23 de abril de 2010

As Escolhas do Seve - Prémio Nobel da Literatura

Para mim, depois de O MEMORIAL DO CONVENTO, este é o melhor romance de José Saramago.

O protagonista é Ricardo Reis, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, que desembarca em Lisboa em 1936, vindo do Brasil, onde se havia refugiado por motivos políticos. Reis é médico e abre um consultório.
O ano de 1936 é o verdadeiro protagonista do livro, um ano onde ocorrem trágicos acontecimentos, num Portugal salazarista, uma Espanha que começa a ser devastada por uma terrível guerra civil. Somos espectadores e testemunhas destes acontecimentos, através da extraordinária capacidade de efabulação de Saramago, prendendo-nos e transportando-nos ao clima sombrio daquela época.
Esqueçam a televisão, ponham de lado as Play-stations e outro modismos que tornam as nossas gentes cada vez mais iguais a todos os inócuos e tolinhos deste triste mundo global, e leiam, e vejam como é bom viajar por outros mundos, por outras épocas, conhecer outras gentes, outras ideias e outras mentalidades, vale a pena.
Um livro extraordinário, com a soberba assinatura do grande escritor Universal que é José Saramago.

17 comentários:

Teté disse...

A história assim contada parece-me interessante, só que nunca consegui ler nenhum livro do Saramago - a falta de pontuação e de parágrafos confunde-me!

Mas admito que haja quem adore e venere, não terá sido em vão que ganhou o Nobel.

Beijocas, Kim!

Anónimo disse...

... e não é que sou mesmo capaz de estar de acordo?
Boa escolha Seve! Grande livro.
(ou será o meu fanatismo Pessoano?)
Abraço e deixemo-nos de vírgulas...
;)
jc/.

Laura disse...

Olá Kim...
Nunca li nenhum livro do Saramago, apenas comecei o Evangelho Segundo Jesus Cristo e, acredita que nem foi por isto ou aquilo, quando começo a ler e passado páginas o livro não consegue despertar a minha atenção, fim! começou e acabou ali!...
Quando compro um livro é porque estou mesmo interessada nele! Chegou a fortuna que gastei em livros que foram pela água abaixo...Nunca mais terei tantos livros em meu poder!
Beijinho e bom fim de semana a todos, laura

Je Vois La Vie en Vert disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Laura disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Je Vois La Vie en Vert disse...

Confesso que nunca li nada do Saramago. Deve ser em primeiro lugar por antipatia por ele e em segunda porque falaram-me tanto em falta de pontuação que eu devia precisar de 10 anos para ler um dos seus livros. Não se esqueçam que não sou portuguesa...

Peço desculpa a quem gosta dele mas não aprecio quem tem tanto desprezo para os outros e também pela língua portuguesa (se não aceita as regras da pontuação...) e o que faço então ? copio a sua atitude e ignoro-o... ;(
É uma atitude feia, reconheço...mea culpa mea culpa mea máxima culpa !

Bom fim de semana soalheiro !

Vou festejar a revolução dos cravos cantando em Coimbra !

Beijinhos

Verdinha

Osvaldo disse...

Caro Seve;

Se até hoje, pessoalmente concordei com as suas escolhas, hoje, também pessoalmente, discordo. Não pelo livro, que ainda não li, mas pelo autor.
Tenho vários livros do Saramago; três consegui levar até ao fim, outros nem ao meio cheguei. Não foi pelos pontos nem pelas vírgulas, mas pelo estilo e conteúdo literário dos mesmos.
Não discuto o seu mérito ou não de ter ganho o prémio, mas acho que, para os grandes escritores da nossa literatura, não foi muito positivo que tivesse ter sido o Saramago o escolhido!... Esta escolha deu a entender ao Mundo literário que somos muito pobres em escritores.
Tive o (des)prazer de ter conhecido o senhor Saramago logo após a entrega do prémio numa conferência dada por ele na Faculdade de Letras de Genebra e acredite, caro amigo Seve, que a opinião de vários dissidentes políticos e em especial do México e do Chile presentes na conferência, foi muito negativa sobre o escritor de Lanzarote.

Um abraço amigos Kim e Seve.
Osvaldo

Anónimo disse...

... estou farto de dar voltas à cabeça e não me recordo do autor da frase:
" as vírgulas servem para os "burros" saberem onde devem respirar".
Saramago usa pontos e pontos finais.
Interrogações e exclamações.
Saramago pontua. E marca pontos:)
jc/.

Anónimo disse...

... A sabedoria de certos homens é igual à dos "burros".

Je Vois La Vie en Vert disse...

Caro JC,

Aceito ser chamada de "burra", estou habituada, sou loira...

O Saramago sabe o que quer dizer mas o leitor não. O Saramago sabe onde se deve respirar, o leitor não. Eu, às vezes, preciso de saber quando posso respirar : por exemplo, quando me tiram radiografias, quando faço exercício físico ou quando canto. Saber onde podemos respirar faz toda a diferença na nitidez das radiografias, na oxigenação do corpo, na harmonia da música e do sopro. Continuo a achar que num texto também faz a diferença.
Já agora, ONDE SE DEVE COLOCAR A VÍRGULA NESTA FRASE ?

"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de rastos à sua procura."

RESPOSTA NO NO FIM DO COMENTÁRIO

Havemos de tomar um pastel de nata da Sacolinha, um dia deste, se quiser, juntamente com o Kim.

Beijinhos
Verdinha



99% das mulheres colocam a vírgula após o substantivo "mulher"...

99% dos homens após o verbo "tem"...

Francisco rosa disse...

ROUBADO

Não à guerra contra os trabalhadores, não à NATO

Mais de 700 mil desempregados, meio milhão de trabalhadores precários e a recibo verde, mais de 2 milhões de pobres, salários em queda contínua, reformas de miséria e cada vez menores, mais de 350 mil desempregados sem subsídio de desemprego, cortes crescentes na saúde e noutros benefícios e regalias sociais, liberdade sindical mal tolerada pelas empresas ou proibida, os trabalhadores sujeitos a maior arbitrariedade e chantagem patronal…
É caso para perguntar, agora que passam 36 anos sobre o 25 de Abril, o que resta dele? Que é feito daquela dignidade e rebeldia dos trabalhadores, da gente do povo, que descobria não haver motivos para temer patrões e governos, se reunia para discutir e resolver os seus problemas colectivos e se manifestava espontaneamente nas ruas?
Já muito pouco resta de Abril. A liberdade transformou-se no direito de os ricos se tornarem ainda mais ricos e os trabalhadores cada vez mais pobres e descartáveis; o pluralismo partidário e a governação são meros exercícios de tráfico de influências e troca de favores, um trampolim para aceder aos dinheiros e altos cargos públicos, para enriquecer rapidamente e de forma obscena – a economia já pouco mais é que um negócio de “padrinhos” e “famílias” político-partidárias.
Se aquilo que nos oferecem os partidos que nos têm governado nos últimos 30 anos é o agravamento deste quadro negro, do que está à espera a esquerda parlamentar e não parlamentar para exigir e trabalhar para o derrube do governo e fazer os ricos pagarem a crise que provocaram?
Hoje, 36 anos depois do fim da guerra colonial, o país encontra-se de novo em guerra, envolvido em conflitos alheios iniciados pelo imperialismo americano com a conivência da União Europeia, no Afeganistão, na Somália e na ex-Jugoslávia. São guerras justificadas com mentiras e realizadas pela NATO, que só têm levado a morte, a fome e a destruição a milhões de pessoas, acirrado ódios e fazendo do mundo um lugar cada vez menos seguro.
Todos os governos a justificam o envolvimento de Portugal nas aventuras imperialistas com os compromissos assumidos no quadro da NATO. Na realidade, trata-se de uma total dependência e identificação com os interesses dos EUA e as potências europeias.
Se os compromissos com a NATO nos arrastam para guerras de agressão a povos com quem não temos qualquer conflito; se não é tido em conta o repúdio popular pela guerra, então devemos sair da NATO, exigir a sua dissolução e manifestar o nosso repúdio pela realização da cimeira da NATO em Novembro, no nosso país.
Abaixo o governo PS!
Os ricos que paguem a crise!
Não ao congelamento dos salários!
Subsídio de desemprego para todos!
Não aos cortes nos subsídios e regalias sociais!
Retirada dos contingentes portugueses ao serviço da NATO!
Portugal fora da NATO! Não à cimeira da NATO!
Política Operária
25 Abril/1.º Maio de 2010

António Barata en Kaos en la Red

XL, virgula

Laura disse...

Kim; Saramago fica melhor nas prateleiras e só o lê quem quer!


Há homens que têm a mania que são cultos! Um homem para ser culto tem de ter além de tudo e acima de tudo; Educação! ser educado, amável, tentar ser compreensivo é ser culto!...
Arre burro tudo por causa de um escritor chamado saramago! Caramba!
laura

Laura disse...

Ao pastelinho também quero ir, já agora...em breve...laura

Osvaldo disse...

Caros;

Embora tarde, acabamos de chegar do Teatro no Victoria Hall, passei por aqui e fiquei deslumbrado com certos anónimos que por acaso nem o são.
Mas para dar "uma mãozinha", posso dizer que estou-me marimbando para quem foi o autor da "burra" frase mas reconheço o "burro" que a citou, sem pontos nem vírgulas!!!.

Um abraço a todos, sem "burrices" pontuadas.

Um abraço, Kim e outro para o J/C e o Seve que aprecio até porque são Leões e ponto final, parágrafo!!!

Osvaldo

Maria disse...

Kim
Desta vez não estou de acordo. Gostei do "Memorial do Convento", li a "Jangada" e mais uns quantos.
Não acho que o homem seja assim tão bom. Prémio Nobel? tudo bem. Mas onde ficaram Aquilino, Torga, Jorge Amado e outros?
Desculpa, Seve. Não acho que a escolha me agrade.
Beijinho
Maria

RS disse...

Gostei do "Ensaio Sobre a Cegueira" e "As Intermitências da Morte". Gosto bastante do estilo.
Quem eu não consigo ler é António Lobo Antunes. Já Tentei ler "Os Cús de Judas" e "Memória de Elefante". Fiquei mal-disposto em ambos e desisti.

Anónimo disse...

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vírgulas para todos e todas.

e mais estas ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

pro Saramago.

pronto e vírgula

jc/.