23 de abril de 2009

Carta Aberta ao XL

A propósito dos comentários ao HOMEM MAIS RICO DA BABILÓNIA

Meu querido XL!

Este é um tema que podemos debater um dia destes.
Sabes bem que sou apolítico e não pretendo endireitar o mundo, mas também sabes que sou uma tentativa de Salomão com salpicos de sonhador.
Gosto de falar contigo sobre estas coisas. Dás luta e não te chateias.
E desses milhões de pobres que falas, quantos deles gastam dinheiro em inutilidades e vícios, faltando depois para os bens essenciais?
Queres exemplos?
Dar-tos-ei quando a tua presença pairar neste reino pouco babilónico.
Também eu não sou lírico, nem acredito em livros que ensinam a fazer fortuna.
O que acredito é que se fossemos suficientemente capazes de guardar um dízimo de tudo o que ganhamos, talvez déssemos razão ao autor do livro.
E não me perguntes pelos que vivem abaixo do limiar da pobreza, porque desses não fala o autor. Ele fala apenas dos pobres como tu e eu que ainda vamos tendo o suficiente para ziguezaguear a vida, passando por ela sem saber o que é efectivamente a pobreza.
Fazê-lo é uma questão. Ignorá-lo é outra!
Meu querido XL!
Gosto de ti, porque gosto! E porque não és pobre … de espírito!

9 comentários:

Laura disse...

Olá, Nem todos vieram para ser ricos, felizes, ou apenas remediados, mas os pobres sim, esses deviam ter mais atenção e ajuda, porque nem todos têm culpa de serem uns pobres diabos, como se diz...

Eu já tive muito, e já se foi...Quando já não se consegue ganhar, ou porque não há trabalho, ou porque a vida levou as economias, o meu caso de ter os 3 filhos na Universidade... Hoje formados e a ajudar com gosto, embora como mãe nem goste que seja assim, porque filhos depois de criados, precisam de viver a vida deles e planear o seu futuro.

Os pobres nem isso têm, nem podem planear. Kim, nem todos os pobres são assim. Há duas classes deles, os que estragam o pouco que têm e os que nem têm pouco, ou seja, nada têm... O teu amigo deve ser bom na treta, ao dizer o que pensa e sem se zangar quando te metes a contrariá-lo..Bom homem sem dúvida. detesto discussões, gritos, outros que têm a mania que sabem e nem sequer sabem o que dizem... Enfim...cada um é como é e o autor do livro soube enriquecer à custa de quem o comprou...ehhhh...

Osvaldo disse...

Caro Kim;

O tema é quente e devido à tão propalada e real crise, discutir o tema daria "pano pra mangas"...
Comprendo a o XL que vê o caso pelo lado social, mas infelismente existem exemplos que dão razão, ou antes, servem quem se aproveita realmente destes casos para se promover (o que não é o caso do XL) e outros para detornar as atenções...

Eu pessoalmente, tenho a mesma opinião que tu para o caso e também sou apologista de que em certos momentos e casos, melhor é dar a cana e ensinar a pescar, que dar o peixe...

Também aceito a opinião da "nossa" Laurinha que com grande lucidez e viência quiz separar o trigo do joio nas situações graves de índole social... e como no caso dela, com testemunho pessoal.

O Tema é bom, no sentido de debate e merece mesmo ser discutido como nos "Prós e Contras". Só que no final, certamente e sem tendências, todos acharemos que temos razão.

Um abraço, caro Kim e XL e um beijinho pra Laura.
Osvaldo

Liz / Falando de tudo! disse...

é...pobreza de espirito, nao existe coisa pior...
mas quem ja sentiu dor fome, sabe que é mais facil ser pobre de espirito do que pobre de pobreza...

jrom disse...

Primeiro que nada um grande abraço ao xl.
Informo que achei esta carta aberta bastante interessante,e achei por melhor, comentar no tema anterior.

Barbara disse...

Trabalho com pessoas da classe C ou D (nem sei) e aprendi que a simplicidade deles é a riqueza a ser observada e aprendida.
Não sei de que classe sou mas preciso trabalhar para comer e não sei o nome disso.
Classe assalariada no Brasil é coisa relativa - como tudo aqui, até a pobreza.
Sinto dó dos mais e muito mais pobres, os miseráveis, que nem sabem onde e como podem ter acesso a direitos.
Mas sabem o que acontece na novela ou sabem do futebol.
Relativo, estou sendo óbvia e nem sei porque estou desfilando por aqui.
Ah sei! Porque trabalho com "insistência social".
Obrigada.
Posso voltar?

Kim disse...

Amigos!
Claro que o maior problema da pobreza é o dos verdadeiros desprotegidos e que vivem miseravelmente. Mas estou com todos os pobres pois também eu faço parte desse grupo.
Isto começou com o facto do livro me ter chamado à atençao para uma dura realidade. Se eu tivesse um décimo do dinheiro que já gastei mal gasto, certamente ficaria surpeendido comigo mesmo.
Foi apenas isto!
LIZ - aqui pode falar-se de tudo, mesmo quando não estamos de acordo.
Parabéns pela família que tens.
BARBARA - É verdade tudo o que dizes. Podes voltar quando quiseres. Obrigado.
LAURA - OSVALDO - JROM, já perceberam que todos temos razão, né?

Carla D'elvas disse...

BEIJOS DOCES, para TI e para o XL :)

Cristina disse...

Bom fim de semana e boa festa do 25 april!
Beijinhos.

Anónimo disse...

SEVE disse.....

Oh meus amigos agora toda a gente escreve livros...até a Júlia Pinheiro........essa histérica analfabeta do mais puro que existe.

Se "o SEGREDO" vendeu milhões em todo o mundo (afinal ignorantes não os há só em Portugal)........

Quanto a livros: havia um amigo meu que dizia: oh Seve os livros são todos importantes, é preciso é que as pessoas leiam nem que seja a MARIA....portanto este que o Kim indica não me parece assim tão despropositado nesta época de crise, embora haja coisas muito mais importantes para as pessoas lerem do que este tipo de literatura que, na minha modesta opinião, fazem efectivamente parte da lixeira literária, tipo SEGREDO e daqueles que nos dizem como enriquecer..... SEJA um HOMEM DE SUCESSO, esta do SUCESSO então é de bradar aos céus, vejam os homens de sucesso, os tais que afundaram isto tudo, os Maddofs, os Loureiros e outros que tais, aqueles que, como a mulher da Tanga (cara de bruxa que agora me aparece em tudo quanto é sítio). queriam privatizar a Segurança Social e não só......

Seve