK! Tome lá então os quinze contos do homem e mais trinta meus e traga-me também dois vídeos para mim.
- Ah, mas se é para si e fica com dois, faço-lhe um desconto. Tome lá, devolvo-lhe cinco contos. Ficam os dois, por vinte e cinco.
- Tá bem, obrigado pela atenção – agradeci admirado.
Tínhamos entretanto chegado ao Rossio.
- Olhe pode parar ali mesmo – indicando-me a zona dos semáforos. Se conseguir que a polícia não o incomode, pode mesmo esperar aqui. Demoro cinco minutos!
Naquele momento senti um baque. Algo não estava bem!
Esperei o tempo que pude e ainda hoje vou dar umas voltas ao Rossio. Nunca mais a vi.
A Rosário, transformara-se num calvário.
Aquela puta enganou-me! – desabafei para mim.
Entretanto, fui-me convencendo que talvez não fosse bem assim, pois a sócia do António, havia de ter qualquer explicação para dar.
Comecei então a somar, dois mais dois. Para começar, vou passar pelo hotel, para saber se existe lá alguma hóspede com o nome de Rosário, vinda África do Sul. Depois, o António explicar-me–á este imbróglio.
Um dos recepcionistas do Sheraton, era meu amigo. Fui lá e não foi difícil constatar que aquela personagem afinal não existia.
Rimo-nos um pouco com a “estória” e fui pedir contas ao António.
Pelo caminho, mil hipóteses me passaram pela cabeça, mas não encontrava uma que me parecesse plausível.
Uma vez chegado ao “Bacalhau”, entrei a perguntar alto e em bom som.
- Então António, que raio de sócia é a sua que desapareceu?
- Minha sócia? Minha sócia, o caraças! Você sabe lá! Essa mulher apareceu-me aqui e …

14 comentários:

Anónimo disse...

Espertinha da silva...Afinal só queria dinheiro..


Lições da vida e para a vida.

I.R.

Carla D'elvas disse...

xiiiiiiii...
não estava nada á espera!
tinha imaginado uma cena... aconchegante ;)LOOOOOOOOOL...

Anónimo disse...

A mim é que ela não me enganava.sou muito desconfiada,e quanto a dar dinheiro a outros ainda pior,custa muito a ganhar,é nosso,vão trabalhar.Já eras suficiente crescido para seres enganado assim,ou isso não foi verdade e não passa de uma simples história da carochinha.XAU DA mARIA

Anónimo disse...

A mim é que ela não me enganava.sou muito desconfiada,e quanto a dar dinheiro a outros ainda pior,custa muito a ganhar,é nosso,vão trabalhar.Já eras suficiente crescido para seres enganado assim,ou isso não foi verdade e não passa de uma simples história da carochinha.XAU DA mARIA

Anónimo disse...

Carla, nessa altura já era maduro...
Escreveu que em último caso perderia o negócio...
Revelou carácter.

(Ou será que depois esquecia??)
Penso que não, ela não fazia a seu género...

I.R.

Carla D'elvas disse...

isabel...
boa. adorei.
a maturidade dos homens é sempre mt subjectiva.

Anónimo disse...

Maria, tudo o que eu escrevo, aconteceu comigo.
Espera pelo final e verás que também tu farias o mesmo.
Eu fi-lo pelo António, não por ela.
Carla - Com esta mulher, era impossivel algo mais.
Além disso, sempre fui muito selectivo.
Para uma cena aconchegante, tem de haver, no mínimo, empatia.
Isabel - tens razão! Tá bem clara a minha intenção. Apenas negócio!
Vocês são umas queridas.

Anónimo disse...

.Kim!

Assim é terrorismos....
Não se deixa uma mulher tão curiosa assim, imagine várias.

Mas, para ser franca, não esperava por esse golpe tão primario numa pessoa tão vivida, mas como diz a Izabel, você já tinha feio tua opção, entre a mulher e os negocios.
Mas também, não esperava um novo encontro como o de Paris.

Aqui no Brasil´já é dia 07 ai, quem sabe com mais algum tempinho já consigo ler a resposta do Antonio.

SPUK

Anónimo disse...

Acho que esta noite sonhei com esta treta,e como era eu a lesada acordei muito mal disposta.Kim estás a conseguir que o pessoal viva aquilo que tu queres esquecer,ganda maluco,parece que estamos no século XVII e as aventuras da Moll .Beijinhos.

Anónimo disse...

Estou passada nem assinei é a maluca da Maria

Anónimo disse...

Não tenho nada que falar, mas...

Maria o saudável é ter opiniões diferentes, isso é o mais giro.
Caso contrário nem apetecia visitar, nem comentar..
Grande Maria! atenta, cuidadosa e segura.

Há coisas mais interessantes para sonhar...(porque ninguém rasga o silêncio do pensamento).
Um beijinho para ti.

I.R.

Sendyourlove disse...

mas a tipa ainda foi tua amiga!?!?
fez-te um desconto!!!
jinho

Anónimo disse...

É verdade, que ela ainda foi boazinha em te fazer um desconto.
Mas acredito que com ou sem desconto, ainda hoje tu comprarias outra vez e cairias no "conto da vigarista" rurururururu

Kim disse...

Oh mimhas meninas! Vamos lá ver se eu consigo explicar-me.
A DONA nunca me quis enganar. O alvo dela era o António. Eu é que fui anjinho. Pelo António eu faria qualquer coisa, nem que fosse dar-lhe mais dinheiro.
O "nabo" foi o António, como hoje se verá no final da "estória".
A ideia dela era apenas enganá-lo a ele, e veio ter comigo apenas para dar consistência à versão de que pretendia investir.
Entretanto, viu um puto tenrinho e apeteceu-lhe comê-lo. Só que, não me comeu duma maneira, comeu-me doutra.
Eu, que não iria ser comido, de maneira nenhuma, transformei-me num pitéu de primeira.
Naquela época, (vinte e cinco mil escudos) dava para uma mariscada para quase todas as putas todas de Lisboa.
O "puto" é que só pensou em como livrar-se do assédio e descurou a outra parte.
Agora já perceberam que afinal sou um grande nabo.
Não fo... mas fui fo...
Beijinhos