10 de setembro de 2009
Edith Piaf - Espectáculo em Lisboa
Recentemente assisti ao espectáculo PIAF, em exibição no Politeama, em Lisboa.
Escusado será dizer que me vieram à memória milhentas recordações que o tempo não apaga nunca.
Descoberta numa paupérrima ruela de prostituição em Paris, Edith Piaf veio a tornar-se uma das mais excelsas vozes do panorama musical francês da segunda metade do século XX.
Este vídeo não espelha de forma nenhuma a garra com que ela costumava cantar. Do seu triste semblante chispava uma enorme força que o seu franzino corpo enganava
É claro que Piaf não é de século nenhum! É de todos os dias, de todos os anos, de todos os séculos. Há vozes que são eternas.
O seu drama e o seu apogeu chocam-se com o seu declínio, enquanto ser humano, numa amálgama de endeusamento e exploração, tão própria do meio em que se movia.
Piaf, eterna apaixonada por tudo quanto era homem, morreu aos quarenta e oito anos, quando a sua voz tremia e os querubins adormeciam.
A grande actriz, Wanda Stuart vestiu-lhe a pele na perfeição!
Fabulosa a Edith! Menos bom o espectáculo!
Estou certo que se fosse viva diria ainda:
- Non, je ne regrette rien!
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16 comentários:
E algumas pessoas fazem a História e são imortais e únicas. Beijos.
Piaf... uma das grandes divas!... Vida vivida porque sim mas sofrida!...
E as tuas palavras são de uma sensibilidade na forma como a expões que arrepiam ao ler.
Beijinho.
Seve disse...
A história é feita por todos nós, não poderão é nela constar os nomes de todos........a vida de todos nós é ela mesmo uma história, caros amigos
C'est sur même aujoud'hui elle dirait " Non je ne regrette rien".
A sua vida foi muito atribulada, como a de alguns grande deste mundo.
È sempre complicado ser-se uma vedeta fora do comum.
Linda homenagem esta a uma grande voz da musica francesa.
Bisous mon cherie.
Kim:
Comme Elle "Je ne regrette rien".
Não vale a pena. Limito-me a tentar não repetir os erros e a aprander com eles.
Vou engatar o Vasco para ir ver o espectáculo comigo. Ele adora-a e eu também.
Obrigada por este bocadinho do passado.
Beijinho
La Môme Piaf :)
uma mulher cheia de contrastes até à sua morte aos 47 anos. entre a agressividade e a fragilidade, viciada em álcool e em morfina, egoísta e rebelde, condensou em si a essência da cidade de Paris e numa canção a essência da sua vida: sem arrependimentos.
... e é assim que a vida deve ser. sem arrependimento, com o passado pago, varrido e esquecido :)
vi o espectáculo do La Féria com a Wanda e com a Sofia Lisboa.
não me surpreendeu nem encantou.
existem algumas imprecisões narrativas. o maior destaque vai, sem dúvida, para os jogos e efeitos lumínicos do espaço cénico, uma espécie de sombra que aumenta a figura da cantora francesa, numa espécie de metáfora ao quão o poder da sua voz aumentava a sua figura 'petit' :)
o espectáculo de La Feria acentua a pouca originalidade artística das suas criações.
beijinhos. beijinhos. beijinhos :D
c
KIM!
Aqui, foi a fantastica Bibi Ferreira quem encarnou a Edith Piaf
Tive a oportinidade de assister por 3 vezes essa grandiosidade de artista a cantar e viver a outra grande cantora que é Piaf.
Aqui em casa, ouvir Piaf vem dos meus pais, e assim espero termos passar para as 2 gerações que seguiram a minha.
Shows como esses são imperdíveis.
SPUK
Ando mortinha para assistir a um espectáculo do filipe la férias, alguém há-de fazer espectáculo em Portugal, e, pelo menos há quem nems e queixe...
Vi filmes da edith, e li sobre a vida dela, doente, infeliz dependente da morfina e drogas, para as dores...mas que cantava divinamente... Beijinhos. laura
Ora aí está um espectáculo de gostaria de ver!
E a voz dela fica para sempre na história da música ligeira - francesa e do mundo! Pessoalmente, adoro!
Beijocas, kim!
ps - ao ser "encontrada" em 1935 e prosseguindo na carreira de cantora (e actriz) até à sua morte, em 1963, (diz a wiki, mas será mais ou menos por aí), parece-me mais adequado dizer que é uma das grandes vozes de meados do século XX...
Ah, o Filipe La Féria que me desculpe o s no fim de Féria, assim, parece que lhe estou a dar férias, mas, nem é o caso...Beijinhos e um dia bom, um dia a menos para a semana... laura
Kim,
Como a minha ronda é semanal, passo agora para descobrir, como de costume, um manacial, de edições interessantes. Ora descubro uma casa de magia e respeito, uma praia onde os banhistas respiram o excelente produto da combustão dos motores Boeing e por fim, deliciei-me a ver e ouvir os videos do "je ne regrette rien".
Vi dois, o da Piaff, ela própria e um actual da Isabelle Boulay.
Uma massagem à memória...
Excelente!
Um grande abraço.
P.S. - Respondi ao teu grato comentário no post "Mila, a felina que esconde uma alma serena", na própria página em que foi feito.
Também já servi mais um pastel...
Malandro
A Piaf era, é e será a Piaf. A Mireille Mathieu - lembas-te, de franjinha? - diziam que era a Nouvelle Edith, mas... não era. Mathieu foi uma grande cantora, felizmente ainda viva, mas...
Tive a sorte (e também fiz por isso) de ouvir cantar ao vivo as duas. 1958, tinha eu 17 anos, fui com os meus pais a Paris e assisti a um inesquecível espectáculo no Olimpya. Entre os seus maiores sucessos, cantou "La vie en rose", "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" e o "Non, je ne regrette rien", que bem referes.
Bastantes anos depois, em Nice, deliciei-me com a Mathieu. Excelente voz e simpatiquíssima presença. Mas, sil vous plait, ninguém faça comparações. Obrigado.
Quero ir ver a última encenação do La Féria ao Politeama. Não és o único a sublinhar a interpretação da Wanda Stuart. Vou comprova-lo e terei o maior prazer nisso.
Aproveito para te agradecer - e para te reprovar... A saber:
1) Muito obrigado por mais este belo textículo. Como sempre, oportuno, para além de bem escrito; aproveito a embalagem para te agradecer também a presença na conferência que fiz sobre o «Morte na Picada» e a pachorra de me aturares até ao fim. Mais vale tarde que nunca...
2) És, realmente, um malandro, creio que bom, mas não tenho a certeza. Não vais à Travessa, não deixas um cumentário (com o), ignoras-me, ostracisas-me. Estou, por isso, muito desinfeliz...
Continuando, pacientemente, a esperar por ti, roídinho de saudades - e de unhas - deixo-te abs
PS - Mas, como dizem, a esperança é a última a morrer. Não se sabe é quando. Pode levar muito tempo...
Desculpa lá Him mas já vi o espectáculo e não achei grande coisa. Só gostei da Edite e da sua amiga gordinha. Já ouvi dizer que até é o pior espectáculo do La Féria. Não leves a mal mas é apenas a minha opinião. Rogério
J'aurais aimé voir ce spectacle, mais c'était le jour de notre retour.
J'aime La Féria.J'ai vu le spectacle d'Amalia, je n'oublierai jamais.
Gros bisous Kim et a bientôt!
Não resisti sem comentar.
Assisti na Televisão Portuguesa,vendo este grande ícone da musica francesa, com um cobertor na sua cadeira de rodas,sentada ao piano talvez uma das suas ultimas actuações, tinha eu então doze anos.
Já fui ver este espectáclo e na minha imaginação pensei com os meus botões, que estava ao nível dos melhores da Brodway,quanto à outra grande senhora brasileira tive o prazer de "privar com ela" muitas coisas,porque eu é que lhe ia buscar os fatos ao Paiva Roupeiro no cantinho do Parque Mayer quando cá esteve representando a muito contestada peça Fogo no Pandeiro.
Referências do tempo!.....
Moi non plus je ne regrette rien !
Et elle voyait la vie en rose quand il la prenait dans ses bras et moi je la vois en vert tout le temps !
Grande artista mas que se foi embora cedo demais !
Receio ver o espectáculo de la Féria porque não aprecio musicais e tenho receio de ficar decepcionada pelas vozes.
Para me obrigar a ouvir outros artistas a cantar Piaf fiz um post sobre isto no meu Coffre des Trésors. Espero que gostas.
Beijinhos
A bientôt !
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