16 de março de 2009

O meu primeiro amor

Sou um rapaz do meu tempo que passa às vezes pelas ruas da memória. Nelas encontro rostos angelicais que o olhar perdeu um dia e lembro um primeiro amor. Qual foi? Quem foi?
Depois penso, volto a pensar e numa viela dessa memória que perdura ainda, rebusco aquele que terá sido o meu primeiro amor.
Fecharam-se-me os olhos e ... apaixonei-me outra vez, sonhando como sempre sonhei.
Deixa lá ver, rapaz do meu tempo! O primeiro amor de quase todos nós não passa dum amor platónico, despojado de corpos e desejos. Apenas olhares. Então, quem foi o meu primeiro amor? Gisela? Isabel? Inês?

Quem foi? Qual foi?
- Sei lá coração vagabundo!

Apenas sei que um outro meu primeiro amor, cantou um dia

Anjo lindo que eu vi
E não voltas talvez
O que é feito de ti?
Quero ver-te outra vez!

Solitário fiquei
Porque sonhei demais
Mas eu não encontrei
Como tu ninguém mais

13 comentários:

Anónimo disse...

É KIM!

Você é um romantico inventerado.

E com teu post de hoje, também fizeste me lembrar do meu primeiro amor de pré adolescente, e tal como o teu foi mais para platonico do que real.

Mas não tem nada haver com com o PP que te enviei.

SPUK

Osvaldo disse...

Caro amigo Kim;
Caramba, é bonito de se ver hoje, os jovens da nossa idade declararem públicamente os seus primeiros amores, platónicos ou reais...
Este teu post, é uma mescla de romantismo puro, diria mesmo selvagem, e da ternura dos cinquenta...
Esqueceste do nome... Gisela, Isabel, Inês, mas tal Pedro, não esqueceste do coração e exige-lo, memo que só em pensamento, todo para ti. É bonito de ver os jovens românticos de ontem reinvindicarem essa ternura de hoje.
Como diz Roberto,...

"O que foi felicidade,
Mata agora de saudade,
Velhos tempos,
Belos dias!..."

Lindo este post e que me fez lembrar que eu, como sou "cafona", "arcaico" ou "démodé"
ou quem sabe, nunca mais tenho juízo, guardo até hoje o meu primeiro grande e real amor... e já lá vão quase quatro décadas.

Um abraço, caro amigo Kim.
Osvaldo

Kim disse...

Oh Osvaldo! É evidente que me lembro bastante bem do rosto destas donzelas, pois elas existiram. O que não lembro mais é qual delas foi a primeira.
Por causa disso, ao longo da vida, é que o meu coração está hoje num estado lastimoso, salvo as devidas equiparações que as minhas coronárias agradecem e me vão mantendo de perfeita saúde.
Era um tipo de amor muito giro e apesar destas meninas estarem bem perto de mim, nunca mais as vi mas não as vou esquecer.
Foi sempre assim. Não consigo deixar de gostar de alguém, só por a vida assim não querer.
És um sortudo. Uma quarentena de anos a amar a mesma mulher é façanha só à altura dos eleitos.
Já não tenho coração, só saudade de quando o tive!
Abraço amigo

Sendyourlove disse...

... olha-me este!!! "já não tenho coração"...
Não existe formila mágica para se amar, não amamos todos da mesma maneira...
Uns amam para a vida, outros vão amando ao longo da vida...
"já não tenho coração"... ora eu não acredito!!!

Beijokas

Parisiense disse...

Não há como o primeiro amor, para ser recordado com carinho, meiguice, douçura....

Gostei deste teu post, está feito mesmo com nostalgia e com muito carinho especial.

Continua assim, amigo.

Bisous.

Maria disse...

Kim, meu romantico incurável:

Há dias, em conversa com o meu último amor, que já dura há 43 anos, tentei lembrar-me do meu primeiro amor. Cheguei à conclusão que tinha 4 anos, quando me apaixonei a primeira vez. Acabou mal, pois ele morreu. Desde aí, não sei dizer quantos foram. Podiam durar horas ou dias, podia ser o vizinho do lado ou o Paul Newman, Alain Delon, Rock Hudson (credo em cruz, t'arrenego, como diria Antunes Ferreira), mas vivia em estado de eterna paixão. Isto, até a um dia de Santo António em que encontrei, o verdadeiro, o genuíno, "Aquele", que me mostrou o que era mesmo amar.
Por coincidência, o primeiro e o último, foram baptizados com o mesmo nome: João.
Não digas que não tens coração, isso é mentira.
Beijo

Anónimo disse...

Como felizmente tenho boa memória,
nesta não me apanhas tu.

Anónimo disse...

Uma pesquisa feita na universidade de Pisa, na Itália, descobriu que uma paixão dura 6 meses. Depois evolui para amor ou acaba. Quem está apaixonado apresenta mudanças dos níveis de serotonina, uma substância presente no cérebro que regula o humor, a ansiedade, o apetite e o sono, 6 meses depois, os índices de serotonina voltam aos estágios normais.

fr

Anónimo disse...

Caro amigo Kim,

Grande romântico ! Começa a ser raro os homens reconhecerem que são românticos.
Graças a ti, de repente, é que me lembrei do nome do meu primeiro amor, platónico, claro. Tinhamos uns 8 ou 10 anos e ainda toda a candura desta época. Chamava-se Gilbert e nem chegamos a trocar um beijo na cara!

Tive 2 "amores de férias", o primeiro era alemão e era loiro (e eu era muita nova também, deve ter sido depois do Gilbert...)e esqueci-me dele rapidamente mas o segundo era moreno e português e não consegui esquecê-lo e casei com ele três anos mais tarde ... há 35 anos e nunca me arrependi !

Eu também sou "démodée" e conservo o meu grande amor tal como o Osvaldo !

Beijinhos verdinhos

Verdinha

Anónimo disse...

Não sei porquê mas só consegui postar o meu comentário em anônimo, ainda bem que me lembrei de assinar...

Verdinha

Carla D'elvas disse...

quando completei os 5 anos, deixei-me de aventuras ;)
começei a namorar no final da pré-primária, o mesmo menino com que namorei até ao fim da 1ª classe. quando não era escolhida para brincar ás escondidas... ou á apanhada... ficava de mão dada com ele. fazia-lhe desenhos, tal como ele para mim :)
nunca demos um beijo nos lábios.

[há tantas coisas doces que amargaram sem explicação. hoje, até o simples acto de sonhar é tão diferente...]


Beijo meu

Laura disse...

Bem, uma coisa é certa. Um primeiro amor, todos temos, mas, deixa-me sentar, deixa-me pensar...só que; já nem sei quem foi o meu primeiro amor..e a malta fala tanto nisso, ehhhhhh, qual primeiro qual carapuça, foram todos lindos, pois amor, era e é, amor... e os sonhos são sonhos, são lembranças de tempos belos...

Sonhos de amor
Quem não os teve
No começo da mocidade
E lágrimas perdidas
Quem não secou
Quando o amor
defrontava a realidade?...

Aqui e agora, este versinho de amor, de saudade do que já se teve e se perdeu, pois eu, deixa que te diga, nunca soube escolher, nunca soube amar, porque nunca alguém me ensinou!...ah, pobre coraçãozinho o meu, tão só, tão infeliz...mas, nem todos viemos a este mundo para ter a felicidade completa!... Beijinho a ti..

e sonha, e lembra
pois lembrar
é apenas recordar
os momentos que vivemos
a amar !...

Laura..

Anónimo disse...

Eu Aposto na Isabel.. :)

Pantas