4 de janeiro de 2010

Júlio Amaro - pinceladas!

Um dia um amigo meu, miúdo como eu, perguntou-me se queria ir à baixa. Devo dizer que eu morava na Av João Crisóstomo e a nossa ida à baixa era a pé. O pai desse meu amigo trabalhava na baixa e era sapateiro. E fui com ele. Quando chegámos aos Restauradores, junto da Kermesse de Paris, que era uma casa que vendia brinquedos aos filhos dos ricos, o meu amigo disse-me:
- Olha Júlio, fica aqui porque se o meu pai sabe que tu vens comigo, diz ao teu e podes apanhar. Assim fizemos e eu ali fiquei à espera.
Encostei o nariz às montras da kermesse de Paris. Estava deslumbradíssimo com aqueles caríssimos brinquedos importados, que só em sonhos se podiam imaginar existir, quando de repente, absorto que estava sou despertado por uma mão que poisa na minha cabeça e me diz:
- Queres um brinquedo? Olhei para a pessoa e respondi:
- Quero!
- Então anda comigo. Vamos lá dentro.
Admirei-me de ver tanta gente à volta, a fazer um semi-circulo junto da kermesse. As pessoas em silêncio eram muitas, dezenas, talvez centenas. Entrei na kermesse com esse homem e reparei que os empregados utilizaram duma deferência muito solicita para com esse homem. E comecei a ouvir:
- Boa tarde senhor presidente! Boa tarde senhor presidente!
Esse senhor, o presidente disse-me:
- Escolhe um brinquedo!
Claro que eu fui direito a um comboio Marklin, que naquele tempo só os filhos dos milionários tinham e disse:
- Escolho este!
- Não! Escolhe daquele monte!
Então escolhi, dum monte de brinquedos de dez tostões, um brinquedo que era um jogador de futebol com quatro rodas e a gente puxava com um cordel e a perna andava para trás e para a frente. Fiquei um pouco triste pois não era aquilo que queria. Quando ele vai para pagar, o empregado disse que não era nada, Senhor Doutor Salazar.
Fiquei então a saber que Salazar me tinha oferecido um brinquedo. Quando sai, ele fez-me uma festa, o povo abriu alas e eu fui para casa. O Tonecas já lá não estava. Quando cheguei a casa, a minha mãe perguntou onde tinha eu arranjado o brinquedo.
- Foi o Salazar mãe!
- Ah meu filho! Qual Salazar?
- O Salazar, mãe, o Salazar!
- Qual? Aquele de quem o teu pai fala às vezes?
- Sim esse, mãe!
- Ai filho vai-te deitar que o teu pai dá cabo de ti. Finge que estás a dormir pois senão levas uma grande tareia. Eu assim fiz!
Estava a fingir que dormia quando a minha mãe contou o sucedido ao meu pai.
- Olha, o rapaz tem ali um brinquedo e diz que foi o Salazar que lho deu.
O meu pai nem respirou. Acordou-me logo e perguntou-me:
- Ouve lá rapaz, onde é que arranjaste este brinquedo?
Outra vez com toda a naturalidade disse-lhe:
- Foi o Salazar que mo deu! E expliquei-lhe como tinha sido.
O pobre do pai ficou perplexo e viu logo que eu não estava a mentir.
- Amanhã vamos lá!
E fomos. Metemo-nos no eléctrico de circunvalação da Duque D’Ávila, descemos a Avenida da Liberdade e fomos lá. Apeámo-nos nos Restauradores e o meu pai entrou comigo na Kermesse de Paris e perguntou aos homens.
- Isto foi comprado aqui?
- Foi sim senhor!
- E foi o meu filho que comprou?
- Não senhor! Foi o Doutor Oliveira Salazar!
O meu pai, ferrenho anti-fascista, por ele deportado para S. Tomé, odiava-o tanto que, de olhos esbugalhados, pegou-me ao colo, eu que já tinha sete anos, apanhámos o carro eléctrico e até chegarmos a casa não se cansava de dizer às pessoas que entravam ou saíam do eléctrico.
- Sabe quem deu este brinquedo ao meu filho? Foi o Salazar!
Claro que o meu pai não mudou em relação a Salazar mas sabe-se lá, se no intimo não ficou agradecido pelo brinquedo que o ditador tinha dado ao seu filho e pela aproximação que tinha havido entre mim e o homem que governou este país.
Pobre pai!

32 comentários:

Laura disse...
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Anónimo disse...

... o Júlio Amaro e a sua imaginação delirante ! :)

Laura disse...

Apaguei o coment porque me referi a ti no que escrevi!
Bom, no minimo o Salazar devia ter-lhe dado o sonhado combóio, ora se devia, mas, as barras de ouro que já deram muito jeito, eram para piores dias, piores do que se vivia na época? depois apanhando-as, ah, acho que já se escafederam todas. Hoje Salazar restringe-se ao nome de uma colher de bater bolos...só vive na memória de alguns.
Que errou, errou na forma como fez as coisas, só que decerto não soube fazer melhor, e como ele, havia imensos. Com o tempo vão desaparecendo. Com o tempo e o querer do Povo, o Povo que canta, mas que não é o que mais ordena! Dentro de ti ó cidade!...

Bichodeconta disse...
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Bichodeconta disse...

Deve ter sido a única coisa que o Salazar ofereu a alguém.Não! estou a exagerar, também deu muitas carradas de fome a todos nós, também deu á PIDE ordem para agir como quizesse em casos que foram tão graves e que todos conhecemos.E deu á GNR o poder de atirar a matar a todos quantos reclamassem pão! E deu e deu e deu, e tirou, e tirou e tirou. Pois, ainda assim qualquer criança desconhecedora do feitos do sr presidente ficaria feliz com um brinquedo..A beleza des crianças permanecerá eterna.Um abraço, Ell

O Salazar, enfim....

Teté disse...

Só me ocorre uma palavra: forreta!!!

Mas pronto, também é verdade que não sou admiradora do homem!

Beijocas, Kim!

Je Vois La Vie en Vert disse...
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Je Vois La Vie en Vert disse...

Não conheci este senhor Salazar mas já ouvi falar muito dele e mal. Mas pelos vistos, não tinha só lados maus.

Da ditadura, não senti nada por ter vindo em Portugal só de férias, por não fazer política e não ser comunista. Mas por terem feito uma revolução 2 meses depois de ter casado, aí sofri sim : sofri medo, solidão, incompreensão (não falava português), instabilidade, xenofobia, raiva, inveja!

Não concordo com a Laura quando diz que lhe devia ter dado o comboio, porque isto é a tendência das pessoas : querer ter o melhor e se é oferecido, então ainda mais ! Esta tendência vê-se nesta frenesim de viver á grande e a francesa para o vizinho ver, ter boas casas, bons carros, boas viagens, roupa da moda e endividar-se, endividar-se e endividar-se....como o país...
Oiço em todo o lado " tenho direito" mas não oiço "quais são os meus deveres?".Toda a gente se queixa da crise mas não vejo ninguém abrandar a não ser aqueles que realmente a sentem e lutam para sobreviver e estes estão calados, escondidos e envergonhados.
Não posso aceitar uma pessoa que está a fazer a sua pintura,o seu brushing e arranjar as unhas no cabeleireiro e dizer à televisão que a vida está má ! Como cheguei a ver , na Tv, uma senhora a dizer que passava fome para dar de comer aos seus filhos e falava com as mãos , estas bem arranjadas com gel, 2 cores e brilhantes em cima. Desculpem-me mas há limites ! É preciso respeitar quem está mesmo na necessidade !

Desculpa o meu desabafo, Kim, mas fico constrangida quando as pessoas só conseguem criticar e não reconhecem que afinal foi um gesto bonito, mesmo vindo que quem era.


beijinhos

Verdinha

Laura disse...

Verdinha, o Julio não era um menino rico, logo, sonhar e ter um brinquedo como qualquer menino, não seria de modo nenhum, uma má opção, não estamos a falar dessa forma! nem de estragar crianças como fazem agora, agora mais que nunca... Achei que se o menino respondeu à pergunta que ele lhe fez, se queria um brinquedo, é justo que lhe tivesse dado o que o Julio escolheu. Ou então, Salazar falou de forma errada.Devia, não dar à escolha, mas sim; tira dali daquele monte o brinquedo xis, isso sim! nem que perdesse tempo a explicar-lhe que; dos mais caros não podia ser, era isso que ele devia fazer! Não se tratava de estragar crianças, nada disso!
Querido Júlio, rapaz grande, de coração lindo! Um beijinho a todos..laura

Parisiense disse...

Bela história...e por ai se vê como esse economista sabia o que era poupar.

Bela lição.

Adorei esta história.

Bonne année mon ange.
Bisous

Andre Moa disse...

Rico Kim!
Atroz e comovente ao mesmo tempo.
E bem demonstrativo da sovinice do Salazar. Com ele e os que pensam como ou quase como ele, nunca chegaríamos ao TGV.
Um grande abraço,
André Moa

Anónimo disse...

Olha se a "estória" (inventada plo Amaro, pois não acredito nela) se passasse na Sacolinha (?)
O puto Julio apontava o Bolo Rei e recebia uma língua de gato.
Enfim ...
Vou papar um pastelinho de nata pois não me apetece começar o ano a discutir um ditador.

Laura disse...

Anónimo, já parece que as linguas de gato ficavam em desprimor com o Bolo Rei, eu detestava disso e adorava as linguas de gato, que roubava ao meu tio, roubava sim, ele era sovina, forreta e mau, vesgo, e assim, esgueirava-me por baixo do balcão, fazia do meu bibe a saquita, levantava-o, enchia de linguas de gato, beijinhos,(lembras-te desses beijinhos? com bolacha por baixo redondinhos pequeninos e açúcar em cima, deitado pela boquilha de enfeitar?) figos secos, ah, que bom que era e que melhor sabia quando lá fora dava aos meus amigos, pobres ou remediados? eu sabia lá disso, só sabia que eram os meus amigos, e, que maravilha...

Eu acredito na histórinha, mas de certezinha que já estão os dois sentadinhos no meio da algures, a ver o comboio do Julio a andar e o Salazar que agora virou colher de rapar bolos, pelo menos foi o nome que lhe deram,a estudar para que quando cá volte, de novo, saiba ser mais humilde! Não quero chatear, só rir!...ó nino dos pastelinhos, deves ter cá um feitiozinho puxado!
Beijinho da laurinha, laura, sempre...

Laura disse...

Anónimo, então quuando for comigo, aponto primeiro a lingua de gato e pode ser que ele me dê um Bolo Rei! Para os amigos é sempre bom, poder dar, dar e mais dar, que felizes os meus não se sentiriam naquela ano de 1956, por aí!

Bota aí um pastelinho para paparmos a meias. Um jinho, sério, um jinho..laura

Bichodeconta disse...
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Bichodeconta disse...

Verdinha, chegou e disse, e eu subscrevo na totalidade. Claro que a nossa Laurinha tem razão, se me dizem escolhe, eu escolho!Nessa altura eu brincava com latas de conserva vazias claro! Fazia rodados com carros de linha e arame, qualquer caco era um brinquedo precioso, com cartão, colocava o pé e desenhava o pé, recortava e com tiras de cartão fazia sandálias lindas de morrer, podiam ser rasas ou de salto alto, feito claro está com os carrinhos de linha. Beijinhos, Ell

Je Vois La Vie en Vert disse...
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Je Vois La Vie en Vert disse...

Obrigada Bicho-de-conta para o teu apoio aqui e no meu blogue !

Felizmente aquele período que sofri já passou e depois desta exaltação, euforia e exageros próprios duma revolução - que só vivi em parte porque tive que voltar sozinha durante 10 meses para o meu país - voltou a calma e depois disso sempre fui bem acolhida pelos portugueses que gosto muito.

Estás a ver, sou assim, encontro quase sempre desculpa para as pessoas. Gosto de encontrar a luzinha de bondade em qualquer ser ou situação.

É de louvar o pai do Júlio que se deslocou, com honestidade e rectidão, até a loja para verificar a veracidade das palavras do filho ! Esta é também uma lição a retirar !

Beijinhos

Verdinha

Francisco rosa disse...

Mortos no Tarrafal
· Francisco José Pereira: Marinheiro, 28 anos (Lisboa, 1909 - Tarrafal 20 de Setembro de 1937)
· Pedro de Matos Filipe: Descarregador, 32 anos (Almada, 19 de Junho de 1905 - Tarrafal, 20 de Setembro de 1937)
· Francisco Domingues Quintas: Industrial, 48 anos (Grijó, Porto, Abril de 1889 - Tarrafal, 22 de Setembro de 1937)
· Rafael Tobias Pinto da Silva: Relojoeiro, 26 anos (Lisboa, 1911 - Tarrafal 22 de Setembro de 1937)
· Augusto Costa: Operário vidreiro (Leiria, ? - Tarrafal, 22 de Setembro de 1937)
· Cândido Alves Barja: Marinheiro, 27 anos (Castro Verde, Abril de 1910 - Tarrafal, 29 (24?) de Setembro de 1937)
· Abílio Augusto Belchior: Marmorista, 40 anos (?, 1897 - Tarrafal, 29 de Outubro de 1937)
· Francisco do Nascimento Esteves: Torneiro mecânico, 24 anos (Lisboa, 1914 - Tarrafal, 21 (29?) de Janeiro de 1938)
· Arnaldo Simões Januário: Barbeiro, 41 anos (Coimbra, 1897 - Tarrafal, 27 de Março de 1938)
· Alfredo Caldeira: Pintor decorador, 30 anos (Lisboa, 1908 - Tarrafal, 1 de Dezembro de 1938)
· Fernando Alcobia: Vendedor de jornais, 24 anos (Lisboa, 1915 - Tarrafal, 19 de Dezembro de 1939)
· Jaime da Fonseca e Sousa: Impressor, 38 anos (Tondela, 1902 - Tarrafal, 7 de Julho de 1940)
· Albino António de Oliveira Coelho: Motorista, 43 anos (?, 1897 - Tarrafal, 11 de Agosto de 1940)
· Mário dos Santos Castelhano: Empregado de escritório, 44 anos (Lisboa, Maio de 1896 - Tarrafal, 12 de Outubro de 1936)
· Jacinto de Melo Faria Vilaça: Marinheiro, 26 anos (?, Maio de 1914 - Tarrafal, 3 de Janeiro de 1941)
· Casimiro Júlio Ferreira: Funileiro, 32 anos (Lisboa, 4 de Fevereiro de 1909 - Tarrafal, 24 de Setembro de 1941)
· Albino António de Oliveira de Carvalho: Comerciante, 57 anos (Póvoa do Lanhoso, 1884 - Tarrafal, 22 (23?) de Outubro de 1941)
· António Guedes de Oliveira e Silva: Motorista, 40 anos (Vila Nova de Gaia, 1 de Maio de 1901 - Tarrafal, 3 de Novembro de 1941)
· Ernesto José Ribeiro: Padeiro ou servente de pedreiro, 30 anos (Lisboa, Março de 1911 - Tarrafal, 8 de Dezembro de 1941)
· João Lopes Dinis: Canteiro, 37 anos (Sintra, 1904 - Tarrafal, 12 de Dezembro de 1941)
· Henrique Vale Domingues Fernandes: Marinheiro, 28 anos (?, Agosto de 1913 - Tarrafal, 7 de Janeiro (Julho?) de 1942)
· Bento António Gonçalves: Torneiro mecânico, 40 anos (Fiães do Rio (Montalegre), 2 de Março de 1902 - Tarrafal, 11 de Setembro de 1942)
· Damásio Martins Pereira: Operário (? - Tarrafal, 11 de Novembro de 1942)
· António de Jesus Branco: Descarregador, 36 anos (Carregosa, 25 de Dezembro de 1906 - Tarrafal, 28 de Dezembro de 1942)
· Paulo José Dias: Fogueiro marítimo, 39 anos (Lisboa, 24 de Janeiro de 1904 - Tarrafal, 13 de Janeiro de 1943)
· Joaquim Montes: Operário corticeiro, 30 anos (Almada, 11 de Setembro de 1912 - Tarrafal, 14 de Fevereiro de 1943)
· Manuel Alves dos Reis (? - Tarrafal, 11 de Junho de 1943)
· Francisco Nascimento Gomes: Condutor, 34 anos (Vila Nova de Foz Côa, 28 de Agosto de 1909 - Tarrafal, 15 de Novembro de 1943)
· Edmundo Gonçalves: 44 anos (Lisboa, Fevereiro de 1900 - Tarrafal, 13 de Junho de 1944)
· Manuel Augusto da Costa: Pedreiro (? - Tarrafal, 3 de Junho de 1945)
· Joaquim Marreiros: Marinheiro, 38 anos (Lagos, 1910 - Tarrafal, 3 de Novembro de 1948)
· António Guerra: Empregado de comércio, 35 anos (Marinha Grande, 23 de Junho de 1913 - Tarrafal, 28 de Dezembro de 1948)

E muitos mais foram mortos pelas forças da repressão do regime fascista de Salazar. Gente de todas as classes sociais, operários, assalariados, estudantes, artistas, generais

O FASCISMO NÃO TEM LADOS BONS.
VIVA O 25 DE ABRIL!

FR

Bichodeconta disse...

Penso que acontece a todos os pais, as crianças trazerem da escola algum pequeno brinquedo que não lhes pertence, é nosso dever obrigar a que o levem e perguntem de que é para que o possam entregar.Nós pais temos o dever de estar atentos a estas pequenas grandes coisas. Beijinhos, eu que saiba que algum Tuga te trata mal Verdinha!Beijinho, Ell

Anónimo disse...

25 de ABRIL, SEMPRE.
O.R.

Laura disse...

Fr, apesar de jovem na altura e longe daqui, não imaginava o que se passava! Nem fazia ideia sequer, acredita, só tarde, depois do 25 de Abril, fiquei a saber de muita coisa. A desculpa pode ter sido a minha surdez profunda, só isso! e as pessoas não terem coragem de me dizer a verdade!
Mas, dou-te toda a razão, mas que sacanice medonha! Pobres rapazes, homens, mulheres que assim perderam a vida, no resgate de mais vidas, no futuro!
Para as gentes que viviam em África e tinham as suas vidas começadas, foi mau, péssimo, eu estava lá e! foi o que foi.Foi mau também pelas mortes acontecidas, mas era lá que os nossos rapazes perdiam a vida, numa guerra estúpida e inútil!
Enfim, nada os irá resgatar, nada os fará voltar, respeitemos os seus nomes, a sua recordação, e que os ódios e vinganças acabem, recomeçando para que tudo seja melhor, futuramente, a começar entre todos os homens de boa vontade, que nós mulheres, se vós quiserdes, faremos o mesmo...
Haja AMOR!
Beijinho e abraço apertadinho, da, laura

fogo disse...

esse salazar era mesmo um unhas de fome, e o dono da loja um lambe botas duma figa !!

viva a democracia!!!!

Anónimo disse...

o salazar o salazar
ainda das que falar,
mal se fala no teu nome,
a censura teima em voltar!!!


pelo menos........por .......a.....qui

Anónimo disse...

COMEÇAS BEM O ANO, KIM :)
DEPOIS DO NATAL E DOS CANTICOS DE "PAZ E AMOR" NADA MELHOR QUE UM TEMA DESTES PARA DIVIDIR O PESSOAL AHAHAHAH. BONITO SERVIÇO.
25 DE DEZEMBRO, OUTRA VEZ AHAHAHAH.
E VIVA O MENINO JESUS! SEMPRE!
(desculpem mas esqueci-me de assinar os anteriores postes. D.Laura - a anónimo era eu. Desculpe sim?)
jc/.

fogo disse...

....nao resisto, srjc(julio cesar), tenho acompanhado a serie ele e ela,
parabens pelo desempenho, esta serie e genial!!

fogo

Laura disse...

J.C/ eu já tinha deixado esta frase

Bota aí um pastelinho para paparmos a meias. Um jinho, sério, um jinho..laura

5/1/10 10:39
quem é que vai à sacolinha e fala nos pastelinhos, era contigo que queria dividir um, ora pois. JC sim senhora, já tinha visto na escrita, laura, só laura, a dona é pró registo...
Beijinho.

jrom disse...

Imagino como o Salazar se está a divertir onde estiver.
Provávelmente até lhe vem à ideia a sabedoria do povo dizendo:Hummm!
dado e arregaçado só o !..........
Felizmente que hoje alguém se preocupa a dar-nos dívidas em nome da democracia e da liberdade.
jrom

jrom disse...

Bom ano pessoal! saudações amigas e pacíficas do Jrom

Laura disse...

Jrom; ah, nada disso, o Salazar deve estar chateado porque o nome dele, agora, virou espátula de rapar o recipiente onde se bateu o bolo!

Além de que deixou más memórias na Gestão da Empresa que chefiava!...

Mas, voltemos aos figos, às linguas de gato e beijinhos d'çúcar!... isto para quem leu o JC/ !...
Abraço da laura.

Je Vois La Vie en Vert disse...

Gostei da explicação do JC.

JC, o teu estilo é inigualável ! A Sacolina e os pasteis de nata são uma marca tua ! Desculpa te tratar por tu mas é hábito na blogosfera. A mim, escusas de me chamar D. Verdinha...

Caro JROM,
Desejo-te também um Bom Ano cheio de Paz !
Ainda estou à espera da abertura do teu blogue. Estarei convidada no dia da inauguração ?

Muitos beijinhos para todos

Verdinha

Maria disse...

Kim
A historia de Júlio Amaro, só prova duas coisas. 1ª Salazar era mesmo sovina. 2ª Quem meus filhos beija, minha boca adoça.
Comovente e ao mesmo tempo, um pouco da maneira de ser do ditador.
Um dia, conto-te a história de cinco tostões que, ele deu à sua pupila Mª Antónia.
Beijinho
Maria