Não teria mais de treze anos.
Apesar de ter uma família maravilhosa, habituei-me a atravessar a vida com alguma solidão. Costumava resolver os meus problemas sozinho, quando estes apareciam.
Eu era um rapazinho simplório que, sem ser convencido, julgava saber muita coisa.
Daí que, desde o início dum problema até à sua resolução, a minha cabeça girava em torno do dito.
Um dia, uma arreliadora dor de dentes, levou-me a ter de enfrentar a minha primeira aventura hospitalar. Não sabendo bem o que fazer e sem dizer nada a ninguém, decidi ir ao hospital. Aí, sabia que nada pagaria (não havia ainda taxas moderadoras), o que não acontecia se fosse a uma consulta externa.
Pois bem, cheio de dores e resoluto, aí vai este puto sozinho ao hospital mais à mão, neste caso S. José. Saltitando de Seca para Meca, lá acabei por descobrir o sector que resolveria o meu problema.
De boca aberta e olhos fechados, entregue aos cuidados duma bata branca à “porrada” com a minha boca, é-me informado que me vão arrancar um dente. Pouco depois senti um dor aguda e profunda e encolhi-me.
“Pronto, agora espere lá fora” - ter-me-á dito o dentista.
Julgando estar despachado e desdentado, esperei, esperei e … farto de tanto esperar olhei à minha volta e não reconhecendo ninguém, dei “às de Vila Diogo”.
Já em casa e ainda com meia boca adormecida, vou ao espelho e vejo que ainda lá tenho o dente. Confuso, conformei-me. Paciência!
Percebi mais tarde que apenas tinha levado uma anestesia. O resto viria depois.
Até valeu a pena tanta ingenuidade, pois ainda hoje cá tenho o dente.
Santa inocência dum puto que vai para os cornos do touro e depois não sabe pegá-lo.
Apesar de ter uma família maravilhosa, habituei-me a atravessar a vida com alguma solidão. Costumava resolver os meus problemas sozinho, quando estes apareciam.
Eu era um rapazinho simplório que, sem ser convencido, julgava saber muita coisa.
Daí que, desde o início dum problema até à sua resolução, a minha cabeça girava em torno do dito.
Um dia, uma arreliadora dor de dentes, levou-me a ter de enfrentar a minha primeira aventura hospitalar. Não sabendo bem o que fazer e sem dizer nada a ninguém, decidi ir ao hospital. Aí, sabia que nada pagaria (não havia ainda taxas moderadoras), o que não acontecia se fosse a uma consulta externa.
Pois bem, cheio de dores e resoluto, aí vai este puto sozinho ao hospital mais à mão, neste caso S. José. Saltitando de Seca para Meca, lá acabei por descobrir o sector que resolveria o meu problema.
De boca aberta e olhos fechados, entregue aos cuidados duma bata branca à “porrada” com a minha boca, é-me informado que me vão arrancar um dente. Pouco depois senti um dor aguda e profunda e encolhi-me.
“Pronto, agora espere lá fora” - ter-me-á dito o dentista.
Julgando estar despachado e desdentado, esperei, esperei e … farto de tanto esperar olhei à minha volta e não reconhecendo ninguém, dei “às de Vila Diogo”.
Já em casa e ainda com meia boca adormecida, vou ao espelho e vejo que ainda lá tenho o dente. Confuso, conformei-me. Paciência!
Percebi mais tarde que apenas tinha levado uma anestesia. O resto viria depois.
Até valeu a pena tanta ingenuidade, pois ainda hoje cá tenho o dente.
Santa inocência dum puto que vai para os cornos do touro e depois não sabe pegá-lo.
5 comentários:
Vê se passa com um emplastro :)
Os numeros estão no blog do Pessoal mas eu divulgo tambem aqui.
914970917 - 931942149 - 966848535.
divertiam-se :)
jc/.
A velha máxima que diz:"É mais chato do que uma dor de dentes", é bem verdadeira. Tive três filhos,parti duas pernas, um braço, tive problemas nos ossos do mesmo braço que, me levaram à mesa de operações onde me cortaram, serraram, meteram parafusos, já passei por dores de toda a espécie, mas nenhuma é pior que uma dor de dentes. É chata, enervante, como o diabo. E nem com emplastros lá vai.
Não admira que, com 13 anos, te tenha torturado. O que me espanta, é que um garoto, tenha tido a tua coragem e decisão. Já nessa altura eras forte,"de antes quebrar que torcer".
Como vai a tua recuperação? Espro que esteja tudo bem.
Maria2
Mal de dents, mal d'amour dit-on chez nous!!!!
Beijinhos.
Melhor que esta nem aquela do homem que mordeu o cão.
Parece que estou a ver o Kim quando tinha 12 anos, fininho como um esparguete, de fatinho (mas com calção em vez de calça comprida) com papillon vermelho às bolinhas brancas (a sério) por cima duma imaculada (e tesa)camisa de popeline branca e o que logo mais me chamou a atenção foram os seus olhitos, autênticos pirilampos em noite de breú.
Seve
Psiuuuuuuuu...
não há foto do menino, com olhos de pirilampo... e papillon vermelho ás bolinhas brancas???
Beijo meu ;)
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