23 de abril de 2008

William Shakespeare - meio milénio depois!


Quando eu era jovem, o nome Shakespeare, incomodava-me sobremaneira, vá-se lá saber porquê.
Hoje julgo, que na altura pensava, ser uma “seca” tudo o que a erudito cheirasse.
Como o tempo é bom conselheiro, acabei por verificar que estava completamente errado como quase em tudo o que não acreditamos, quando somos jovens.
Shakespeare era um escritor maldito, tal como Eça e Camões o foram, nos meus tempos de escola.
Hoje, no aniversário do nascimento e morte deste dramaturgo, retiro da memória a excelente educação que teve nos melhores colégios da época, nos primórdios da juventude. Depois, ainda jovem, ficou-se pelos mais humildes, quando o declínio económico da família atingiu o seu auge, deixando-lhe os estudos a meio e sem completar o que quer que fosse.
Sem amigos e sem dinheiro, arranjou emprego num talho, ao lado dum teatro, onde em simultâneo, dividiria o seu emprego entre tomar conta dos cavalos dos espectadores do teatro, actuar no palco e auxiliar nos bastidores
O seu limitado talento com actor, levá-lo-ia a experimentar escrever para teatro, onde viria a ter o sucesso e a riqueza que hoje lhe reconhecemos.
A morte de Shakespeare ficou envolta em mistério, no entanto, julga-se que terá morrido, com uma forte febre, causada por embriaguez
Mais que lembrar aquilo que William Shakespeare escreveu, quis aqui abordar quem ele foi e aquilo que dele menos se conhece.
Nasceu a 23 de Abril de 1564 e morreu no mesmo dia, no ano de 1616, com 52 anos de idade.
O que se sabe e o que se descobre!
Ser ou não ser - eis a questão!

4 comentários:

Anónimo disse...

Kim
Gostei muito do teu recado de hoje.
É verdade. Quando somos novos há coisas que são chatas, incómodas, que depois com a idade se tornam verdadeiramente admiráveis. Com o Eça não me aconteceu isso. Era-me proibido, por tal apetecido. Li-o todo até aos 15 anos. Isto não quer dizer, que o tenha entendido como hoje o entendido. Ai mocidade onde já vais!
Obrigada por teres partilhado connosco a tua cultura.
Maria

Anónimo disse...

Esqueci-me de que há mais Marias na terra.
Maria 2

Anónimo disse...

Shakespeare, tal como Cervantes em Espanha e Luís de Camões em Portugal, é um "mono" para todos os que têm menos de 30 anos....é que temos tanto mundo para descobrir que, mesmo sem ser intencionalmente, estas coisas vão ficando para o tempo em que melhor as iremos apreciar, eu, sinceramente, ainda sou muito novo para Shakespeare/Cervantes e Camões, mas estou a desbravar um caminho que certamente me fará lá chegar.

Pelo menos a Saramago já cheguei, e não percam "Memorial do Convento" a mais bela história de amor que li até hoje, mas só à 2ª. tentativa o consegui já que da primeira não passei da pág. 50.

Seve

Anónimo disse...

Há uns anos numas férias, decidi ler o Memorial do Convento, mais ou menos na página 25, desisti até hoje..... prometo que vou tentar de novo.
Cervantes é o meu eleito.
Camões aprendi a gostar.
Toda a literatura proibida circulava lá por casa,em segredo, o Crime do Padre Amaro foi lido era eu muito nova, depois das Meninas Exemplares.... eheheheh

bjinhos
bela