31 de julho de 2008

O Sol brilhará


A consulta estava marcada para as 08:44 h (hora esquisita).
A segurança Social convocou-me para uma Junta Médica, no sentido de confirmarem que as minhas mazelas eram verdadeiras. Nem os comprovativos enviados pelo hospital serviram. As fraudes são muitas e paga o justo pelo pecador. Sempre assim foi.
Quarenta anos a fazer descontos e apenas com uma baixa de três meses, por fractura dum pé, não abonaram a meu favor para passar incólume por tal suspeição.
Eram 09:20 h e os médicos ainda não tinham chegado. Apresentei o meu protesto. Tinha também uma consulta às 10:30 h no Hospital da Amadora e tinha de ser atendido.
Quando os médicos viram a minha figura e as radiografias que o computador exibia sobre o meu processo, logo se desculparam dizendo que aquele edifício não estava preparado para receber doentes incapacitados fisicamente, mas já que ali estava o exame foi feito.
Depois, em plena Avenida dos Estados Unidos da América, esperei mais de meia hora por um táxi.
Finalmente cheguei ao Hospital da Amadora. Na senha que tirei marcava 10:31 h.
Duas horas depois fui chamado. Não havia ninguém para a consulta de fisioterapia, apenas eu. Pediram-me desculpa. Tinham-se esquecido de mim.
Apenas sorri, porque finalmente vou começar amanhã a terapia do corpo. A da alma já começou.
E ainda há quem julgue que não há manhãs cinzentas!

29 de julho de 2008

Às vezes ...


Às vezes as manhãs não são tão claras e a noite é mais escura.
Citando Agostinho da Silva “... neste momento não estou preocupado com os projectos que tenho para a vida, estou só preocupado com os projectos que a vida tem para mim…”
Quando a gente pensa que tem tudo, vem a vida e diz-nos que nada temos.

28 de julho de 2008

O (des)acordo ortográfico


Sei que tenho uma larga costela de conservador, mas sei também que não sou tão bota de elástico que não me sinta ferido pelas bicadas que se estão a preparar para dar na língua portuguesa.
É que acordar ortograficamente não é a mesma coisa que assassinar a vernaculidade dum povo. Não consigo entender e ninguém o explicou ainda, quais as vantagens deste acordo. Mas há mais. Sabendo que a língua portuguesa assenta essencialmente em Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde, porquê imiscuírem-se outros povos onde já ninguém fala a língua lusa?
Quanto a mim, seria bem mais lógico deixar cada povo criar os seus próprios neologismos com as naturais aberrações linguísticas que vão surgindo fruto dos estrangeirismos, do que obrigar todos os povos a reaprender um velho idioma. Quase preferia aprender esperanto, do que me sujeitar a essa nova lei que os iluminados sempre vão brotando.
Num espaço multicultural fragmentado por povos que nem sequer português falam, é de bradar aos céus.
Na recente cimeira de Lisboa, Angola não esteve presente – as eleições são mais importantes.
Moçambique, também não - comemora o aniversário da revolução.
Os altos dignitários da Guiné Equatorial nunca falaram em português e acompanharam a cimeira, munidos de tradutores electrónicos. Então?
Deixem os portugueses escrever português!
À excepção dos brasileiros que arredondaram e musicaram a nossa língua, o que até prazer me dá, vejo todos os outros a enveredarem por dialectos mais próprios do costume rácico de cada povo.
Que o Brasil fale brasileiro e Portugal português!
Não te voltes na tumba Luís de Camões, quando chegar o que está para vir.

25 de julho de 2008

Hasta siempre Cuba


Reinava ainda Fidel.
Da janela do meu quarto, no Hotel Tryp Habana Libre, em Havana, vislumbrava um largo circundado por um maciço arbóreo, repleto de gente.
Curioso em saber o que ali se passava, desafiei o Bruno a dar uma olhada naquilo.
Descemos! Cá fora, à porta do hotel, um corrupio de jovens, sedentos de pequenos mimos capitalistas, abordava tudo o que era turista. Como de costume, tínhamos algo para lhes oferecer já que de Lisboa havíamos levado um pecúlio de coisas simples para nós, luxuosas para eles.
Perguntei então a um deles a que se devia aquele ajuntamento. Era apenas a loja mais famosa de gelados de Havana. E para comer um gelado daqueles não importava que fossem necessárias algumas horas para o saborear. Afinal não havia muito para fazer e comprar um gelado era já um ritual obrigatório.
Completamente abananados com o que víamos, decidimos ir até junto do balcão para ver o aspecto dos gelados, já que não tínhamos a menor intenção de os comprar, pois tínhamos à nossa frente aquela tão grande quantidade de povo. Ficaria para outro dia, pensámos. Mas não. Surgido, não sei de onde, um jovem (militar?) aconselhou-nos a avançar e a ser servidos à frente de toda a gente. Era mesmo assim. O turista tinha prioridade e preço diferentes.
O cubano pagava pelo gelado, três pesos (vinte cêntimos) enquanto o turista pagava pelo mesmo gelado, três dólares, ou seja, quinze vezes mais. Achei bem. Não pela prioridade, mas pelo modo de vida dum povo onde o sol abunda, mas não para todos.
Até o grito da revolta ecoa diferente.
A título de curiosidade este hotel serviu de quartel-general aquando da revolução que levaria Fidel ao poder, era eu uma criança.
Que povo maravilhoso este, que vive e morre com um sorriso nos lábios!

24 de julho de 2008

Parabéns Zé Romano

O meu amigo Zé Maria, identificado no universo bloguista por JRoma, que é como quem diz José Maria Romano é hoje um aniversariante com motivos duplos para festejar.
Primeiro, porque a vida de reformado que iniciou há quase três anos lhe permitiu continuar a estudar. Depois, porque esta nova faceta veio revelar que debaixo da pele dum ex-chefe das oficinas da BMW, altamente competente e carregado de louvores, está apenas um dos melhores alunos do seu curso, senão o melhor.
Pois bem, o Zé está a concluir o 12º ano e brevemente vai entrar na Universidade. Uma atitude destas aos 62 anos, é obra.
O Zé é um daqueles amigos que está sempre disponivel, quer em esforço, quer numa palavra amiga.
Quando éramos rapazolas, os cinco anos de diferença que nos separam, colocavam-nos em mundos diferentes. Depois eu cresci e o Zé não ficou mais velho. Hoje estamos equiparados e se pensarmos que o Zé é ainda um exímio praticante de rock and roll, ciclista, futebolista e sei lá que mais, apetece-me dar meia volta e dar banho ao cavalo.
Zé, já estou a treinar jogar à bola de muletas. Espero que a tua muleta demore a chegar.
Espera-me às portas da nova vida.
Parabéns meu amigo!

22 de julho de 2008

Parabéns Mãe


Era hoje, mãe! Era hoje!
Lembro-me cada vez mais dos teus conselhos e do que recordávamos da tua juventude. Das coisas que me contavas quando atravessavas a vida. Dos gélidos invernos em que me aquecias as noites.
Do anoitecer quente de Agosto em que aninhava a cabeça no teu regaço, quando te sentavas na granítica laje da entrada da casa da avó. Da tua mão a afagar-me os cabelos até adormecer. Dos figos que a frescura da manhã nos oferecia, quando despertava um dia mais. Da melancia que devorávamos aos molhos, qual harmónica bem soprada. Da pequena sesta a que a canícula nos obrigava. Das férias na Beira ao findar do dia, descalços regando o milho e sentido a frescura da água do poço beijar-nos os pés.
E depois …
Da saudade em que a minha ausência, no meio do mundo, te afundou. Da distância madrasta que proibia os nossos beijos. Da esperança mútua, do meu regresso um dia. E depois ainda …
Dos teus olhos azuis, rivais dos céus.
Da manhã malvada que te roubou o riso e apagou a alma.
Julgava ver-te envelhecer. Pensava seres eterna.
Por cá, o pai te vai carpindo. As minhas irmãs, julgo que também.
Parabéns Ana, minha mãe, mas…
Queria tanto ter-te aqui!

20 de julho de 2008

Mentira piedosa


Todas as noites nos reuníamos na esquina da rua onde morava a maioria de nós.
Eu era já nessa altura um brincalhão nato, desde que tivesse os ossos inteirinhos, como é óbvio.
Um dia, apareci junto deles com um walkie-talk, objecto então desconhecido por todos. Fi-los então pensar tratar-se dum simples rádio transístor. Era o tempo de “Quando o telefone toca”, programa que Matos Maia apresentava na Rádio Renascença. Ter um transístor para ouvir esse programa, quase tocava as raias dum luxo e eu tinha a sorte de ter ambos.
Tinha combinado previamente com o Camacho, ele esconder-se com um segundo walkie-talk na entrada dum prédio em frente, de modo a que conseguisse visualizar-me e bem assim acompanhar melhor a brincadeira.
A ideia era encostar o transístor ao walkie-talk fazendo parecer que do outro lado, o meu, os sons emitidos fossem efectivamente os dum transístor.
Com a malta toda à minha roda, liguei o walkie-talk e este começa a debitar música, sendo que se tratava da emitida pelo transístor em posse do Camacho.
Disse-lhes então que tinha de ir a casa e afastei-me. Fui ter com o Camacho e disse-lhe que fosse ter com eles, trocando nós de posições.
“Oh malta, encontrei agora o Kim e vejam só este rádio que o gajo me emprestou!”
“Liga lá essa gaita, que está a dar “Quando o telefone toca”!
Camacho liga o rádio e para gáudio de todos, Roberto Carlos encantava.
Duas ou três músicas depois … “atenção senhores ouvintes! Interrompemos o programa para informar que foi assaltada uma ourivesaria na Amadora. A Policia Judiciária está já no encalço do presumível assaltante, conhecido pelo nome de Zé da Viola. Logo que tenhamos novos elementos interromperemos de novo a emissão.
Zé da Viola impulsionado por forças nervosas rodopia duas ou três voltas sobre si mesmo e dispara incertezas. “O quê? O que é disseram? Falaram no meu nome? Assaltei uma ourivesaria? Não acredito!
Em frente, escondido no prédio, eu gozava o panorama. Encostei o walkie-talk à boca e … “mais uma vez informamos que a P.J. procura o assaltante duma ourivesaria na Amadora, conhecido por Zé da Viola. A todo o momento se espera a detenção do perigoso assaltante” .
Zé da Viola solta um chorrilho de impropérios e … “oh malta, eu juro que não fiz nada”. Eu ouvia tudo, porque o Camacho carregava no botão para eu poder ouvir o que diziam. Passaram-se largos minutos de medo e todos os amigos que ali estavam iam tecendo considerações tentando acalmar o revoltado Zé.
Uns minutos depois … “voltamos à noticia do assalto na Amadora, temos indicações que um segundo assaltante, de seu nome Kim, também está implicado no assalto. A P.J, procura agora os dois facínoras. “ E continuava a música.
Eu estava esgotado de tanta emoção. Saí do meu buraco e dirigi-me à malta. Uma vez ali chegado, Zé corre para mim e com ar paternalista diz-me : “Kim! Tens de ser forte para ouvir o que tenho para te dizer.” Com ar de assustado, perguntei o que se passava.
“Olha, somos procurados pela Polícia. A rádio está farta de falar no nosso nome e diz que assaltámos uma ourivesaria. Vamos entregar-nos”!
Durante alguns minutos alimentei-lhe a cumplicidade da inocência, mas depois …
O Zé estava tão nervoso e nem acreditava que tinha sido uma brincadeira minha.
Passava já da meia noite e quando o tema central da conversa era ainda a cena do assalto, num televisor atrás de nós onde passava um programa de fados, ouviu-se o seguinte: “… e agora, à guitarra, Carlos Paredes e à viola …”
“O quê? Viola? Falaram de mim? Está a dar o assalto na televisão?
Zé da Viola demorou a recompor-se!

17 de julho de 2008

Zé da Viola - O campeão!

Éramos um grupo de amigos no auge da adolescência. Não teríamos mais de dezasseis anos.Zé da Viola, era talvez o mais atrevidote. Frequentava já alguns antros menos aconselháveis. A alcunha ficara-lhe por trazer sempre consigo uma viola, apesar de mal dedilhar uns roufenhos acordes.
Ambicionava tornar-se boxeur, nada compatível com a faceta de cantor romântico, na qual também julgava poder fazer uma perninha.
Os outros, digamos que eram o trivial. Tudo bons rapazes!
Era assim que começava a “estória” duma brincadeira que ia hoje contar sobre este amigo, de seu verdadeiro nome – José Luís, mas fica para muito breve.

Olhando para a foto deste atleta, quero dá-lo a recordar àqueles que o conheceram de perto e com ele privaram nos melhores anos da juventude.
Zé Luís era pára-quedista e vimo-lo na RTP, quando cumpria serviço militar, em cima dum tanque, chorando por ter sido enganado no assalto reaccionário ao RALIS - tropas aliadas ao Movimento das Forças Armadas do 25 de Abril (isto dava outro filme).
Zé Luís era também um precoce campeão de boxe, desporto que praticou durante alguns anos, defendendo as cores do Estrela da Amadora.
Depois, aos vinte e nove anos, o campeão fartou-se das agruras da noite e num momento de loucura, despediu-se desta, como se não houvesse amanhã.
Desculpa-me as brincadeiras que te fiz! Que pena teres vencido a vida!
Até ao próximo combate Zé!
Ao Dinis, seu irmão, o meu obrigado pela foto.

15 de julho de 2008

Jogos Olímpicos de Pequim - a comidinha





Agora que estamos às portas dos Jogos Olímpicos de Pequim ficamos a conhecer alguns dos pitéus que a Cidade Olímpica já serve.
Não faz o meu género este tipo de comida. Gosto mais de sardinhas assadas e bacalhau à Brás.
Sei muito bem que já comi coisas proibidas, mas lixei-me. Ainda hoje ando a digerir algumas delas.
Já comi cobras e lagartos e não gostei. Resta-me agora trincar um destes petiscos. Se não me tivesse lesionado numa escalada maluca, talvez a esta hora estivesse a caminho de Pequim à procura duma medalha.
Já que assim não foi, há males que ...

13 de julho de 2008

Spuk em Portugal


Veio de férias. Foram dez dias a calcorrear os caminhos de Portugal. Visitou os locais mais sonoros e turísticos do nosso país.
Dois mil e cem quilómetros, em dez dias, foi o pecúlio de conhecimento luso adquirido por esta amiguinha nordestina brasileira – a Spuk, que aqui regularmente comenta os meus posts.
Era já noite! A Spuk apanhou um táxi e veio a minha casa. Pois foi, a Spuk quis conhecer-me e duma só cajadada, visitou o meu lado enfermo e o meu outro lado, o do bloguista Kim, que adora a vida e os amigos.
Carregada de lembranças que aqui deixou, emanou simpatia por todos os poros.
A Sandra, ou Spuk, como quiserem, é uma reputada advogada brasileira, a quem espero nunca recorrer para resolver os meus eventuais problemas de jagunço, como prenuncia o chapéu que trouxe e com o qual me deixei fotografar.
Obrigado amiga! Gostei de te conhecer!
Até ao Recife!

11 de julho de 2008

Sorvete - uma miragem


- Bom dia minha senhora, posso tirar-lhe uma foto?
- Oh, o meu tempo já passou! Há por aí tantas raparigas bonitas, porque é que quer tirar-me um retrato?.
- É que há muito tempo que não via uma pessoa da sua idade comer um gelado fora duma esplanada e sentada no chão e ainda por cima por cima, com um calor destes, vem preparada para a chuva.
- Olhe senhor, todas as segundas feiras costumo vir a esta feira (Fundão) com o meu homem, mas hoje ele estava aflito com os bicos de papagaio e então ficou em casa. É que, vir à feira é melhor coisa que me podem dar. E sabe uma coisa? Quando era cachopa, aquilo que eu mais gostava era dum sorvete, mas isso era coisa de ricos. Hoje isto já está um bocadito melhor e então como ninguém estava a ver, não me aguentei.
E olhando o horizonte do céu, como se procurasse O divino perdão, penitenciou-se baixinho – “mas … que o meu homem não saiba de nada”.

9 de julho de 2008

Os homens são todos iguais




As mulheres costumam dizer que os homens são todos iguais. Se calhar até são.

Agora o que eu não sabia é que as crianças são iguais aos homens. Vá-se lá saber porquê!

Mulher - esse ser maravilhoso que também eu adoro descobrir (ou destapar, para não dizer, despir). Não estou a ser ordinário, pois não?

São gostos!



7 de julho de 2008

A vida continua


Após um mês de cabos e tormentas, atravessei hoje o deserto.

Finalmente voltei ao escritório, ainda que por apenas algumas horas. Mais do que esperava, menos do que desejava.
Pois é, passado todo este tempo de ausência atrevi-me a ir ao escritório e por lá me mantive cerca de quatro horas.
Acho que vou continuar.
Claro que, o gesso, a muleta e a canadiana, continuam cá, mas em vez de estar em casa à espera de nada, vou enfrentando o boi pelos cornos.
Trabalhar, dá-me uma nova alma e lembra-me que se o faço é porque estou na posse das minhas faculdades (mínimas)

Já arregacei as mangas!

4 de julho de 2008

SPORT CLUBE ESTRIBEIRO - e a terra de mim




Situa-se algures nas faldas da Serra de Montejunto.
É um misto de pequena aldeia longe do mundo, com um pequeno refúgio nos arrabaldes da cidade.
Ali, extravasa-se o acumulado dos dias apressados. Ali, vive-se do silêncio que buscamos toda a vida e da gandaia que os verdes campos nos presenteiam.
Terra onde os amigos nunca morrem, apenas partem, é uma pasmaceira para os locais, mas um paraíso para os forasteiros. Mas todos lhe têm amor. Deseja-se voltar, mesmo antes de partir.
Almoçaradas, jogatanas de futebol e alegres convívios foram-se perdendo, para os da minha idade, ou porque o rolo da massa assim o exigia ou porque outros interesses se sobrepunham. Por mim não ficava assim. Serei menino até morrer!
Abrigada, fica ao lado, meio-ódio, meio-amor, olhando de soslaio as terreolas circundantes.
Ota, é um ponto de referência quando se quer indicar o caminho.
Alenquer será sempre o centro cosmopolita mais à mão.
À minha gente e aos filhos da gente minha, a omnipresença do meu entardecer.
Até um dia amigo António!

3 de julho de 2008

Sirvam-se à vontade


A vida não está fácil.

O dinheiro não abunda e quem o tem chama-lhe seu.

O poder de compra diminuiu.

Faltam clientes e como tal ... vai uma soneca.

Foi na Nazaré, mas podia ter sido na marina de Cascais

E eu, que adoro frutos secos!!!

2 de julho de 2008

Esperto

Já não é nova, mas está bem esgalhada.


Um casal de jovens chega ao consultório de um médico terapeuta sexual. O médico pergunta:
- O que posso fazer por vocês?
O rapaz responde: - Poderia ver-nos a fazer sexo?
O médico olha espantado, mas concorda. Quando termina, o médico diz:
- Não há nada de mal na maneira como fazem sexo.
E cobra 70,00 euros pela consulta, o que se repete por várias semanas. O casal marca um horário, faz sexo sem nenhum problema, paga ao médico e deixa o consultório. Finalmente o médico resolve perguntar:
- Afinal, o que estão a tentar descobrir?
E o rapaz responde:
- Nada. O problema é que ela é casada e não posso ir a casa dela. Também sou casado e ela não pode ir a minha casa. No Hotel Tivoli, um quarto custa 120 euros, no Holliday Inn custa 100 euros e aqui fazemos sexo por 70 euros, temos acompanhamento médico, é passado um atestado, sou reembolsado em 42 euros pela Multicare e ainda consigo uma restituição do IRS de 19,25 euros.

1 de julho de 2008

Pregos na alma


"Os amigos são aqueles que nos obrigam a pensar."

Era uma vez um rapazinho que tinha um temperamento muito explosivo.
Um dia, o pai deu-lhe um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira. Disse-lhe que martelasse um prego na tábua cada vez que perdesse a paciência com alguém. No primeiro dia o rapaz pregou 37 pregos na tábua.
Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a ira, o número de pregos martelados por dia foram diminuindo gradualmente.
Ele foi descobrindo que dava menos trabalho controlar a ira do que ter que ir todos os dias pregar vários pregos na tábua.
Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência uma vez que fosse. Falou com o pai sobre seu sucesso e sobre como se sentia melhor por não explodir com os outros. O pai sugeriu-lhe que retirasse todos os pregos da tábua e que lha trouxesse. O rapaz trouxe então a tábua, já sem os pregos, e entregou-a ao pai. Este disse-lhe:
- Estás de parabéns, filho! Mas repara nos buracos que os pregos deixaram na tábua. Nunca mais ela será como antes. Quando falas enquanto estás com raiva, as tuas palavras deixam marcas como esta. Podes enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la, mas não importa quantas vezes peças desculpas, a cicatriz ainda continuará lá. Uma agressão verbal é tão violenta como uma agressão física.
Amigos são jóias raras, cada vez mais raras. Eles fazem-te sorrir e encorajam-te a alcançar o sucesso. Eles emprestam-te o ombro, compartilham os teus momentos de alegria, e têm o coração sempre aberto.

Desculpem-me aqueles a quem já deixei alguma marca na sua tábua!