5 de fevereiro de 2020

Anjos brancos



O homem que está nesta foto é o meu pai! 
Era! Já partiu! Há muito!

Foi este o quadro com que me deparei, numa das últimas visitas que lhe fiz, já no fim das suas tormentas. 
Não era um final feliz, mas o abraço, a ternura e o apego deste anjo branco, eram já o prenúncio de outras asas que o esperavam, de tão inane a sua ausência.
Pobre pai que foi embora sem já saber quem eram os filhos!
Para lá desta imagem, deixo no éter a minha admiração beatífica por todos os enfermeiros(as), sacerdotes duma sublime profissão, último alento de quem jaze num leito de hospital, numa cama de desespero, num berço de esperança.
A estes(as) anjos brancos e a esta altruísta alva senhora, a supina vénia de quem deles já precisou! 
Eu!

3 comentários:

Seve disse...

E eu tive a felicidade de conhecer o Sr.Ribeiro, um HOMEM fantástico, de uma grandeza só comparável à sua humildade, um homem sublime, um homem tão simples e tão doce e ficava realmente contente quando o via e quando estava com ele. A sua simplicidade esmagava-me, de tanto que eu gostava dele, algo que nunca soube explicar. Estas não são palavras de circunstância são palavras de dentro de mim.

Tozé Maya disse...

Das asas de Anjos ao seio de Deus! A morte morreu com a Ressurreição da Vida!

Branca disse...

Uma grande verdade Quim, sempre que falo ou leio como agora algo sobre a dedicação sem limites dos enfermeiros comovo-me sinceramente, não consigo evitar. Todos nós já tivemos alguém de família ou nós próprios na posição de sentirmos essa dedicação. Admiro imenso esta classe profissional.