26 de março de 2007

Jacques Brel


Uma paixão é uma paixão. Nada mais que isso.
Há paixões e paixões. Algumas são de caixão à cova. Interiorizam-se e nunca mais se deixam..
Parecendo-me vê-lo sair da bruma, Jacques Brel, é uma paixão, talvez a maior, no sentido lato da própria palavra, se não considerarmos os que nos são chegados por laços de sangue.
Brel não desapareceu. Apenas mudou de ares. Ele existe, volatilizado. E consigo esquecer, que foi um homem difícil e desprendido dos bens terrenos, vivendo nos limites de impossível.
Situado entre, madre Teresa de Calcutá e Rasputine, Brel era uma força da revolta e um crítico mordaz e sarcástico dos bons costumes e também, da burguesia onde se inseria.
Homem de excessos, foi grande em tudo, até no desprezo pela vida. Percebendo que o fim estava perto, retirou-se para o fim do mundo, donde viria a regressar já moribundo.
Quando há paixão, enaltecem-se as virtudes e ignoram-se os defeitos.
Já me esquecia dum “pequeno” pormenor. Este senhor também cantava.
Quem, algum dia, se der ao trabalho de ler os poemas das canções deste revoltado balzaquiano, entenderá estas parcas palavras.
Brel é como um pai ou um filho. É sempre o melhor dos melhores.
Deus, foi belga um dia.
Quem nunca amou alguém assim?
Quand on a que l’amour …

3 comentários:

Carla D'elvas disse...

... nunca me apaixonei por BREL ;)
mas, acredito q a paixão é criar mts expectativas e viver mts surpresas!
é sentir no olhar a energia, q só a ternura pode transparecer...
no fundo é doar afectos... sem esperar nd em troca :)
...

Quand on n'a que l'amour
A s'offrir en partage
Au jour du grand voyage
Qu'est notre grand amour
.........

;)

Anónimo disse...

Je connais ta passion pour Jacqurs Brel!
Avec la mer du Nord...!
Bisous et bonne semaine.

O Bicho disse...

..de vez em quando, venho reler este texto - está muito bom!