22 de novembro de 2010

Beira Baixa - meu amor!

Às vezes - é o retorno às origens e aos sabores que nunca esquecemos.
É também o regresso ao mundo que um dia quisemos deixar para trás e dele saudade temos. Ao calor da lareira que enrubesce a face e ao frio que a montanha sopra. Depois é a Gardunha a convidar-me à descoberta da ovnilogia e a caruma à protuberância dos cogumelos a querer romper por entre o húmus que dá vida à vida.

À noite chega então a gula dos míscaros com ovos e demais acompanhamentos, de queijos e azeitonas, que me alteram os valores dos colestróis.
Às vezes - é a apanha da azeitona que este já gasto corpo rejeita e mil tormentos padeceu e a relega duma mente plena de vícios na busca incessante de coisas simples.

Às vezes fica a vontade de lá não ter saído!

12 comentários:

Osvaldo disse...

Kim;

Como compreendo este teu desabafo. Como a palavra saudade se aplica bem no contexto!...
Ás vezes fica aquela vontade de nunca de lá se ter saído, mas depois vem aquele desabafo de que nascemos para desbravar caminhos e mares (terras) nunca antes nevegados porque isso já nos está no sangue.
Já me dei por vezes a pensar, e provávelmente a ti te aconteceu também, de estar num país distante, vir até à varanda do hotel apreciar as noites cálidas (ou frias) e entre dois goles de um whisky sorrapa ou um bom Porto Vintage me perguntar;... e se Portugal não existisse?... Como seria o Mundo sem a Alma Lusitana?.
Grande abraço, e até breve.
Osvaldo

Teté disse...

Regressar às origens é sempre bom, mas essa do estudo da ovnilogia é que me chamou a atenção. Já agora, viste muitos ovnis por lá? :)))

Beijocas, KIM!

Verdinha disse...

Caro amigo Kim,

Estas iguarias me trazem recordações dum almoço bem passado entre amigos não há muito tempo. Espero bem que ainda estas amizades vão durar até à eternidade, como escreveste no meu blog.

Beijinhos

Verdinha

Laura disse...

E com isso levaste-me a terras de Vila Verde da Raia onde o pai trabalhava e eu aprendi o Espanhol com los ninos de la frontera, hijos de los hombres de la Guardia Civil... e aprendi asneiras no mais puro castelhano que pus em prática tão logo as sabia pronunciar (ainda ouvia)era cada; su hijo de p...) só na rua que em casa levava... e nos banhávamos no açude mais bonito que alguma vez vi... apanhava cobras de água enrolavam-se no meu pulso e eu feliz com elas assim...

E o pai levava-nos para a serra, fazia fogueiras com eucalipto para a nossa tosse e constipações, mas que maravilha de pai, que maravilha, e apanhávamos cogumelos por vezes quase do tamanho da frigideira que a mãe fazia fritos e com ovos mexidos, ah, belo repasto, belos momentos que estou a sentir agora na alma...

Por vezes parece que não tenho terra, se por tantas terras andei, se vivi em mil mundos.


O mundo chama por nós
quando nosso olhar
já se pode estender
e a vida palmilhar.

E de caminhada em caminhada
continuamos a seguir
por outros rumos outros mundos
sem nunca nossa alma se cansar.

E sempre prontos para avante levar
a vida da melhor forma que se puder
sem a outrem prejudicar
na nossa forma de viver e amar.

Já que o mundo foi feito
para que todos nele possamos morar
e sobra sempre espaço
para quem a todos sabe amar,


Hoje estou assim, sedenta de amor e querendo o amor com todos os meus amigos, partilhar.



Beijinho da dolce que está mesmo dolce ehhhhhhhh, nem ligues é do retiro...

Laura disse...

Adoro azeitonas, quijinho bom amanteigado ou não, um cadito de broa, e uma pinguinha para arrematar, ah, tão bom..e às origens voltar...

Dolce beijo

laura

laura disse...

E azeitonas com mel e nozes, tudo a ir prá boca, jasus que sabe bem, ao menos que haja doçuras dessas...

Bota um Labrusco p'lo meio

e claro, ninguém consegue ficar elegante com tanto petisco a chamar p'la gente...

beijinho

laura

Parisiense disse...

Nunca ouviste dizer " nunca se está bem, com o bem que se tem????"...
Pois se estivesses a viver numa terra simples e de brandos costumes, em que se apanha o diospiro da arvore e se come,se respira o ar puro da montanha (como estou eu agora)terias vontade de ir para Paris misturar-te naquela confusão de multidão e dizer "como é bom estar em Paris e nesta confusão"....ahahahah

Mas o importante é sabermos apreciar o que de bom tem cada terra, cada momento da nossa vida, cada saudade deliciosa que nos vem á memoria e nos faz recordar tempos felizes da vida....nem que seja um fim de semana em Tabuaço.

Beijinhos grandes amigo.

Zé do Cão disse...

Amigo Kim

Depois de grande ausência pelo Norte, quando regressei às origens, verifiquei que grande números de meus amigos, já bateram o "tacão" outros estão velhos doentes e sem vontade de lutar pela vida e o que encontrei a todos os lados que visitei foi gente de outras caras, que não conhecia e não me diziam nada.

Portanto as origens já tinham ido à viola.
E vai daí, foi, para onde me visitas-te.

Um grande abraço

Andre Moa disse...

Caro Kim:

António Calvário cantava. «Ó minha terra, onde eu nasci, quantas saudades eu tive de ti. O amor redobra com as saudades...»
É isso, nada como a ausência para se apreciar o quanto de bom perdemos se o pudessemos ter segurado, que não foi a vontade que nos arrancou do berço, mas a necessidade. E aí é que a porca torce o rabo.
Cuidado com os cogumelos. é preciso saber escolhê-los.
Abreijos
André Moa

Anónimo disse...

Então dá meia volta.
Eu vou contigo ihihihih.

Beijinho

Isabel

Laura disse...

Já somos duas... (Isabel que eu conheço...) meia volta, volver...

Para a Beira Baixa que nem me lembro de conhecer, só se foi de passagem, mas com esses petiscos na mesa, e como ainda não tomei o pequeno almoço, quero ir mungir a vaca, beber cevadinha feita na lareira numa cafeteira de barro preto... pão centeio e comer uma coalhada que adoro e...já nem vou matabichar, caía que nem ginjas...

Beijinho e um dia bom

dolce.

E. disse...

tem um desafio no meu blog *