A noite passada, no Pavilhão Atlântico, Leonard Cohen cantou, encantou, arrebatou.
Predominava uma geração cinquentenária, salpicada aqui e acolá, por outra de gente acabada de chegar à idade adulta. A meu lado um jovem só, anelado na orelha por uma meia lua de prata, parecia sentir-se fora do contexto
O Pavilhão rebentava de ânsia e de espaço.
“Dance me to the end of love” foi apenas o começo. Depois foi um chorrilho de canções de amor e de incentivos à paz.
O seu rosto cheio de esgares de raiva, escondido pela penumbra dum alcapónico chapéu, reflectia afinal ternas palavras de amor. Foram três horas de cumplicidade com o público do seu tempo
Na segunda parte, o bilingue Cohen não parou de fazer parecer que ia acabar o espectáculo. Cada canção era uma despedida e um hino ao bruá da multidão.
Duma postura irrepreensível, Cohen teve a coragem de dar espaço aos seus músicos, já que, individualmente todos tiveram direito a uns minutos de glória. E que músicos! Acima de tudo era um senhor de se lhe tirar o chapéu que estava à minha frente.
Le Partizan, Aleluia, Suzanne e Dance me to the end of love, tocaram-me particularmente, pois, a primeira vem ainda dos meus tempos de vivência em Paris, há quatro décadas, e as outras das minhas fases românticas que se lhe seguiram
A sua quente e doce voz murmurou no adeus:
- Tento deixar-vos , mas …
So long Marian! I’m your man!
Leonard – tiro-te o meu chapéu!
Predominava uma geração cinquentenária, salpicada aqui e acolá, por outra de gente acabada de chegar à idade adulta. A meu lado um jovem só, anelado na orelha por uma meia lua de prata, parecia sentir-se fora do contexto
O Pavilhão rebentava de ânsia e de espaço.
“Dance me to the end of love” foi apenas o começo. Depois foi um chorrilho de canções de amor e de incentivos à paz.
O seu rosto cheio de esgares de raiva, escondido pela penumbra dum alcapónico chapéu, reflectia afinal ternas palavras de amor. Foram três horas de cumplicidade com o público do seu tempo
Na segunda parte, o bilingue Cohen não parou de fazer parecer que ia acabar o espectáculo. Cada canção era uma despedida e um hino ao bruá da multidão.
Duma postura irrepreensível, Cohen teve a coragem de dar espaço aos seus músicos, já que, individualmente todos tiveram direito a uns minutos de glória. E que músicos! Acima de tudo era um senhor de se lhe tirar o chapéu que estava à minha frente.
Le Partizan, Aleluia, Suzanne e Dance me to the end of love, tocaram-me particularmente, pois, a primeira vem ainda dos meus tempos de vivência em Paris, há quatro décadas, e as outras das minhas fases românticas que se lhe seguiram
A sua quente e doce voz murmurou no adeus:
- Tento deixar-vos , mas …
So long Marian! I’m your man!
Leonard – tiro-te o meu chapéu!