Esta controversa figura, apesar do seu legado, não é muito do meu agrado.
Rezam as crónicas que o severo primeiro-ministro em quem D. José I confiava cegamente, era um filho da “mãe” (coitada dela) para uns e um sagaz estadista para outros. De tudo o que tenho lido, parece-me que teria sido um misto de ambas as versões.
É que recentemente descobri mais uma diatribe deste enigmático personagem.
Para além da grande “sacanice” com que barbaramente dizimou os Távoras e o clero envolvente, também teve o desplante de forçar as mais interessantes donzelas da corte a casar com os seus filhos. Onde houvesse riqueza e poder, aí estaria uma nora em potencial.
Diz então a história que, tendo uma das ditas donzelas sido obrigada a casar com um dos seus filhos, esta não teria cedido à sua volúpia na noite de núpcias. Como assim continuou a ser nas noites que se seguiram, logo o filho convenceu o pai a anular o casamento. Para um homem tão poderoso como Sebastião José Carvalho e Melo, tal afronta foi fácil de resolver, já que não houvera consumação. Assim, o mesmo foi facilmente anulado.
Não se ficou por aqui a ira do Marquês que não gostando da atitude da ex-nora, ordena que esta seja encarcerada num convento, onde durante cinco anos não pôde ter qualquer visita, nem sequer permissão para sair da cela, donde só veio a ver a luz do dia após a queda de tão famosa figura.
D. Maria I, filha de D.José I, ficou tão abalada com a ferocidade do sanguinário Sebastião, que após a subida ao trono imediatamente aboliu a pena de morte.
Como os cavalos também se abatem, Sebastião viria a ver-se despojado de todo o seu poder sendo expulso da corte e proibida a sua presença a menos de vinte milhas de Lisboa.
Grandes homens, grandes déspotas!
Rezam as crónicas que o severo primeiro-ministro em quem D. José I confiava cegamente, era um filho da “mãe” (coitada dela) para uns e um sagaz estadista para outros. De tudo o que tenho lido, parece-me que teria sido um misto de ambas as versões.
É que recentemente descobri mais uma diatribe deste enigmático personagem.
Para além da grande “sacanice” com que barbaramente dizimou os Távoras e o clero envolvente, também teve o desplante de forçar as mais interessantes donzelas da corte a casar com os seus filhos. Onde houvesse riqueza e poder, aí estaria uma nora em potencial.
Diz então a história que, tendo uma das ditas donzelas sido obrigada a casar com um dos seus filhos, esta não teria cedido à sua volúpia na noite de núpcias. Como assim continuou a ser nas noites que se seguiram, logo o filho convenceu o pai a anular o casamento. Para um homem tão poderoso como Sebastião José Carvalho e Melo, tal afronta foi fácil de resolver, já que não houvera consumação. Assim, o mesmo foi facilmente anulado.
Não se ficou por aqui a ira do Marquês que não gostando da atitude da ex-nora, ordena que esta seja encarcerada num convento, onde durante cinco anos não pôde ter qualquer visita, nem sequer permissão para sair da cela, donde só veio a ver a luz do dia após a queda de tão famosa figura.
D. Maria I, filha de D.José I, ficou tão abalada com a ferocidade do sanguinário Sebastião, que após a subida ao trono imediatamente aboliu a pena de morte.
Como os cavalos também se abatem, Sebastião viria a ver-se despojado de todo o seu poder sendo expulso da corte e proibida a sua presença a menos de vinte milhas de Lisboa.
Grandes homens, grandes déspotas!
12 comentários:
O PIOR É QUE NOS DIAS DE HOJE, TEMOS OUTROS MARQUÊS.
E COM AS MALDADES ATUALIZADAS, INFORMATIZADAS, GOBALIZADAS.
SPUK
D. Maria I não tem nada a ver com a abolição da pena de morte.
Em 1867, a pena capital deixou de constar na lei portuguesa, exceptuando-se os crimes militares (cuja abolição viria apenas a ser decretada em definitivo no ano de 1976).
Em 1867 estamos no reinado de D. Luis I (Início do Reinado: 11 de Novembro de 1861
Término do Reinado: 19 de Outubro de 1889)
O reinado de D. Maria I é mais cedo
(Início do Reinado: 24 de Março de 1777
Término do Reinado: 20 de Março de 1816)
(Conservadora até dizer chega)
Foi a primeira rainha em Portugal a exercer o poder efectivo. Seu primeiro acto como rainha, iniciando um período que ficou conhecido como a Viradeira, foi a demissão e exílio da corte do Marquês de Pombal, a quem nunca perdoara a forma brutal como tratou a família Távora durante o Processo dos Távoras. Rainha amante da paz, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas franceses fugidos ao Terror da Revolução Francesa (1789). Era no entanto dada a melancolia e fervor religioso e de natureza tão impressionável que quando ladrões entraram em uma igreja e espalharam hóstias pelo chão, decretou nove dias de luto, adiou os negócios púbicos e acompanhou a pé, com uma vela, a procissão de penitência que percorreu Lisboa.
Eu prefiro a Revolução Francesa e a obra do Marquês de Pombal.
"Ex-diplomata em Viena e Londres, Carvalho via na arcaica aristocracia portuguesa o grande empecilho para o desenvolvimento do país, que ele sonhava dinâmico, baseado na produção e no comércio. Assim, proibiu a reconstrução dos palácios e mansões danificados no terremoto de Lisboa, em 1755, forçando o traçado de uma cidade de planta rigorosamente geométrica, onde todos os prédios de uso particular deveriam ser do mesmo padrão e sem indicação exterior de título nobiliário, classe ou condição social. No local do antigo palácio real, mandou erguer as secretarias de Estado, cedendo, com evidente intenção simbólica, o andar térreo para estabelecimentos comerciais."
"Morto D. José I, em 1777, e destituído o Marquês de todos os seus cargos, diversas forças políticas submetidas por ele tentaram recuperar as suas antigas posições, mas o dano era grande demais. O Santo Ofício manteve suas prerrogativas, mas tinha pouco o que fazer. As últimas décadas do século lhe viram languidecer, sem um valor estratégico para a Coroa e atacado pelos mais diversos setores, influenciados pelas doutrinas iluministas e pelos movimentos revolucionários e independentistas. Quando, em 31 de março de 1821, as Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa decretaram a sua extinção, era já uma estrutura anacrônica e desprovida de sentido."
bv
Memória da Justiça Brasileira - Volume 2, do Lic. Carlos Alberto Carrillo.
Realmente a primeira mulher que teve a coragem de desobedecer ao todo poderoso marquês, foi D.Juliana de Sousa Holstein, a quem ele chamou "Bichinho de conta".
Rocha Martins conta essa história, com todos os promenores no livro que tem o mesmo nome. É das mais bonitas histórias de amor que já li e, acaba bem. Foi uma mulher de armas, embora frágil de corpo. Com astúcia, escudada no grande amor que sentia, venceu o prepotente marquês. E, para variar, num país onde todos os amores célebres acabam mal, ela foi feliz.
Às vezes, um simples "bichinho de conta", consegue vencer um tirano.
Maria2
Efectivamente a correcção aqui comentada corresponde à realidade do sucedido.
No entanto e após pesquisa efectuada nas CONSEQUÊNCIAS do Processo dos Távoras extraí o parágrafo que passo a citar:
A futura rainha Dona Maria I ficou tão afectada pelos eventos que aboliu a pena de morte (excepto em estado de guerra) tão cedo como pode, quando chegou ao trono. Portugal terá sido um dos primeiros países do mundo a fazê-lo.
De qualquer forma, ao Anónimo, agradeço a reposição da verdade.
No entanto em nada modifico a minha opinião sobre o Marquês, porque nem ao melhor estadista do mundo se podem perdoar os requintes de malvadez utilizados para atingir os fins. E foram muitos!
OH Maria 2! A D. Juliana a que te referes é exactamente a donzela em cativeiro a que me refiro.
Mais tarde, quando voltou a casar (agora a sério) viria a ser mãe do famoso Duque de Palmela que viria a ter um influência bem preponderante na sociedade portuguesa.
Não conheço o livro a que te referes, mas como sou um pinga amor, cheira-me que gostaria de o ler.
Um beijinho à roda dos alcatruzes!
O livro em questão, faz parte de uma pequena coleção chamada "Os grandes Amores de Portugal". Foi reeditada o ano passado pela Inapa.
Tem várias histórias, algumas conhecidas, outras menos.
Para românticos é interessante.
Maria2
Eu vou mais pela observação da SPUK:
".. HOJE, TEMOS OUTROS MARQUÊSES COM MALDADES ACTUALIZADAS, INFORMATIZADAS, GLOBALIZADAS.."
Quanto à Revolução Francesa, ABOMINO as consequências das Invasões para o nosso património artístico - 1º os Franceses e depois os Ingleses que vieram "ajudar à festa".
OBicho
menos chato que isto só o "beijo" do telemóvel :)
A Pena de Morte em Portugal
Aqui fica uma breve cronologia.
1846: Última execução por crimes de delito comum.
Junho 1852: A pena de morte é abolida, para os crimes políticos. Reinava D. Maria II.
1863: Apresentada em debate parlamentar a seguinte proposta:
1 - É abolida a pena de morte;
2 - É extinto o hediondo ofício de carrasco;
3 - É riscada do Orçamento de Estado a verba de 49,200 réis para o executor.
Julho 1867: A pena de morte é abolida, para todos os tipos de crimes com excepção dos militares. Reinava D. Luís.
Março 1911: A pena de morte é abolida para todos os crimes.
1914: Durante a Primeira Guerra Mundial, a pena de morte é readmitida, podendo ser aplicada “em caso de guerra”. Tem lugar a última execução em Portugal.
Abril 1976: A pena de morte é definitivamente abolida, para todos os crimes.
Bisous et bonne semaine, querido.
Dur,dur, le retour en Belgique!
Bonne semaine.
Tanta historia de Portugal já me baralhou toda....ahahhahahah
Mas é sempre interessante saber estes epísodios.
Mas não haja duvidas que não podemos agradar a gregos e troianos.......e há sempre os por e os contra.
Muita gente acha que um politico da n/geração foi um grande homem para o país e eu acho que ele foi um verdadeiro sacana.....e ninguem me fará mudar de opinião assim como a milhares de outras pessoas que foram sacaniadas por ele.....
Como eu disse tudo depende de que lado estás!!!!!
Gros bisous et bonne semaine
:)
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